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12 mi de desempregados: Guedes diz que auxílio dá "vida boa" e povo não vai querer trabalhar

“E aí vamos morrer de fome do outro lado. É o meu pavor, a prateleira vazia”, disse o ministro-banqueiro, enquanto a de milhares de brasileiros está há tempos vazia
Redação Esquerda Diário
Esquerda Diário
Lisboa

Tradução:

O super ministro da economia do governo de ocupação Paulo Guedes, é o autor da declaração indignante da vez: “Se falarmos que vai ter mais três meses, mais três meses, mais três meses, aí ninguém trabalha. Ninguém sai de casa e o isolamento vai ser de oito anos porque a vida está boa, está tudo tranquilo. E aí vamos morrer de fome do outro lado. É o meu pavor, a prateleira vazia”, disse o ministro-banqueiro sobre a possibilidade de extensão do auxílio emergencial concedido aos brasileiros reconhecidos como em situação de maior vulnerabilidade.

Apesar desta avaliação, no mesmo discurso, Guedes afirmou que é favorável à extensão do auxílio emergencial por mais dois meses, julho e agosto, desde que o valor seja reduzido para apenas R$200, conforme tinha sido inicialmente previsto na proposta apresentada à apreciação do Congresso Nacional.

Guedes se apoia no valor distribuído através do programa Bolsa Família para argumentar que o auxílio emergencial deveria ser o valor proposto por ele desde o início, tão absurdo que nem mesmo a maioria da Câmara, composta por centenas de inimigos da população que já demonstraram que não se importam de votar ataques aos nossos direitos, teve coragem de assumir. “Não posso pagar mais que isso a um chofer de Taxi no Sudeste”, diz o ministro que recebe dos cofres públicos na casa das dezenas de milhares de reais para falar absurdidades.

“E aí vamos morrer de fome do outro lado. É o meu pavor, a prateleira vazia”, disse o ministro-banqueiro, enquanto a de milhares de brasileiros está há tempos vazia

Brasil de Fato
Guedes parece mais alucinado que um doente com 40 graus de febre

A prateleira vazia, com a qual ele tanto se preocupa, é porque se as pessoas seguirem recebendo (não estão recebendo, diga-se de passagem) os R$600 reais, vão parar de produzir. Guedes parece mais alucinado que um doente com 40 graus de febre por achar que algum trabalhador em sã consciência deixaria de trabalhar para receber um salário razoável em troca de ter que sustentar sua família com um valor que mal cobre aluguéis e contas básicas de muitas casas brasileiras.

Daria para fazer um jogo dos 7 ou mais erros com a declaração de Guedes. Para citar alguns: enquanto houver capitalismo quem corre o risco de ter suas prateleiras vazias e morrer de fome são os trabalhadores e os oprimidos, nunca Guedes, Bolsonaro, demais políticos e juízes burgueses, menos ainda os capitalistas.

Não existe vida boa para quem precisa se expor à burocracia que impõe o governo para talvez receber um auxílio que não cobre as despesas humanamente necessárias para viver com dignidade. Mal existe este auxílio para boa parte dos que necessitam, que se aglomeram nas filas das Caixas Econômicas de barrigas vazias a espera de um valor que deveria e teria toda possibilidade de ser de no mínimo 2000 reais, que é a média salarial brasileira.

O Bolsa Família não pode ser um parâmetro, nem antes e menos ainda com a alta do custo de vida causado pela crise econômica que veio e vem como avalanche no mundo todo. E tantos outros, poderíamos citar.

Já basta a agonia de conviver com as mais de mil mortes diárias por Covid-19, os assassinatos da polícia que tiraram a vida de três jovens negros nas favelas cariocas em um período de 4 dias, o desemprego, a fome, e tantas outras mazelas. É sádico ouvir um banqueiro falar como fala de milhares de semi-miseráveis. Se torna cada vez mais urgente silenciar ele e todos as demais repugnantes figuras do governo Bolsonaro, que todos os dias causam ódio e nojo em quem os ouve

A unidade dos trabalhadores empregados com os desempregados, informais, autônomos, que recebem ou não o auxílio, é essencial para conquistar um auxílio de 2000 reais pelo tempo que for necessário, uma lei que proíba as demissões, a reconversão da indústria não essencial para a produção tudo o que é essencial para combater a crise, o fortalecimento do serviço público e gratuito de saúde, dentre outras demandas.

Da redação da Esquerda Diário.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
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