O plano estratégico de dominação do país vem sendo executado há muitas décadas, como já foi denunciado em livros, filmes, e em inúmeros artigos em jornais e revistas.
No que concerne à política, o objetivo é desacreditar a própria política. Na economia, manter a dívida pública crescente e a instabilidade, ou seja, uma crise permanente.
Na área política, quem são os adversários? Do ponto de vista do governo, nem o PSDB nem o PT, um em frangalhos e o outro em crise e sem rumo.
Reprodução: Winkiemedia
O plano estratégico de dominação do país vem sendo executado há muitas décadas
Como disse a jornalista Eliane Cantanhêde, o PSDB e o PT elegeram esse governo e essa polarização vai reelegê-lo.
Nas manifestações de rua, por toda parte, percebe-se a noção de que o inimigo é Bolsonaro, mas, é muito mais que isso. A guerra é cultural e se trava com armas da psicologia, dos meios de comunicação e da educação.
Primeiro trataram de liquidar com o trabalhismo, com o significado da Era Vargas, cujo maior expoente, depois da abertura democrática, foi Leonel Brizola, o mais demonizados dos estadistas brasileiros.
Segundo, tentam liquidar com o PT, começando com tirar do campo seus principais líderes. Começaram lá atrás, quando tentaram tirar da direção José Genuíno (presidente), José Dirceu (secretário-geral) e Delúbio Soares (tesoureiro).
Depois, destituíram Dilma Rousseff, prenderam Lula. Para a mídia, o partido virou “petralha”, para gáudio e a diversão dos políticos derrotados.
Terceiro, mal sabiam os partidos derrotados pelo PT que a festa acabaria logo e chegaria a vez deles. Derrotado nas urnas, o PSDB virou pó eleitoralmente, mas mantinha a imagem de gente boa e capaz com a qual pretendiam atuar na cena política. Agora, eles têm que explicar os muito bilhões de dólares desviados dos cofres públicos para financiar campanha e enriquecer pessoalmente. Junto com o PSDB vão colocar no mesmo saco os demais partidos.
Quarto, mas não nessa ordem, a preparação de quadros e lançamento de novos partidos pactuados com a estratégia. Aqui entra a atuação de empresários, organizações sociais tipo MBL, várias denominações evangélicas neopentecostais de origem estadunidense e com vínculos ao estado teocrático de Israel.
Para movimentar essa “máquina” de guerra é empenhado muito dinheiro, inclusive dólares enviados por bilionários estadunidenses.
Ao prestar atenção no que foram os discursos e atuações durante a campanha eleitoral de 2018, se vê que está tudo muito bem explicitado: Deus, pátria, família. A questão da moralidade, a desculpa de lutar contra a corrupção, a suposta defesa da pátria dos assaltantes políticos.
A questão religiosa tem que ser analisada sob o ponto de vista da segurança nacional. Por décadas, essas denominações evangélicas vindas dos Estados Unidos estiveram se preparando para a captura do poder.
Hoje, têm seus próprios partidos, estão infiltrados em quase todas as siglas políticas e atuam dentro das instituições do Estado como se estivessem em um estado teocrático: Forças Armadas e forças policiais estão totalmente dominadas por eles.
Até partidos de esquerda fazem parte dessa encenação, além da mídia. Sem os meios, eles não teriam ido a lugar algum. Globo e CNN são porta-vozes dos interesses políticos e econômicos dos Estados Unidos. Redes de televisão e milhares de emissoras de rádio por todo o país estão a serviço do proselitismo religioso gospel, isto é, igrejas vindas dos Estados Unidos.
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul