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Tucanos são expressão fiel das políticas de Bolsonaro, critica Luiza Erundina

“Lamentavelmente estamos numa era, a era bolsonarista, com retrocessos e ameaças, inclusive do ponto de vista institucional”, diz a parlamentar à Diálogos do Sul
Mariane Barbosa
Diálogos do Sul
São Paulo (SP)

Tradução:

“Os tucanos, não tenho a menor dúvida, são uma expressão muito fiel daquilo que é Bolsonaro em seu governo e suas políticas”. A afirmação foi feita pela deputada federal e pré-candidata à vice-prefeitura de São Paulo pelo PSOL, Luiza Erundina, em entrevista à TV Diálogos do Sul. Ela deve concorrer pela chapa encabeçada por Guilherme Boulos.

A parlamentar, que está na esfera política há 40 anos, desde 1980, lamenta que os políticos do PSDB representem “todas as expressões do bolsonarismo na cidade de São Paulo”. Atualmente, Bruno Covas exerce a função de prefeito, após assumir o vácuo deixado por João Doria, que se elegeu governador do Estado.

“Lamentavelmente estamos numa era, a era bolsonarista, com  retrocessos e ameaças, inclusive do ponto de vista institucional”, diz a parlamentar à Diálogos do Sul

Câmara dos Deputados
A deputada federal e pré-candidata à vice-prefeitura de São Paulo pelo PSOL, Luiza Erundina.

Crítica à postura do partido que nasceu com uma posição de centro-esquerda, mas hoje se alinha à direita, Erundina diz que no Palácio do Planalto ninguém os “suporta mais”, por apresentarem afinidades no âmbito do neoliberalismo.

“O [João] Doria não tem pudor de estar com qualquer um que possa levantar as possibilidades de ele conquistar mais poder. Ele se elege por uma coisa, deixa no meio do caminho e abraça outra”. “É o que quer fazer com a presidência da república”, diz ao lembrar a promessa feita pelo político de que não deixaria a Prefeitura, se eleito, para disputar outro cargo.

A era bolsonarista

“Lamentavelmente estamos numa era, a era bolsonarista, com sérios retrocessos e ameaças, inclusive do ponto de vista institucional”, explica a psolista ao citar os retrocessos nas áreas trabalhistas, política, cultural, educacional e “em tudo o que se conquistou ao longo dos últimos 30 anos, quando se iniciou a execução da nossa constituição cidadã de 1988”.

“Lá está tudo aquilo que a sociedade consensuou, do ponto de vista dos direitos individuais, sociais de todo cidadão brasileiro”, direitos que como deixou claro a deputada, “estão sendo gravemente perdidos por um retrocesso institucional político programático, que viemos sofrendo ao longo dos dois últimos anos, ou antes, pelo governo golpista do Temer”, explica.

Erundina alerta para a postura negacionista de Bolsonaro, que representa um “gravíssimo risco de retrocesso institucional”. “Um presidente que nega a ditadura, que defende tortura, desrespeita o direito a vida, como o impacto dessa pandemia que já vitimou mais de 120 mil brasileiros, exatamente por conta da visão genocida desse governante que sequer providenciou a nomeação de um ministro da saúde, tudo isso nos deixa muito aflitos e indignados”, afirma.

“As pessoas estão muito tristes, estão desanimadas, adormecidas, sofridas, principalmente as mais pobres da cidade, elas precisam voltar a ter esperança, a ter paz, e é isso que me move”, diz Erundina.

Assista a íntegra da entrevista


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
Mariane Barbosa

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