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“Desde Portugal somos vítimas dos interesses imperialistas”, diz descobridor do pré-sal

Em entrevista, o ex-diretor da Petrobras, Guilherme Estrella ressalta a importância do minério na soberania brasileira e faz apelo ao povo brasileiro
Mariane Barbosa
Diálogos do Sul
São Paulo (SP)

Tradução:

“O petróleo era questão-chave da soberania nacional como é todo campo energético. Energia é questão de soberania nacional”, diz o jornalista Paulo Cannabrava Filho em uma de suas reflexões na TV Diálogos do Sul para explicar a compreensão que as Forças Armadas brasileiras tinham ao aceitar dirigir a Petrobras no ano de sua fundação com o general Horta Barbosa.

Para esclarecer ainda mais sobre o assunto, Cannabrava convidou a economista Ceci Juruá e o geólogo, descobridor do pré-sal e ex-diretor da Petrobras, Guilherme Estrella, que reforçou a reflexão ao afirmar que “desde Portugal e o descobrimento do Brasil somos vítimas dos interesses imperialistas” de países estrangeiros

Durante a entrevista, além de negar as especulações sobre a “Era do Petróleo” estar prestes a acabar, Estrella se posicionou sobre o mandato entreguista e ilegítimo de Jair Bolsonaro e reforçou a importância do pré-sal na soberania brasileira. 

“Não podemos prejudicar nosso desenvolvimento científico, tecnológico, industrial e social por causa de energia. Nós temos uma matriz energética muito bem equilibrada e vamos continuar a ter”, defendeu.

Porém, apesar de o Brasil ser o 5º maior país do mundo e um dos mais ricos em recursos naturais, o geólogo alerta para o perigo da aliança com os EUA e não só cobra pela união entre os partidos da esquerda, mas também ressalta a necessidade de a população se manifestar contra a postura do governo brasileiro: “todo poder emana do povo”.

“Se a população dos países submetidos à hegemonia americana não se pronunciar, esse sistema vai ser mantido com a nossa riqueza, com o nosso trabalho desvalorizado, com a exportação das nossas matérias primas, para sustentar esse capitalismo que mostra fraturas no seu pilar central de capitalização. É contra isso que nós temos que lutar.”

Mariane Barbosa, jornalista da equipe da Diálogos do Sul

   

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