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FSM: A mudança de paradigma necessária para tornar possível o mundo pós-pandemia

Como houve no passado a transição da hegemonia centrada na Europa para a centrada na América do Norte, vivemos os estertores da hegemonia dos EUA
Paulo Cannabrava Filho
Diálogos do Sul
São Paulo (SP)

Tradução:

As certezas de antes

O que era o antes?

O que é o ontem?

Antes e ontem construíamos o caminho

 tal qual o fazemos hoje

Antes estávamos preparados para o ontem

O hoje pegou a muitos de surpresa 

A culpa não é do antes nem do ontem, 

se é que se pode falar em culpa,

é a de deixar hoje de fazer o caminho

Estar a fazer o caminho todos os minutos, todos os dias, 

esse é o segredo desvendado pelo poeta Machado.

PCF, janeiro de 2021

Fórum Social Mundial, janeiro de 2021

É voz corrente que o mundo será outro no pós-pandemia. O mundo já é outro, nesta transição de década, impotente ante o avanço da Covid 19, pese os esforços da ciência e dos governos. Quantos são os mortos pelo vírus? 500 mil nos EUA, 300 mil no Brasil, 200 mil mortos no México. 

Quantos são os mortos pela violência? No México são 100 por dia, no Brasil entre 60 e 70 mil por ano, nos Estados Unidos uma pessoa é morta a tiros a cada 15 minutos. 

Qual a maior praga? Existirá vacina contra a violência que ataca as pessoas? Haverá vacina contra o ódio ao semelhante, a homofobia, o feminicídio, o racismo? E contra a violência do Estado, militarizado em todas as partes, qual será a cura?

2021 é início de uma nova década, a exigir a busca e construção de novos paradigmas para intelectuais e políticos, principalmente para os comunicadores em que incluo professores, jornalistas e artistas dos mais variados campos do conhecimento humano.

A década que termina é emblemática e paradigmática de per se. É, na realidade, a acumulação e resultado de quatro décadas de Consenso de Washington, de um modelo de gestão das economias dos Estados, que culminou por impor uma ditadura do capital financeiro que por sua vez impôs uma ditadura de pensamento único. E esse é o grande busílis a ser superado nesta nova década.

A má escola, dizia o mestre Darcy Ribeiro, é projeto das elites para manter as massas na ignorância e submissas. No nível mais acima, a universidade deixou de ser o locus inquisidor, capaz de olhar crítica e criativamente a realidade, como dizia outro mestre, Paulo Freire. A universidade deixou de ser formuladora de teorias e projetos de futuro para apenas formar técnicos repetidores do status quo. 

As sequelas da sociedade do espetáculo (Boudrillard) e da sociedade de consumo, individualizada (Bauman) chegaram, com a utilização das TICs, ao paroxismo nestas últimas décadas. 

Foram fundamentais para isso os meios de comunicação e as instituições de ensino, em sua maioria apropriados ou subordinados às mega corporações empresariais, por sua vez controladas por um reduzido número de bilionários e suas financeiras. 

Informação e Ensino transformados em commodities para lucro dos acionistas; saúde e demais serviços públicos vistos como gastos que podem e devem ser economizados. Nos EUA, no Brasil e no México metade da população ativa está desempregada e os marginalizados na extrema pobreza somam um país de mais de 100 milhões de habitantes.

Não sobrou uma só mídia, uma só grande editora fora do controle do capital manejado por grandes fundos que avançam na busca por dominar o ensino superior.

Por oportunismo, por não enxergar alternativas e por pura desonestidade miríades de intelectuais se deixaram seduzir e corroboram com a propagação do pensamento único. 

Impõe-se libertar-se da servidão intelectual, mas como nos ensina Sócrates: como é difícil para o ser humano aceitar ser livre, viver em liberdade e em harmonia com o outro, buscando a verdade e construindo vida. 

Buscar a verdade e a liberdade é o grande desafio para quantos desejam um outro mundo possível. Possível somente quando houver um homem novo, livre, capaz de caminhar lado a lado com o outro na construção da paz. 

É preciso recuperar o amplo sentido da palavra paz. Não a paz dos cemitérios imposta pelas guerras. Mas a paz humana em que não haja uma só criança fora da escola, que não haja uma só mulher que tenha medo de parir, onde todos tenham a alimentação e o teto para viver com dignidade. Onde todos tenham acesso à atenção à saúde, ensino, segurança, trabalho.

Guerra cultural

Há uma verdadeira guerra cultural a ser travada. 

A realidade mostra que chegamos a essa situação vítimas de uma guerra cultural levada a cabo pelos Estados Unidos desde o pós 2ª Guerra Mundial. É indispensável que se conheça a dimensão dessa estratégia estadunidense, aperfeiçoada na Europa e que se prolonga no planeta com diferentes nomenclaturas: Invasão e ocupação armada, assassinato econômico, guerra política, golpe suave, guerra não convencional, desestabilização política e econômica, smart power e hoje a ciber guerra, usando a palavra e as tecnologias de informação e comunicação das mais sofisticadas para domar e impor vontades às massas.

Nessa ciberguerra a arma é a palavra. A palavra que ofende, degrada e deprime; a palavra que instiga o ódio, que provoca a guerra. Perdemos as guerras nas ruas porque abandonamos as ruas; estamos perdendo a guerra das palavras porque não nos demos conta de que estamos sendo massacrados. Contra as milícias cibernéticas temos que opor as ciber guerrilhas. 

O Imperialismo Cultural, é promovido pelos Estados Unidos através da Guerra Cultural. Com técnicas sofisticadas de Inteligência e Comunicação, Estados Unidos constroem sua hegemonia, impondo ou convencendo seus valores, sua moeda, seu cinema, sua cultura de matadores de índios.

Na Nossa América, países que haviam alcançado alto grau de desenvolvimento sofrem tremendo retrocesso. A Sociedade adormecida perdeu a capacidade de confronto, em todas as frentes, a começar pela cultural. 

Confronto nos dois sentidos: o de confrontar (observar, estudar) duas culturas, duas obras de arte; e, o de confronto como enfrentamento. O confronto entre duas tribos, o confronto midiático ou o confronto armado.

Desde os assentamentos militares dos primeiros conquistadores a nossos dias, passando pelo Brasil Colonial, Brasil Reino, Brasil Império e República Velha, velhaca dos oligarcas, o processo de descolonização ficou apenas na esfera institucional não significando uma ruptura com a dominação colonial. Assim também a transição da hegemonia do poder da velha Inglaterra para a hegemonia do novo imperialismo apenas reforçou a nossa dependência. Essa dinâmica se repete nos países de idioma espanhol.

É um sistema que abarca a vida e as coisas, É como um marco civilizatório. E são as ideologias de classe dominante que desenham o Sistema e o constrói. E isso ao longo da história. 

No Ocidente, o Sistema se forma apegado à questão de raça, do supremacismo branco e da religião, tendo como base a Bíblia, o Velho Testamento, fundamentalmente. Religião de um Deus inmisericordi, que mata, não perdoa, se vinga. O Novo Testamento veio depois tentando criar um Deus menos terrorífico, misericordioso, que perdoa, mas que continua servindo para a dominação de classe.

As conquistas, as cruzadas civilizatórias, cruzadas evangelizadoras de hoje, são apanágios do colonialismo e do imperialismo; do ponto de vista dos que somos vítimas nada mudou.

As lutas pela independência no século 19, foram conduzidas por elites brancas e algo de crioulas, porém, destituídas do sentido, do espírito da descolonização, mantiveram o Sistema colonial de poder para assegurar a dominação sobre as demais classes. Esse espírito libertário só vai aparecer nos movimentos de libertação nacional da segunda metade do século 20.

Às sociedades tribais se impõe um ordenamento europeu e até o modo de produção ancestral é abandonado. Onde persiste garante a sobrevivência.

Há que priorizar a descolonização da política para conformar um Estado Livre.

Pode-se falar em independência política tendo o Sistema mundo abolido a independência econômica? 

No nosso caso, dos países do sul, como recuperar a independência econômica sem nunca a ter tido?

Essa é também a grave questão a ser enfrentada pela nova administração dos Estados Unidos, na busca de soluções para a mais grave crise econômica acompanhada de crise sanitária fora de controle. Retomar o controle sobre os centros de decisão, eis aí a questão. 

Conseguirão, Joe Biden e a sociedade estadunidense, romper com a hegemonia do capital financeiro? Estados Unidos precisam de um novo Pacto, precisam se reinventar para abrigar a todos que lutam contra a discriminação, contra o racismo, aqueles que desejam a paz, só possível num mundo plural, de coexistência pacífica.

Como houve no passado a transição da hegemonia centrada na Europa para a centrada na América do Norte, vivemos os estertores da hegemonia dos EUA

Pixabay
Qual a maior praga? Existirá vacina contra a violência que ataca as pessoas? Haverá vacina contra o ódio ao semelhante?

Transição de hegemonia

Como houve no passado a transição da hegemonia centrada na Europa para a centrada na América do Norte, estamos a viver os estertores da hegemonia dos Estados Unidos. Interessante que a nova hegemonia é um retorno à Eurasia, mas não mais conduzida por países europeus mas sim por países asiáticos. É a China que emerge como nova potência hegemônica.

Destaca-se que enquanto os ciclos hegemônicos anteriores duraram séculos, o centrado na América do Norte com pouco mais de 100 anos já está em declínio irreversível.

A nova realidade mostra em execução uma nova estratégia na política de dominação cujo objetivo é a implantação do caos e temos que considerar como enfrentá-la. 

A morte de Marx, foi decretada por vários autores, inclusive professores da USP que foram ideólogos de partidos políticos.

Usando uma expressão de José Carlos Mariátegui, o marxismo estava morto na cabeça e no espírito do autor.

Dizer que o marxismo está fora de moda como coisa de velho, fora de época, que a modernidade tecnológica não estava prevista em Marx, mais que revisionismo é realmente decretar sua morte. As consequências foram notáveis. O sindicato abandona a luta de classe para adotar um sindicalismo de resultado, de composição com o patrão para obterem aumento de salários. Deixa de ser instrumento de poder da classe operária.

A luta para transformar a ordem social capitalista, precisa de quem mais estudou sobre capitalismo. Se você não o entende, como mudá-lo? O que Marx não previu foi a capacidade aliciadora e alienadora do capital financeiro que seria capaz de impor em âmbito mundial um pensamento único e uma ditadura do capital financeiro na gestão dos Estados.

Na medida em que as grandes corporações foram assumindo o controle sobre os centros de decisão, o conceito de soberania foi também contaminado pela ideologia de mercado. Cada um desses mega conglomerados tem múltiplas sedes espalhadas pelo globo e se utilizam de paraísos fiscais para fugir de impostos e poder lavar dinheiro. 

O próprio conceito de nação se transforma. Um governo servil está mais preocupado em servir aos interesses das corporações do que com questão relativas à soberania, como meio ambiente ou industrias de transformação.

Assim também o conceito de democracia, na periferia dos centros hegemônicos passa a ser entendida como liberdade de mercado. Contrariar o dogma o transforma em inimigo do sistema que precisa ser borrado do mapa.

A morte de Deus – É hora de construir uma filosofia, uma ontologia, uma antropologia, uma epistemologia livre do idealismo (Marx), ou seja, do ponto de vista de um ser liberto do jugo de um deus ou qualquer pai ou Estado opressor. É preciso ser ateu para entender e conseguir isso. 

Podemos e devemos conviver com os crentes das mais diversas religiões, mas para criar um novo Sistema, fundado no Homem Novo, o Estado tem que ser laico, pois só o Estado laico pode garantir a pluralidade das crenças e das seitas. 

Recorro a José Carlos Mariátegui para lembrar que o império inca tinha uma Religião de Estado e convivia com as crenças e cultos das diferentes etnias e suas culturas singulares dos povos conquistados, tratando de fazer com que servissem aos interesses do império. O índio santamente panteísta e materialista construira uma teocracia de alto nível.

O que é que muda com a colônia?

Imposição de um Deus e um rito, o terror da Inquisição. 

O missioneiro chega para matar como fez com Atahualpa. 

A religião, os preconceitos teológicos -não filosóficos- nega o poder do espírito com uma falsa espiritualidade religiosa. A essa ideologia burguesa temos que combater com as armas do mais “ultraísta” ultra materialismo.

No processo de transição de hegemonias a Igreja de Roma cede espaço para uma nova teologia de conquista e dominação, uma Nova Roma, com sede em Washington. É o objetivo explícito das várias denominações evangélicas, pentecostais e neopentecostais enviadas pelos Estados Unidos para coadjuvar na colonização.

Frantz Fanon, negro antilhano da Martinica (1925-1961), junto com Ben Bella integrou a Frente de Libertação Nacional da Argélia, em sua obra discute a modernidade no pós colonialismo. Foi, talvez, o que mais influência teve nos movimentos organizados de negros e de mulheres, e teve a primazia na discussão da descolonização.

Os condenados da terra (1961) é ontológico, ajuda a compreender a hierarquização social na colonialidade, onde no lugar do clássico proletariado que se desenvolve na Europa pós revolução industrial, o que prolifera é o lumpen-proletariado, em outras palavras, as populações marginalizadas que ainda hoje cercam os grandes centros urbanos do Ocidente. Fanon vê uma linha de cor na estratificação da sociedade que seria utilizada mais tarde pelo peruano Anibal Quijano em sua reflexão sobre decoloniedade, ou pelo brasileiro Florestam Fernandez, na sua visão crítica da sociologia.

A justificação dada por Fanon para o uso da violência revolucionária para alcançar a liberdade influenciou até padres da Igreja de Roma, como Gustavo Gutierrez, o ideólogo da teologia da libertação, e até um Ernesto de la Sienra, o Che Guevara. Havia padres guerrilheiros em Cuba, Colômbia (Camilo Torres), no Brasil mais de uma plêiade deles foram torturados e mortos.

Que é então, na realidade, esta violência?

Fanon pergunta em Os Condenados da Terra, para responder 

(…) Os homens colonizados, esses escravos dos tempos modernos, estão impacientes. Sabem que só essa loucura pode subtraí-los à opressão colonial.

Como libertar o Estado

O que a vida e a história nos ensina, desde a crítica ao Programa de Gotha, é que tem que ser rechaçada qualquer concessão ao neoliberalismo, por menor que seja. Então temos que construir um Estado indutor do desenvolvimento, com estratégias e planos setoriais de curto, médio e longo prazo para alcançar os objetivos da estratégia:

  • Estado socialmente justo – “a cada um de acordo com sua possibilidade e a cada um de acordo com sua necessidade”; 

O Estado classista, montado para a dominação colonial, que serviu para a dominação oligárquica e agora serve à dominação neocolonial (somos colônia dos Estados Unidos) tem que ser substituído por um Estado livre.

  • Que é o Estado livre? 

É o Estado em que os intelectuais tenham se libertado da servidão intelectual, e os trabalhadores tenham se libertado da consciência de submissão. Veja o desespero da lumpen-burguesia e da lumpen-oligarquia durante a quarentena, desfilando em seus carrões pedindo a volta dos trabalhadores ao trabalho. 

Taí demonstração clara da essencialidade do trabalho. 

Não há capital sem trabalho. O trabalhador tem que assumir ser ele o fazedor da história, ser ele o produtor da riqueza e assumir o protagonismo para subverter a ordem burguesa e substituí-la por uma democracia participativa, socialista.

Uma sociedade de homens e mulheres livres. 

Em outras palavras, Marx e Lenin, e os movimentos de libertação nacional, isso era colocado com a simplicidade dos guerreiros…. há que desmantelar o estado burguês (colonial, imperial) e criar outro, um Estado livre.

Epistemicídio

Recorro a Boaventura de Souza Santos e Maria Paula Oliveira na coletânea, que propõe as Epistemologias do Sul.

Por que do Sul?

Porque hoje, entre os que contestam o Sistema Mundo a que evoluiu o capitalismo a contradição está dada entre o Norte e o Sul, o Norte rico a custa da exploração do sul. Epistemologia porque essa dominação/contradição abarca todos os saberes. 

Para o filósofo português 

Designamos a diversidade epistemológica do mundo por epistemologia do Sul. O Sul concebido metaforicamente como um campo de desafios epistémicos, que procuram reparar os danos e impactos historicamente causados pelo capitalismo na sua relação colonial com o mundo.

Uma epistemologia do Sul assenta em três orientações:

  • aprender que existe o Sul;

  • aprender a ir para o Sul;

  • aprender a partir do Sul e com o Sul.

Para o filósofo português, mesmo com o avanço científico e tecnológico os saberes Ocidentais continuam com a “pretensão de universalidade”. Ao longo dos dois últimos séculos, foi tão profunda que suprimiu qualquer conhecimento que se lhe contrariava.

Nisso consistiu o epistemicídio, ou seja, a supressão dos conhecimentos locais perpetrada por um conhecimento alienígena. (…) A perda de uma auto-referência genuína não foi apenas uma perda gnosológica, foi também, e sobretudo, uma perda ontológica: saberes inferiores próprios de seres inferiores.

Com essa ideia, depois que acabou a revista Cadernos do Terceiro Mundo, o grupo resistente, ampliado com gente jovem, recriou no formato digital a revista Diálogos do Sul, lançada com um manifesto em que se proclama Desnorteada, sem influências do Norte, portanto, Sulientadas, o mesmo que o mundo visto do Sul.

A estratégia do caos

A realidade mostra uma nova estratégia na política de dominação cujo objetivo é a implantação do caos. 

Verão o que é paradigmático para entender os objetivos da estratégia. 

Para que o caos se implante é preciso por fim à política, por fim à justiça, liquidar com o próprio Estado. O que é a busca do Estado Mínimo senão o abandono de todas as políticas públicas, transformando em objeto de lucro a saúde, educação, segurança?

O inimigo se tornou forte por sua coesão ideológica e sua capacidade de enfraquecer e dividir os adversários, de cooptar intelectuais e comunicadores. 

Trotskistas combatem leninistas esquecendo que Trotski foi mais leninista que qualquer outro revolucionário. Comunistas combatem petistas que não aceitam conversar com socialistas, que têm raiva dos militares; os revolucionários não conversam com democratas porque são contrarrevolucionários, e assim se vai ampliando o círculo vicioso da divisão da esquerda democrática, que deveria fazer um chamamento para uma ampla frente de salvação nacional, unindo o povo em torno de uma única bandeira. 

Independência, Liberdade e Soberania! 

Porque esse é o dilema: soberania ou submissão ao caos. 

Paulo Cannabrava Filho é jornalista e editor da Diálogos do Sul


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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
Paulo Cannabrava Filho Iniciou a carreira como repórter no jornal O Tempo, em 1967. Quatro anos depois, integrou a primeira equipe de correspondentes da Agência Prensa Latina. Hoje dirige a revista eletrônica Diálogos do Sul, inspirada no projeto Cadernos do Terceiro Mundo.

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