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Lula: Que Moro tenha direito de defesa e à presunção de inocência que não tive

Candidato à presidência relembrou ainda cobertura tendenciosa dos principais veículos de comunicação, que trabalharam a favor da Lava Jato e contra ele
Redação RBA
Rede Brasil Atual
São Paulo (SP)

Tradução:

O pré-candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta terça-feira (24), em entrevista a uma rádio do Distrito Federal, que deseja ao ex-juiz Sergio Moro o direito a ampla defesa, o que lhe foi negado pelo então magistrado no julgamento dos supostos crimes envolvendo o triplex de Guarujá (SP), entre outros.

Lula foi inocentado em todas as acusações, Moro foi declarado parcial, inclusive pela Comissão de Direitos Humanos das Nacões Unidas (ONU). E agora é réu na 2ª Vara Federal Cível de Brasília, que acolheu ação popular movida por deputados da bancada do PT no Congresso e por advogados do grupo Prerrogativas, que pede a condenação a ressarcimento ao país por alegados prejuízos causados à Petrobras e à economia brasileira pela condução da Operação Lava Jato. 

“Que nessa acusação o ex-juiz Moro tenha o direito de defesa e à presunção de inocência que eu não tive com ele, que ele possa se defender e, que a imprensa possa ser honesta ao divulgar as coisas contra ou a favor a ele. E não com a parcialidade que transmitiu contra mim”, disse Lula ao jornalista Clébio Cavagnolle, da Rádio Mais Brasil News FM.

Candidato à presidência relembrou ainda cobertura tendenciosa dos principais veículos de comunicação, que trabalharam a favor da Lava Jato e contra ele

RBA
Lula considera Moro culpado: "Quase 4,5 milhões de pessoas perderam o emprego"

Ele relembrou a cobertura tendenciosa dos principais veículos de comunicação, que trabalharam a favor da Lava Jato e contra ele. E que não fizeram reportagens com informações que lhe fossem favoráveis. “Sou democrata, mas não sei como suportei nove horas de matérias contra mim em nove meses de Jornal Nacional. É muito difícil sobreviver com 59 capas de revista te chamando de ladrão, com 680 primeiras páginas de jornal falando que cometi corrupção.

Ou seja, eu sobrevivi a tudo isso e estou com minha consciência tranquila. Invadiram a minha casa, levantaram colchão, quebraram fogão, abriram televisão pra ver se tinha alguma coisa e não encontraram um cent de dólar, um grama de ouro. E quando sabem que não encontram, não têm coragem de dizer que não encontraram.”

“Lula já tem contra Moro o que Moro nunca teve contra Lula: provas”, diz jornalista

“A Polícia Federal, quando encontrava alguma coisa na casa de alguém, era um show de pirotecnia. Quando iam na minha casa e não encontravam nada, nem na casa dos meus filhos, saiam com a cabeça baixa, como dizia minha finada mãe, com o rabo entre as pernas, quando deveriam dizer: ‘fomos na casa do cara e não encontramos nada’.

Então o que eu quero que aconteça com o Moro, ou com qualquer outra pessoa nesse país, é que tenha um julgamento digno, decente, que tenha direito à presunção da inocência, que possa provar as coisas que fez e que não fez”, acrescentou.

O ex-presidente, no entanto, não tem dúvidas de que Sergio Moro cometeu crime contra a economia brasileira. Os prejuízos trazidos pelo “carnaval” promovido pela Lava Jato comandada pelo ex-juiz que participou do governo de Jair Bolsonaro são imensos.

“Foram praticamente R$ 170 milhões que deixaram de ser investidos nesse país, quase 4,5 milhoes de pessoas que perderam seu emprego. Foi quase a destruição da cadeia de óleo e gás nesse Brasil, da indústria naval, da construção civil. Desnecessário, porque para apurar a corrupção na rádio, não precisa fechar a rádio, mandar os trabalhadores da rádio embora. Não precisa prejudicar a empresa. Você prende quem é que praticou o crime. Eu estou naquela de que quero dedicar o tempo que tenho pela frente para recuperar o prazer pela vida neste país, para que o povo reconquiste o direito de ser feliz, de estudar, de trabalhar, ao lazer, cultura, poder viajar”.

Confira a entrevista

Redação Brasil Atual


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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