Os Estados Unidos têm o pior sistema eleitoral do mundo. Ou o melhor, do ponto de vista de preservar o poder das oligarquias desde a fundação do Estado.
O que é o voto popular, soberano nas mais diversas democracias do mundo, lá é uma simples consulta, pois quem ganha não leva, como aconteceu com Hillary Clinton, mais recentemente, e com outros no passado.
Assista:
Para garantir a manutenção do status quo, após o voto dos cidadãos, há um segundo escrutínio, num colégio eleitoral integrado por representantes dos estados da união. Ainda assim, se houver qualquer surpresa, a decisão final fica para a Suprema corte.
Até há bem pouco tempo eu estava acreditando na vitória de Trump. Parece que agora as coisas estão mudando. Bom para os ianques, bom para os brasileiros e los “hermanos” latino-americanos.
A percepção de que a eleição de 2016 que elegeu Trump e uma maioria republicana foi através de fraude: manipulação das redes, compra de votos, despertou a maioria democrática.
Tem a ver também as grandes mobilizações que levou massas às ruas para dizer um basta ao racismo, à xenofobia, à violência do Estado contra os manifestantes.
Vidas importam! O grito ecoa pelos mais de 200 mil mortos pela Covid 19.
Vidas importam fez com que muita gente fosse votar contra isso que está lá no governo matando gente. O voto popular não é obrigatório. Biden, dizem as pesquisas, está à frente de Trump.
Os democratas também devem eleger mais senadores. A situação ficou bem mais tranquila para os democratas voltarem à Casa Branca.
Ao bilionário e truculento Trump restam duas alternativas: apelar para a Suprema Corte e/ou mobilizar as forças armadas, ou seja, dar um golpe de Estado no mais puro estilo republica bananeira.
É um risco que eu acho que não vai ocorrer.
Até revistas científicas, que nunca se meteram em política, estão dizendo que vidas importam, que 200 mil mortes tem sim um responsável por não dar as respostas corretas.
Então Biden conquistará a Casa Branca, Trump e seu clube de trilionários entregarão o poder e…. tudo como dantes no quartel de Abrantes. A potência decadente continuará esperneando e nessas sacudidas poderá causar ainda muito dano à humanidade.
Os Estados Unidos — sejam republicanos ou democratas — querem livre comércio com o Brasil. Isso será o fim. Ou o começo de um grande Porto Rico, uma estrela a mais na bandeira dos Estados Unidos.
Saudável influxo das massas
Montagem Diálogos do Sul
2020 é marcado por importantes eleições em todo o continente
Está havendo nas Américas um saudável influxo das massas, como as manifestações nos Estados Unidos, motivadas pela violência policial e o racismo explícito do Estado que mata os negros e os latinos.
Manifestações foram e são políticas. Gente jovem em sua maioria, mas muita gente de todas as idades dizendo basta! à violência e por uma sociedade mais justa.
Os argentinos tinham programado comemorar o 17 de outubro, dia da dignidade peronista, através das redes. Pretendiam mobilizar um milhão virtualmente. Não deu certo. Pois ocuparam as ruas. Festa magnífica de civilidade, de unidade em torno das propostas do peronismo.
A Argentina foi para as ruas dizer basta! ao neoliberalismo e apoiar o governo de Fernández e Cristina. Explícita mensagem aos golpistas que tramam a volta ao status quo, a hegemonia do capital financeiro e da agro-industrial predadora exportadora.
Esse povo e governo peronista, latino-americanista e solidário, é hoje o apoio com que podem contar os bolivianos. Situação difícil a do Movimento ao Socialismo (MAS), que acaba de ganhar as eleições.
Muito mais do que isso. Reverteram um golpe armado pelos inimigos de sempre: la rosca (oligarquia retrógrada) e os governos brasileiro, estadunidense e israelense, que protagonizaram o golpe contra o governo de Evo Morales.
Princípio elementar de todas as guerras, desde priscas eras, primeiro conheça o inimigo, suas fortalezas e fraquezas, e então prepare-se para planejar o combate. Evo Morales sabia e conhecia quem era o inimigo, mas, negligenciou, e isso custou suor e sangue para o povo boliviano.
No Equador, na Colômbia, igualmente se vê as massas mobilizadas contra governos entreguistas, que se submetem aos interesses dos Estados Unidos e negligenciam as obrigações para com o próprio povo.
Vidas importam sim. A Covid mata mais por incúria dos governos do que pela letalidade do vírus, e as economias num beco sem saída, sem outra solução para a crise fiscal que a de manter-se submisso ao FMI, à ditadura do capital financeiro.
Vidas importam e o capitalismo, essa ditadura do capital financeiro e do pensamento único, mata mata mais do que todas as guerras e epidemias da história, pois é o capitalismo o motor das guerras: guerras de conquista, guerra comercial, guerra cultural e cibernética… Guerra.
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