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ToggleO Fórum de Madri, que reuniu ultradireitistas de vários países em seu Segundo Encontro Regional em Lima, foi realizado com a participação de mais de 800 pessoas.
Seu objetivo foi denunciar “o plano internacional de desestabilização promovido pelo Foro de São Paulo, o Grupo de Puebla e seus governos afins”.
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O encontro se realizou entre 29 e 30 de março por iniciativa da Fundação Disenso e do partido espanhol de ultradireita VOX.
Contou com 20 parlamentares de 8 países que subscreveram a denominada Carta de Madri e outros pronunciamentos. “Em defesa da democracia peruana e dos demais países da região”.
Resumen Latinoamericano
Para membro da fundação Disenso, Fórum de SP e Grupo de Puebla “são organizações criminosas" contra a soberania das nossas nações
Quem assinou a Carta de Madri por parte do Peru?
Segundo se soube, a carta está assinada por deputados e senadores da Argentina, Bélgica, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Espanha, Honduras, Hungria, Itália, Paraguai, Peru, Polônia e Uruguai. Mas também por personagens da política e do setor privado de países como Estados Unidos, México, Equador, Venezuela e outros. No momento há um total de 8.513 assinaturas reunidas.
Entre os parlamentares peruanos que assinam a carta aberta estão os integrantes das bancadas Avança País, Força Popular, Renovação Popular e Ação Popular. Estão os congressistas de Avança País, Adriana Tudela e José Williams Zapata; de Renovação Popular, os legisladores Alejandro Muñante, Jorge Montoya, Jorge Zeballos, José Cueto e Noelia Herrera; e da Força Popular, Rosangella Espinoza, Hernando Guerra-García, Patricia Juárez e Juan Carlos Lizarzaburu.
Também os ex-candidatos presidenciais Rafael López Aliaga e Fernando Cillóniz, os ex-congressistas Pedro Olaechea, Diethell Columbus, Luis Galarreta e César Combina (Aliança para o Progresso); o ex-chanceler Francisco Tudela, o ex-ministro da Produção Daniel Córdova, o ex-presidente do Tribunal Constitucional Ernesto Álvarez, o empresário Erasmo Wong, entre outros.
Vínculos do Fórum de Madri com o Vox e o fujimorismo
Em 2021, Keiko Fujimori reuniu-se com Hermann Tertsch, jornalista próximo ao Vox; Víctor González, vice-presidente do mesmo partido e Jorge Martín Frías, diretor de Disenso, fundação privada que aspira a “reivindicar a Espanha”.
Segundo Fujimori Higuchi, reuniram-se para compartilhar a “preocupação com o avanço do comunismo”, ao mesmo tempo em que reafirmavam o “compromisso com a defesa da liberdade e da democracia”. Naquele momento, Pedro Castillo já assumira a presidência da República.
Bolsonarismo, fujimorismo, Opus Dei e Vox se reúnem no Peru em apoio a Dina Boluarte
Em outubro daquele mesmo ano, Keiko Fujimori participou virtualmente do evento chamado Viva 21, onde se mostrou otimista com a rede política internacional que se forjou desde que Castillo Terrones assumiu o cargo.
“Será uma referência para a hispanidade do que realmente significa pátria e ser patriota, de democracia e ser democrata, de liberdade e ser seu real defensor (…). Estou convencida de que Viva 21 é um símbolo da unidade hispânica frente à ameaça do chamado socialismo do século XXI”.
Congressistas se pronunciam contra a ingerência do Vox no Peru
Os congressistas de esquerda e centro já se pronunciaram contra a ingerência deste partido e de querer ensinar aos peruanos o que é a democracia.
Ruth Luque Ibarra disse: “nos pronunciamos contra o Fórum de Madri. Rejeitamos quem promove o ódio, a discriminação, não nos vão contar o que é a democracia no Peru. O Governo de Dina Boluarte é responsável pelos mortes e feridos. Isso não se apagará de nossa memória”.
Emitiram também um comunicado que tem as assinaturas da congressista Luque Ibarra, Susel Paredes Piqué, Sigrid Bazán, Alex Flores, entre outros.
Ultradireitista Rafael López Aliaga durante Fórum Madri em Lima: “Viva Vox, viva o Peru!”
O prefeito de Lima, um dos primeiros signatários da carta de fundação do grupo, participou da inauguração do II Encontro Regional do Fórum Madri. Ele elogiou na quarta-feira (29) o partido espanhol Vox, de extrema-direita, durante sua intervenção no II Encontro Regional do Fórum de Madri em Lima, ao qual se conectou virtualmente Santiago Abascal, líder da bancada e presidente da Fundação Disenso.
“É uma honra que o Peru seja sede deste fórum [para que] sigamos unindo a Ibero-américa. (…) Viva o Vox, viva Lima, viva o Peru!”, celebrou o líder da Renovação Popular no primeiro dia do encontro.
“Nós estamos na defesa da democracia, da vida, da família, dos investimentos privados, do papel subsidiário do Estado. É urgente que o Estado intervenha. Coordenemos nossos esforços para defender as democracias de Iberoamérica”, continuou o prefeito, um dos primeiros signatários da Carta de Madri, o texto de fundação do grupo.
No encontro também esteve presente a deputada autonomista e porta-voz de Vox em Madri, Rocío Monasterio. Por sua vez, Abascal denunciou a ingerência no Peru da Colômbia, Bolívia, Argentina, México, Nicarágua e Cuba.
“Os peruanos estão combatendo contra sua ingerência. Disseram não a Petro, a Arce, a Fernández, a AMLO, ao casal Ortega Murillo e à cabeça da serpente, o regime castro comunista”, afirmou o político espanhol ultraconservador.
Para Abascal, o Fórum de São Paulo e o Grupo de Puebla “são organizações criminosas que querem submeter a soberania de nossas nações, acabar com nossas liberdades e com nossas instituições democráticas”.
O encarregado de abrir a nova jornada foi Orlando Gutiérrez, coordenador da Assembleia da Resistência Cubana, que denunciou as grandes mentiras da ditadura castrista. Um regime que “tem como missão permanente regar seu veneno por todo o hemisfério”.
Participam também os eurodeputados Hermann Tertsch, presidente de ECR-Eurolat e Rob Roos, vice presidente de ECR. Ambos concordam quando se trata de confirmar o avanço que os “patriotas” estão conseguindo frente ao “globalismo e ao totalitarismo da esquerda em todo o mundo”, e também no Parlamento Europeu.
Mostraram também “o papel do ECR em sua defesa ativa da Democracia deste lado do Atlântico, ao conscientizar sobre as violações dos direitos humanos e defender o respeito às instituições, apoiando os esforços para promover eleições livres e justas em países sequestrados por regimes autoritários como Cuba ou Venezuela”.
A ultra direitista senadora colombiana Maria Fernanda Cabal começou sua intervenção agradecendo ao Fórum Madri por seu “enorme esforço para unificar as vozes de Ibero-américa em defesa da liberdade contra o Foro de São Paulo”.
O deputado hondurenho Eder Leonel Mejía Laínez disse que “o maior perigo que corre a democracia é o cansaço. Mas nós não estamos cansados. Estamos dispostos a lutar e derrotar o regime socialista dos Zelaya-Castro em Honduras”.
Redação | Resumen Latinoamericano
Tradução: Ana Corbisier
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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