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Foto: Antony Blinken e Wang Xiaohong durante encontro em 26 de abril de 2024 (Embaixada dos EUA na China)

China e EUA avançam em cooperação contra tráfico de drogas, afirma Pequim

Segundo agência Xinhua, China e EUA têm “logrado muitos resultados visíveis no controle de drogas e na repatriação de indocumentados”
Daniel González Delgadillo
La Jornada
Pequim

Tradução:

Beatriz Cannabrava

China e EUA tiveram na última quinta-feira (20) um encontro de alto nível em Pequim sobre cooperação antinarcóticos, assunto em que obtiveram “resultados visíveis”, informou a imprensa local, depois de revelado que o trabalho entre ambas as potências levou à perseguição de uma rede na Califórnia entre o cartel de Sinaloa e a banca clandestina chinesa para lavar ganhos do narcotráfico, incluindo as vendas de fentanil e cocaína por mais de 50 milhões de dólares.

Wang Xiaohong, conselheiro de Estado e diretor do Comitê Nacional de Controle de Drogas da China, assegurou, citado pela agência de notícias estatal Xinhua, que seu governo está disposto a fortalecer os intercâmbios e a cooperação bilaterais e multilaterais com os Estados Unidos no controle de entorpecentes, com base no respeito mútuo, na gestão das diferenças e na cooperação benéfica.

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O funcionário ressaltou que, desde o ano passado, ambas as partes implementaram importantes consensos alcançados pelos dois chefes de Estado, Xi Jinping, da China, e Joe Biden, dos Estados Unidos, e “logrado muitos resultados visíveis no controle de drogas e na repatriação de indocumentados”, acrescentou a agência.

Instou que espera que a parte estadunidense “trabalhe com a China, dê importância e aborde eficazmente as preocupações do gigante asiático e melhore o bem-estar dos povos dos dois países por meio da cooperação prática”, destacou a publicação.

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Retomada das negociações

Ambos países reiniciaram conversas sobre cooperação antinarcóticos e aplicação da lei no início do ano após Xi e Biden se reunirem durante uma cúpula em San Francisco, Califórnia, em novembro de 2023, na qual discutiram vários temas, incluindo o tráfico de drogas, como o fentanil.

Uma pesquisa de cinco anos por parte de funcionários estadunidenses revelada há dois dias evidenciou uma complexa associação entre o cartel de Sinaloa e grupos bancários clandestinos chineses nos Estados Unidos, que lavavam dinheiro dos ganhos obtidos com a venda de drogas.

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O Departamento de Justiça estadunidense indicou que coordenou com as autoridades do México e da China, enquanto o departamento de segurança pública do gigante asiático qualificou o caso como “um exemplo bem-sucedido de cooperação entre as duas superpotências”.

“A recente ação conjunta de aplicação da lei esta semana foi um passo significativo”, comentou Rahul Gupta, diretor do Escritório de Política Nacional de Controle de Drogas da Casa Branca, no encontro com Wang, segundo a agência de notícias Reuters. “Estes são exemplos concretos de cooperação antinarcóticos”, comentou Gupta, e acrescentou: “Nos farão avançar”.

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Gupta se reuniu no dia 14 passado com o embaixador da China nos Estados Unidos, Xie Feng, para manter conversas “francas e profundas” sobre a promoção da cooperação bilateral antinarcóticos baseada no respeito mútuo e na igualdade.

La Jornada, especial para Diálogos do Sul – Direitos reservados.


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Daniel González Delgadillo

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