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EUA têm empresas dedicadas ao controle e tráfico de informação na Venezuela

Revista Diálogos do Sul

Tradução:

José Vicente Rangel
José Vicente Rangel

As empresas Booz Allen Hamilton e a Global Crossing (vendida à Level 3 Communications em 2011) são duas empresas estadunidenses dedicadas ao controle e tráfico de informação que operam na Venezuela, advertiu o jornalista e político venezuelano José Vicente Rangel, em seu programa de televisão diário Confidenciales.

Assegurou que estas empresas trabalham com a Agencia de Segurança Nacional (NSA) e a Agência Central de Inteligência (CIA). A Booz Allen Hamilton é uma empresa especializada em consultoria e em estratégia tecnológica de informação e gestão de empresas e tem sucursal em São Paulo, Brasil.

Desde 2011, 67 por cento dessa empresa é controlado pelo fundo de investimento de risco Carlyle, dirigido pelo multimilionário Davd Mark Rubstein, onde trabalhou o ex agente da Cia  Edward Snowden, agora perseguido pelo governo de Obama por ter revelado o programa de espionagem secreto que Washington desenvolve ao redor do mundo. Snowden revelou ao jornal britânico The Guardian a existência de um programa secreto que permite à NSA ingressar diretamente nos servidores de Google, Facebook, Skype, Microsoft e Apple, bem como um sistema em que se detalham os países alvos da espionagem, como Irã, China, Paquistão e Egito.

Os Estados Unidos pediram sua extradição para que responda a três acusações de espionagem e roubo de propriedade federal, apresentados em um tribunal de Virginia, que poderiam acarretar-lhe 30 anos de prisão.

booz_allenA Booz Allen Hamilton teve entre seus assessores, diretor em investimentos, George Bush (o pai), o ex primeiro ministro conservador britânico John Major e o ex secretario de Defesa estadunidense, Frank Carlucci. Outra das empresas vinculadas às redes de inteligência e à NSA é a Global Crossing, dedicada aos programas de controle de tráfico de informação.

São conduzidos pelas agencias estadunidenses de inteligência. Em 2011 foi vendida para a companhia Level 3 Communbication. Esta empresa está presente em vários países e mantém conexão com os EUA através de cabos submarinos e redes terrestres da espanhola Telefónica, disse Rangel.

Acrescentou que Level 3 Communication é um provedor estadunidense de soluções de conectividade IP. Esta empresa se dedica a entregar uma gama de serviços de comunicação integral e atua na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Panamá, Peru, México e também no Caribe.

Além da sua rede com base em IP de fibra ótica  a infraestrutura da Level 3 inclui 15 redes metropolitanas e 15 centrais de dados situados nos principais centros de negócios da região. Os escritórios centrais da empresa na América Latina está em Buenos Aires e sua sede central nos Estados Unidos.

“Considera-se que nos dias de hoje, Venezuela é o país mais interceptado comunicacionalmente na região e objeto de tentativas de espionagem por organismos de inteligência e segurança dos Estados Unidos”, denunciou Rangel.

*AVN de Caracas para Diálogos do Sul


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
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