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LEUCEMIA (1978), direção Noilton Nunes. Premiado curta-metragem (8 minutos) que revive o episódio da separação entre mãe e filho, no aeroporto de Lisboa, em 1978.
Maria das Graças Sena foi demitida do Instituto Brasileiro de Estudos Sociais, em virtude de haver participado de ações contra a ditadura no final dos anos 1970. Foi torturada e, por ser portadora de leucemia, obrigada a abdicar da criação do filho de apenas três meses, que foi entregue à cientista política Maria Helena Alves, que estava de volta para o Brasil após visitar seu irmão, Márcio Moreira Alves, que se encontrava exilado em Portugal.
Em 16 de setembro de 2003, a Comissão de Anistia aprovou uma indenização mensal permanente para a ex-assistente social, no valor de R$ 3.615. Ela, entretanto, afirmou que reparação alguma poderá pagar o dano causado à sua vida, e que não há desculpa para o que foi feito por seus torturadores.
Esse filme foi proibido, mas passou a ser exibido clandestinamente, em sessões emocionantes.
Assista o curta metragem:
Sinopse:
Casal de exilados brasileiros vive drama no aeroporto de Lisboa. A mãe, com leucemia, entrega seu filho recém nascido para ser levado ao Brasil, pois ela não tem condições de sobrevivência no exílio. Fato ocorrido em maio de 1978. Quem recebeu a criança e a trouxe para ser criada pelos avós da mãe. foi Maria Helena Moreira Alves, irmã de Márcio Moreira Alves, que em 1968 fez o famoso discurso no Congresso Nacional que se tornou pivô do AI-5.