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Foto: ComunicaSul

ComunicaSul cobre “Pacto pela Terra e pela Vida”, fórum em prol da reforma agrária na Colômbia

ComunicaSul busca mostrar debate crucial para o povo colombiano, porém ocultado pela grande mídia, e pede contribuições para garantir os custos da missão
Redação ComunicaSul
ComunicaSul
São Paulo (SP)

Tradução:

A Agência ComunicaSul de Comunicação Colaborativa cobrirá entre os próximos dias 14 (sexta-feira) e 25 de fevereiro (terça), na Colômbia, uma série de encontros entre lideranças políticas e movimentos sociais e populares do país, aproximando os brasileiros de uma realidade constantemente negada ou ocultada pela grande mídia.

Destaca-se entre estes eventos o dos dias 21 e 22, na cidade de Chicoral, Colima, onde lideranças camponesas, indígenas e afrodescendentes, junto a todos os comitês de Reforma Agrária e 20 associações do setor agropecuário, debaterão o “Pacto pela Terra e pela Vida” com os ministérios da Agricultura, da Cultura e do Meio Ambiente.

O objetivo do Pacto, esclareceu Héctor Mondragón, histórico batalhador pelos direitos humanos e atual assessor do Ministério da Agricultura da Colômbia, é acelerar o projeto de Reforma Agrária, liderado pelo presidente Gustavo Petro, “boicotado pelos grandes latifundiários e por setores que vêm lucrando com o narcotráfico e a mineração ilegal”, fazendo de 2025 o Ano da Agricultura Familiar, Camponesa, Étnica e Comunitária.

 “Agora, nas negociações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), foi assinado um acordo pelo qual seriam concedidos aos camponeses três milhões de hectares de terras cultiváveis”, afirmou Luis Fernando Sanmiguel, reverendo da Igreja Comunidade Esperança, de Bogotá.

Petro já distribuiu mais de um milhão de hectares

“Entre os governos dos presidentes Juan Manuel Santos (2010-2018), que assinou a paz com as Farc, e o de Iván Duque (2018-2022), somados, foram entregues aproximadamente 30 mil hectares de terra, enquanto ao longo do governo Petro já são mais de um milhão de hectares”, ressaltou.

“A verdade é que uma oposição formada por pessoas muito ricas, cheias de poder militar, econômico e político, sabota no Congresso as medidas inovadoras do Governo da Mudança (Gobierno del Cambio)”, afirmou o líder religioso.

“Narcotráfico e mineração ilegal atuam contra paz e avanços na Colômbia”, adverte reverendo

Ao enfatizar a necessidade de a opinião pública ser informada, Sanmiguel avalia como fundamental a participação da ComunicaSul, pois “ao mesmo tempo que abastece as redes sociais, potencializa a quebra do monopólio da grande mídia”.

Segundo ele, o governo colombiano deixa claro: é preciso acabar com a exploração mineira ilegal e o narcotráfico. “Este ponto é crucial, mas tem sido boicotado pelos grupos armados, que sabotam a assinatura de um acordo específico, atentando contra a vida para tirar proveito próprio”, acrescentou.

Para o jurista Pietro Alarcón, representante internacional da União Patriótica (UP), membro da coalizão Pacto Histórico – integrada por organizações como o Partido Comunista, a Colômbia Humana, o Polo Democrático, de forças que se desligaram de segmentos tradicionais, como o Partido Liberal, e comprometidas a pôr fim à guerra civil – “desde 2016, quando se assinou o Acordo de Paz, há uma nova etapa de vida no país, em que a palavra, o diálogo e a política se sobrepõem às armas”.

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Com o apoio do movimento sindical brasileiro e de dezenas de colaboradores, a ComunicaSul cobriu o primeiro e o segundo turnos das eleições presidenciais de 2022 na Colômbia, trazendo em primeira mão a vitória de Gustavo Petro e Francia Márquez contra Rodolfo Hernández, representante da oligarquia e dos Estados Unidos.

Além do evento na cidade de Chicoral, a Agência de Comunicação Colaborativa realizará encontros com lideranças políticas e dos movimentos sociais e populares em Bogotá e Medelin.

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul Global.

Redação ComunicaSul

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