Pesquisar
Pesquisar
Imagem: Reprodução

Conferência no RJ celebra 50 anos da Revista Cadernos do Terceiro Mundo

Evento terá presença de convidados do Brasil e do exterior, incluindo Paulo Cannabrava, ex-membro da Cadernos do Terceiro Mundo e atual diretor da Diálogos do Sul Global
Guilherme Ribeiro
Diálogos do Sul Global
Bauru (SP)

Tradução:

Em 2024, a revista Cadernos do Terceiro Mundo completa 50 anos de lançamento. E para celebrar o marco, será realizada a conferência “Jornalismo e democracia. Revista Cadernos do Terceiro Mundo – 50 anos: História e legado”, no Rio de Janeiro.

O encontro acontece de 29 de outubro a 1º de novembro, no Colégio Brasileiro de Altos Estudos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CBAE/UFRJ), e vai contar com a presença de convidados do Brasil e do exterior, de fundadores a profissionais que atuaram na revista e contribuíram ao longo de seus 30 anos de história.

Também estarão presentes pesquisadores de diferentes áreas — como História, Relações Internacionais, Economia e Comunicação — para mesas redondas sobre o legado da Cadernos do Terceiro do Mundo.

Os debates também abordarão questões como a luta por paz e justiça social, educação cidadã, os atuais desafios do jornalismo e o papel transformador da mídia nas dinâmicas geopolíticas atuais, sobretudo em prol do fortalecimento do Sul Global.

Para conferir a programação completa e se inscrever, acesse o site oficial do evento aqui.

Compromisso com Nova Ordem Informativa Internacional

A revista Caderno do Terceiro Mundo foi fundada em 1974, na Argentina, disposta a fortalecer o que à época foi chamado de “Nova Ordem Informativa Internacional” (NOIII), “uma proposta que defendia a democratização dos meios de comunicação como pré-condição para se atingir o pleno desenvolvimento dos países periféricos”, conforme descreve o portal do Repositório Institucional de Múltiplos Acervos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (Rima – UFRRJ).

Imagem: Colégio Brasileiro de Altos Estudos

A Cadernos ganharia ainda versões no México (1976), em Portugal (1978), no Continente Africano (1978) e no Brasil (1980), e foi publicada até o final de 2005, então com sede no Rio de Janeiro. O periódico se tornou uma referência, por décadas, para estudos políticos, históricos e de relações internacionais nos meios acadêmicos e movimento sociais do antes chamado Terceiro Mundo — hoje, Sul Global.

Cadernos do Terceiro Mundo no DNA da Diálogos do Sul Global

Na conferência “Jornalismo e democracia. Revista Cadernos do Terceiro Mundo – 50 anos: História e legado”, estarão presentes os jornalistas Paulo Cannabrava Filho e Vanessa Martina, respectivamente fundador e diretora de redação da revista Diálogos do Sul Global. Cannabrava, também diretor da Diálogos, integrou a equipe da Cadernos ao longo dos 30 anos do veículo.

A Diálogos do Sul Global, vale dizer, foi fundada justamente como sucessora e herdeira da Cadernos do Terceiro Mundo, se inspirando em seu legado e com a missão de manter viva a cobertura crítica e independente do cenário internacional.

Serviço

– Conferência “Jornalismo e democracia. Revista Cadernos do Terceiro Mundo – 50 anos: História e legado”
– Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ, Rio de Janeiro (RJ)
– De 29 de outubro a 1º de novembro
– Programação e inscrições no site oficial do evento.

* Com informações de Colégio Brasileiro de Altos Estudos.


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Guilherme Ribeiro Jornalista graduado pela Unesp, estudante de Banco de Dados pela Fatec e colaborador na Revista Diálogos do Sul Global. Mais conteúdos em guilhermeribeiroportfolio.com

LEIA tAMBÉM

Educar para a liberdade - a visão de José Martí para uma nova América
Educar para a liberdade: a visão de José Martí para uma nova América
Peru 200 anos da Batalha de Ayacucho, a última guerra pela independência da América
Peru: 200 anos da Batalha de Ayacucho, a última guerra pela independência da América
Nazifascismo, deificação do irracional e necropolítica
Nazifascismo, deificação do irracional e necropolítica
Frei Betto Ainda estão aqui a sequela da impunidade aos crimes da ditadura
Frei Betto | Ainda estão aqui: a sequela da impunidade aos criminosos da ditadura