A República Popular Democrática da Coreia (RPDC) condenou a condescendência com que o Japão abordou recentemente os desmandos cometidos pelo exército imperial na Segunda Guerra Mundial.
O Ministério de Relações Exteriores da RPDC tornou pública uma nota oficial na qual indica que as autoridades japonesas foram ao extremo de distorcer abertamente a história e pretender apagar a escravidão sexual e o recrutamento forçado de coreanos cometidos por seus militares.
A Chancelaria norte-coreana faz referência a uma reunião do gabinete nipônico realizada em 27 de abril, em que deram a entender que o termo escravidão sexual não é apropriado porque se tratou de “mulheres de lazer para o exército”.
Reprodução: Pixabay
A RPDC indicou que o governo japonês pretende jogar sal nas feridas das vítimas.
Igualmente, afirmaram que o “trabalho forçado” não é uma expressão adequada, porque tudo se fez sob o “Projeto de Ordenança Nacional” vigente naquele momento.
Em sua declaração, a Chancelaria norte-coreana lembra que a comunidade internacional definiu o recrutamento forçado de coreanos por parte das autoridades japonesas, assim como a escravidão sexual, como crimes de lesa humanidade inclusos em 55 categorias penais.
Em particular, o Tribunal Internacional de Crimes de Guerra de Mulheres, realizado em Tóquio em 2000 mostrou a mobilização das autoridades militares e governamentais do Japão para institucionalizar a escravidão sexual militar em tempos de guerra baseado nos testemunhos das vítimas e em vários documentos, afirma. A RPDC indicou que o governo japonês pretende jogar sal nas feridas das vítimas, “fazendo um desafio intolerável para inculcar a visão distorcida da história e o revanchismo nas gerações vindouras, repetindo a história de agressão”.
O Japão se equivocaria seriamente se pensasse que sua história de agressões e atrocidades criminosas passadas podem ser tapadas com os musgos e as folhas caídas do esquecimento amontoadas com o passar do tempo, adverte a nota.
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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