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A Assembleia Nacional do Poder Popular de Cuba foi instalada nesta quarta-feira (18), com seus 605 deputados eleitos em março passado, para iniciar o processo que elegerá o sucessor do presidente Raúl Castro. O mais cotado para ocupar o cargo é o vice-presidente Miguel Díaz-Canel. Caso favoritismo seja confirmado, ele será o primeiro mandatário a assumir o poder que não esteve presente da Revolução Cubana de 1959.
Mariana Serafini, no Portal Vermelho
Cuba está às vésperas da maior mudança de seu cenário político desde a revolução. Esta será a primeira vez que o presidente será alguém que não esteve presente neste episódio divisor de águas da ilha comunista.
Uma vez constituída a Assembleia, os parlamentares — que foram eleitos através do voto popular nos 168 municípios da ilha — devem formar a Mesa Diretora do Parlamento, que consiste no presidente, vice-presidente e secretário-geral da Casa de Leis. Após este processo, será eleito o novo presidente, nesta quinta-feira (19).
Já na sexta-feira (20), acontece a cerimônia solene de posse do novo presidente, quando Raúl Castro encerra seu segundo mandato, após dez anos à frente do governo comunista.
Esta eleição inicia um novo capítulo na história de Cuba. Trata-se do período em que a nova geração de políticos, nascidos depois da revolução, estarão em maioria do governo e também na presidência.
Miguel Díaz-Canel, 57 anos, vem sendo preparado para assumir a presidência da ilha desde 2003, quando tornou-se secretário do partido no estado de Holguín. Raúl Castro não o convocou a Havana até 2009, quando ele assumiu o Ministério da Educação. Em 2012, tornou-se vice-presidente do Conselho de Ministros. Em 2013, passou a vice-presidente do Conselho de Estado. Foi quando Raúl Castro, num discurso, o apontou como sucessor: “Ele não é um novato ou improvisado”, disse o presidente.