Pesquisar
Pesquisar

Tardes Musicais / Nega Duda canta Rainha Quelé

Rainha Quelé, ou simplesmente Clementina de Jesus, viveu de 1901 até 1987 e foi o reflexo de muitas mulheres negras de várias gerações.
João Baptista Pimentel Neto

Tradução:

Rainhas Negras que se encontram na diversidade e no contexto em que se apresentam ao mundo, Rainha Quelé (Clementina de Jesus) e Nega Duda dialogam entre si, independente da temporalidade, em suas representações artísticas, religiosas e na vivência diária.

Suas representações religiosas caminham entre o Catolicismo de Quelé e o Candomblé de Nega Duda. Ambas dividem a mesma experiência como domésticas, enquanto artistas, foram convidadas a viajar pelo mundo representando grupos culturais tradicionais.

Rainha Quelé, ou simplesmente Clementina de Jesus, viveu de 1901 até 1987 e foi o reflexo de muitas mulheres negras de várias gerações.

Fundação Ema Klabin
Nega Duda canta inesquecíveis clássicos da produção musical de Clementina de Jesus

Rainha Quelé e Nega Duda têm em suas trajetórias a coincidência presenteada pela vida e o asè dos/as Orixás. Esse projeto musical vem oferecer de forma única um momento especial e importante para o público presente: ouvir a inesquecível produção musical de Clementina de Jesus através da voz de Nega Duda.

Rainha Quelé, ou simplesmente Clementina de Jesus, viveu de 1901 até 1987 e foi o reflexo de muitas mulheres negras de várias gerações. Durante 20 anos viveu do trabalho doméstico e da negação de outros espaços, mas que conquistou com seu inegável talento e trabalho. Reverenciava e fortalecia os laços entre Brasil e a África através de cânticos religiosos em Iorubá e canções de romarias, momento em que sua ancestralidade vinha à tona.

Com uma voz potente e inconfundível, Clementina resgatava essa ligação que nos difere de qualquer outro povo. Outro ponto que marcou sua musicalidade foi seu partido alto, transformando-a em uma figura icônica. De seus 86 anos, 24 foram dedicados à carreira artística, onde sua voz foi disseminada para o público geral. Considerada um símbolo de resistência do povo negro através da sua música. Salve Clementina, salve Rainha Quelé!

Influenciada pelos ensinamentos de sua mãe e sua vó, Nega Duda vem desde sua infância em São Francisco do Conde, cidade pertencente ao Recôncavo Baiano, vivenciando e absorvendo a cultura local, que traz dentre suas ricas manifestações culturais e religiosas, a Roda de Samba, o Candomblé e a culinária ancestral da tradição Angola. A partir de 2005, teve a fantástica experiência de levar o que aprendeu para outros espaços pelo mundo, acumulando vasta experiência como cantora do legítimo Samba de Roda.

Repertório

  • Deus vos Salve Casa Santa
  • Fui Pedir as Almas Santas
  • Embala Eu
  • Muriquinho Piquinino
  • São João Foi no Céu
  • Sereia
  • Beira Mar
  • Canto IV
  • Marinheiro Só
  • A velha do Acarajé
  • A coruja Comeu meu curió
  • Piedade
  • Ponto de Macumba Xangô
  • Na hora da Sede

Voz Principal: Nega Duda
Roberta Viana: Leitura dramática e coro
Jake Cunha: Percussão
Anderson Rodrigues: Percussão
Matheus Nascimento: Violonista

Serviço:

Tardes Musicais | Nega Duda canta Rainha Quelé

Sábado, 03/11/2018 das 16:30 às 18:00

gratuito

170 vagas por ordem de chegada


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
João Baptista Pimentel Neto

LEIA tAMBÉM

Gaza-mídia2
Geopolítica, mídia hegemônica e ignorância: por uma política de comunicação verdadeiramente plural
Bust_of_Hermann_Broch,_Teesdorf_02
"A Morte de Virgílio": como distopia de Hermann Broch ecoa totalitarismos do século XX
Regular_algoritmos
Frei Betto | Regular uso de algoritmos é promover democracia e justiça social
Entre a utopia e o cansaço pensar Cuba na atualidade (3)
“Entre a utopia e o cansaço: pensar Cuba na atualidade” é lançado neste sábado (20), em SP | Entrevista