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“A luta não vai parar!”: Museu de Arte Negra ganha plataforma virtual para expor obra de Abdias do Nascimento

A história do museu está diretamente relacionada à biografia do militante, que além de ser um dos fundadores, também foi o primeiro curador do acervo
Redação Diálogos do Sul
Diálogos do Sul
São Paulo (SP)

Tradução:

“A luta não vai parar!”. Foi com esse grito de guerra que Abdias do Nascimento, ator, diretor e dramaturgo, além de militante da luta contra a discriminação racial e pela valorização da cultura negra, prometeu a Zumbi dos Palmares, na Serra da Barriga (AL), que “os disparadores do negro não terão descanso enquanto toda a nossa nação negro-africana não for definitivamente livre”.

Após 38 anos daquela fala onde se localizava o Quilombo dos Palmares, e mais de 70 anos após sua inauguração durante o primeiro congresso do negro brasileiro, o Museu de Arte Negra idealizado por Abdias para debater a estética da negritude, finalmente ganhou uma sede virtual, no dia 13 de novembro.

A história do museu está diretamente relacionada à biografia do militante, que além de ser um dos fundadores, também foi o primeiro curador do acervo

Ipeafro / Chester Higgins Jr.
A história do Museu de Arte Negra está diretamente relacionada a história de Abdias do Nascimento.

A história do museu está diretamente relacionada à biografia de Abdias, pois além de ser um dos fundadores, também foi o primeiro curador do acervo. Como artista plástico, o ativista contribuiu com pinturas próprias que integram o acervo MAN-IPEAFRO e foram o foco principal da primeira exposição em 3D e realidade aumentada do museu.

Em entrevista à Folha de São Paulo, o pesquisador e curador Deri Andrade lembra que pensar um acervo com foco para a produção negra era algo pioneiro nos anos 1950. Outros museus importantes voltados para essa temática, como o Museu Afro Brasil, em São Paulo, surgiram apenas entre os anos 1980 e 2000.

Para acessar a exposição em 3D e realidade aumentada sobre a vida e obra de Abdias Nascimento, basta acessar o site man.ipeafro.org.br 


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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