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Diálogos do Sul apoia Campanha por outorga de Nobel da Paz a Brigadas de Saúde cubanas

Jornalistas, colaboradores e leitores da Diálogos participam ativamente desta importante e simbólica iniciativa de reconhecimento a solidariedade de Cuba
João Baptista Pimentel Neto
Diálogos do Sul Global
Rio Claro (SP)

Tradução:

Articulada e apoiada por personalidades globalmente reconhecidas como o arquiteto, escultor, ativista pelos direitos humanos e ganhador do prémio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, o filósofo, sociólogo e ativista estadunidense Noam Chomsky,  a escritora e ativista feminista estadunidense Alice Walker, compositor, escritor e cantor brasileiro, Chico Buarque, o ex presidente equatoriano Rafael Correa, o economista, escritor e líder social brasileiro, João Paulo Stédile, a dramaturga e ativista Eve Ensler, dezenas (talvez centenas) de entidades, organizações e movimentos sociais, milhares de simples cidadãos de diversas nacionalidades e etnias, e, até mesmo, por Governos Nacionais espalhados por todos os continentes a Campanha que reivindica e apoia a outorga do Prêmio Nobel da Paz 2021 a Brigada Médica Internacional Cubana Henry Reeve vêm ampliando contínua e significativamente o número de subscrições a petição on-line disponibilizada através da rede mundial de computadores. 

Lançada durante a realização de um seminário virtual com transmissão online, a campanha adotou no Twitter as hashtags #CubaSalvaVidas (em português) e #CubaPorLaVida (em espanhol) é também acessível através de diversas plataformas e redes sociais.

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Após apenas 15 dias de seu lançamento e apesar do “silêncio tumular” estabelecido pela maioria dos meios corporativos de comunicação, a iniciativa já ultrapassou o número de quinze mil signatários da petição que apoia a proposta.

Para além da iniciativa e apoio a premiação, a petição busca também evidenciar as tentativas dos Estados Unidos de desacreditar a missão médica cubana ao designá-la como uma forma de “tráfico de pessoas” e pressionar países a não aceitaram a ajuda da brigada, “uma sabotagem tosca e mal intencionada”

Diálogos do Sul apoia a iniciativa

Herdeira dos Cadernos do Terceiro Mundo, parceira de vários meios de comunicação cubanos e um dos principais meios brasileiros na difusão de informações e notícias da realidade cubana, a Diálogos do Sul, toda a sua equipe e muitos de seus colaboradores e leitores apoiam esta importante e simbólica iniciativa de reconhecimento do espírito de fraternidade e solidariedade demonstrado pelo povo e pelos governantes de Cuba.

Para consultar, saber mais, apoiar e participar da iniciativa: https://www.cubanobel.org/

Jornalistas, colaboradores e leitores da Diálogos participam ativamente desta importante e simbólica iniciativa de reconhecimento a solidariedade de Cuba

Prensa Latina
Mais de 2000 médicos, enfermeiros e profissionais médicos de Cuba colaboram atualmente em 27 países

Intercionalismo solidário

Em uma notável demonstração de cooperação internacional, mais de 2000 médicos, enfermeiros e profissionais médicos de Cuba colaboram atualmente em 27 países afetados pelo coronavírus, salvando milhares de vidas colocando em risco seu próprio bem-estar.

A lista de países que contam com ações de equipes das Brigadas cubanas registra nações localizadas nos cinco continentes: Andorra, Angola, Antígua e Barbuda, Barbados, Belize, Cabo Verde, Dominica, Granada, Guiné, Haiti, Honduras, Itália, Jamaica, Kuwait, México, Moçambique, Nicarágua, Peru, Catar, Santa Lúcia São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas, África do Sul, Suriname, Togo, Trinidad e Tobago, e Venezuela. 

Neste cenário, segundo as declarações de Noam Chomsky: “Em meio desta pandemia sem precedentes na história moderna, há um grupo de um pequeno país que tem proporcionado esperança e inspiração a pessoas de todo o mundo: os médicos e enfermeiros cubanos que formam parte da Brigada Médica Internacional Henry Reeve que agora trabalham em 27 países para combater a Covid-19″.

Carta ao Comitê

Ao Comitê do Prêmio Nobel da Paz:

Em meio a uma pandemia global sem precedentes na história moderna, há um pequeno grupo de um pequeno país que levou esperança e inspiração às pessoas em todo o mundo: aos médicos/as, aos enfermeiros/as cubanos/as que fazem parte da Brigada Médica Internacional Henry Reeve, que agora trabalham em 27 países para combater a COVID-19. Em reconhecimento a sua magnífica solidariedade e abnegação, salvando milhares de vidas e colocando suas próprias vidas em risco, pedimos que lhes concedam o Prêmio Nobel da Paz 2021.

Henry Reeve foi um jovem americano que deixou o Brooklyn, nos Estados Unidos, aos dezenove anos para ingressar na luta pela independência cubana e se tornar um general da brigada do Exército de Libertação. A Brigada Médica, com seu nome, foi criada pelo líder cubano Fidel Castro em 19 de setembro de 2005, depois que os Estados Unidos rejeitaram a oferta de enviar 1.500 médicos/as Cubanos/as para prestar assistência após o furacão Katrina.

O corpo médico da Brigada (7.400 trabalhadores/as voluntários/as da saúde) prestou assistência em desastres e pré-COVID-19 a mais de 3,5 milhões de pessoas, em 21 países devastados pelos piores desastres naturais e epidemias no mundo. Estima-se que 80.000 vidas foram salvas como resultado direto dos tratamentos médicos de emergência de primeira linha da Brigada para pacientes nesses países. Um de seus atos mais heroicos foi entre os anos de 2014 e 2015, quando a Brigada enviou mais de 400 médicos/as, enfermeiros/as e outros/as profissionais de saúde para a África Ocidental, para lidar com a perigosa pandemia de Ebola. Trabalhando em regiões onde as instalações e os cuidados de saúde e até a infraestrutura básica, como estradas e sistemas de comunicação, eram mínimos. Essa equipe constituiu a maior operação de campo médico na Serra Leoa, Guiné e Libéria.

Por este trabalho, de 250 especialistas em nações africanas durante a perigosa epidemia de Ebola e seu prestígio nas áreas da medicina, a Organização Mundial da Saúde (OMS) conferiu à Brigada o Prêmio de Saúde Pública Memorial Dr. Lee Jong-Wook.

A Brigada Henry Reeve é apenas parte do sistema médico cubano, coordenado pelo Ministério da Saúde Pública de Cuba, que enviou mais profissionais de saúde para trabalhar no exterior do que toda a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Por outro lado, enquanto os EUA retiram fundos da Organização Mundial da Saúde, atingindo a China e sequestrando Equipamentos de Proteção Individual (EPI) de outros países, os médicos cubanos estão lutando contra a COVID-19 em todo o mundo.

Nesse momento, em que o mundo está passando por uma pandemia devastadora, a Brigada está trabalhando globalmente para combatê-la e trazer saúde e recuperação aos pacientes afetados. O mundo ficou chocado ao ver os/as Cubanos/as se dirigindo à parte mais infectada da Itália, a Lombardia, para ajudar a salvar vidas. Desde o dia 1º de maio de 2020, mais de 1.450 equipes médicas cubanas lutam contra a COVID-19 em 21 países: Angola, Antígua e Barbuda, Barbados, Belize, Cabo Verde, Dominica, Granada, Haiti, Honduras, Itália (Lombardia e Piemonte). ), Jamaica, Nicarágua, Principado de Andorra, Catar, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas, Santa Lúcia, África do Sul, Suriname, Togo e Venezuela.

Sinceramente,

Outras premiações

A Brigada  recebeu  o Prêmio Dr. Lee Jong-Wook Memorial de Saúde Pública da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2017 por seu trabalho contra a epidemia de Ebola na África Ocidental. Esse prêmio foi recebido pelo Dr. Félix Baez, que havia trabalhado no Paquistão após o terremoto em 2005 e depois foi para Serra Leoa em outubro de 2014 para combater o Ebola; O Dr. Baez contraiu o Ebola, foi se recuperar na Suíça e em Cuba e depois voltou à Serra Leoa para completar sua missão.

As raízes do internacionalismo médico cubano vão desde o início da Revolução Cubana em 1959. Embora os médicos tenham deixado o país após a revolução, o povo cubano respondeu corajosamente em  resposta  a um terremoto em Valdívia, Chile, em maio de 1960; uma brigada médica de emergência cubana chegou ao Chile e montou seis hospitais de campanha rurais. Este foi o início de um processo que incluiria assistência médica cubana às guerras de libertação da Argélia, Angola, Nicarágua e Vietnã, além de treinamento médico cubano para estudantes de todo o mundo.

A chave do internacionalismo médico de Cuba é treinar pessoal médico em todo o mundo, além de enviar médicos e enfermeiros cubanos para o exterior. Desde 2005, a Escola de Medicina da América Latina, com sede em Havana, treinou mais de 29 000 médicos de mais de 100 países. Muitos desses médicos estão agora na linha de frente da luta contra o COVID-19 em todo o mundo. Por exemplo, o Dr. Patrick Delly – diretor do Laboratório Nacional de Epidemiologia do Haiti – está liderando a luta para romper a cadeia de infecção no Haiti.

João Baptista Pimentel Neto, jornalista da equipe da Diálogos do Sul

*Com informações de La Jornada, Pressenza e Prensa Latina

Tradução: Beatriz Cannabrava e João Baptista Pimentel Neto


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

João Baptista Pimentel Neto Jornalista e editor da Diálogos Do Sul.

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