UOL - O melhor conteúdo
Pesquisar
Pesquisar

Porto Alegre: Centenas vão às ruas por justiça para Mari Ferrer e fim da cultura do estupro

Centenas de manifestantes participaram de ato pedindo justiça por Mariana Ferrer no ultimo domingo (8)
Redação Sul 21
Sul 21
São Paulo (SP)

Tradução:

Após a repercussão das imagens do julgamento de André de Camargo Aranha, que mostram a influencer Mariana Ferrer, vítima de estupro, sendo humilhada pelo advogado de defesa do acusado, centenas de manifestantes participaram na tarde deste domingo (8) de um ato no Parque Farroupilha, em Porto Alegre, para pedir justiça à ela e o fim da cultura do estupro e da violência contra às mulheres. 

A manifestação em Porto Alegre integrou uma série de outros atos em apoio à Mariana Ferrer que aconteceu neste domingo em diversas cidades do país.  Porém, segundo o evento do ato nas redes sociais, a mobilização na Capital também buscava pedir justiça para Simone Souza, vítima de feminicídio na Praia do Cassino, em Rio Grande, no último dia 2.

Continua após o anúncio

O ato teve inicio às 15h no Monumento ao Expedicionário, o Arco da Redenção, e foi marcado por cânticos criticando a violência contra mulheres e pela presença de cartazes e camisetas criticando a decisão judicial, que foi proferida favoravelmente ao acusado de estuprar Mariana, e contendo frases contra a cultura do estupro. “Mexeu com uma, mexeu com todas”, “A culpa nunca foi e nunca será nossa”, “Independente da minha roupa, eu mereço respeito” e “A justiça não é cela, ela é paga para não ver” eram algumas das frases presentes dos cartazes. Ainda, falas da influencer durante o julgamento também foram lembradas nos cartazes do ato, como a frase “Excelentíssimo, eu estou implorando por respeito”, dita por Mariana ao advogado de defesa do acusado.

Centenas de manifestantes participaram de ato pedindo justiça por Mariana Ferrer no ultimo domingo (8)

Reprodução: Guilherme Santos/Campanha Fernanda Melchionna (PSOL)
Centenas de manifestantes participaram, neste domingo (8), de ato por justiça à Mari Ferrer

Continua após o anúncio

Também ocorreram na manifestação falas de parlamentares, lideranças de movimentos sociais, representantes de entidades estudantis e lideranças comunitárias e candidatas à Prefeitura de Porto Alegre. Nas redes sociais, Fernanda Melchionna (PSOL) compartilhou que “ato das mulheres em Porto Alegre foi por Mari Ferrer e por todas vítimas da violência sexual e duplamente violentadas por essa justiça machista”.

 Durante o ato, o grupo de manifestantes utilizou máscaras de proteção e álcool em gel estava sendo distribuído no local.

Caso Mari Ferrer

A influencer Mariana relata ter sido estuprada por Aranha há cerca de dois anos em uma festa, mas enquanto ele foi absolvido das acusações, ela teve fotos pessoais expostas e sua virgindade questionada durante uma audiência.

Na ocasião, o advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho citou a situação financeira da vítima para acusá-la de tirar proveito econômico da “desgraça dos outros” e ainda mostrou fotos dela que classificou como “posições ginecológicas”, entre outras agressões. A vítima começou a chorar e implorou para ser tratada de forma digna, mas o advogado então prosseguiu dizendo que eram “lágrimas de crocodilo”.

Continua após o anúncio

*Com informações da Rádio Guaíba e da GZH. 


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

Veja também

   

Se você chegou até aqui é porque valoriza o conteúdo
jornalístico e de qualidade.

A Diálogos do Sul é herdeira virtual da Revista
Cadernos do Terceiro Mundo. Como defensores deste legado, todos os
nossos conteúdos se pautam pela mesma ética e qualidade de produção
jornalística.

Continua após o anúncio

Você pode apoiar a revista Diálogos do Sul de diversas formas. Veja como:


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul Global.

Redação Sul 21

LEIA tAMBÉM

Não o reconheci pais de brasileiro torturado em Guantánamo de Israel pedem ajuda ao Brasil (1)
"Não o reconheci": pais de brasileiro torturado em "Guantánamo israelense" pedem ajuda ao Brasil
Fome e espera em Gaza um dia na fila do pão em Khan Younis
Fome e espera em Gaza: um dia na fila do pão em Khan Younis
Sociólogo esperam Israel exterminar palestinos, depois abrem museus e estudos sobre genocídio
Sociólogo: deixam Israel exterminar palestinos, depois abrem museus e estudos sobre o genocídio
Jovens, estudantes e militantes Comissão da Verdade revela perfil das vítimas da ditadura
Jovens, estudantes e militantes: Comissão da Verdade revela perfil das vítimas da ditadura