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Israel liberta prisioneiro palestino em coma intermitente após 141 dias em greve; caso gera revolta

Abu Hawash foi detido com base em lei que permite a Israel prender palestinos em intervalos renováveis de 3 a 6 meses, com base em evidências não divulgadas nem a advogados
Redação Prensa Latina
Prensa Latina
Ramallah

Tradução:

A Autoridade Palestina para Assuntos de Prisioneiros e ex-prisioneiros declara em um comunicado que Abu Hawash, 40, deixará a prisão em 26 de fevereiro. Esta é uma nova vitória para nossos detidos, diz o texto, referindo-se a outros protestos semelhantes que obrigaram Tel Aviv a adotar a mesma decisão.

Horas antes, o porta-voz dessa instituição, Hassan Abd Rabbo, revelou que o estado de saúde de Abu Hawash é crítico. “Ele está em coma intermitente e sofre de fraqueza visual e incapacidade de falar, além de problemas cardíacos e atrofia muscular, frisou em declarações à agência oficial de notícias Wafa.

Nos últimos dias, protestos e marchas se intensificaram em várias áreas da Faixa de Gaza e da Cisjordânia em solidariedade ao detido. A União Europeia, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e outras organizações globais também expressaram preocupação com a saúde do prisioneiro.

Pouco antes do anúncio de sua libertação, 50 prisioneiros palestinos em prisões israelenses começaram uma greve de fome em solidariedade com seu compatriota na terça-feira. As milícias palestinas também aumentaram os contatos para responder a Israel.

Abu Hawash foi detido com base em lei que permite a Israel prender palestinos em intervalos renováveis de 3 a 6 meses, com base em evidências não divulgadas nem a advogados

Prensa Latina
Hisham Abu Hawash

A este respeito, representantes de alto escalão do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e da Jihad Islâmica se encontraram na noite passada em Gaza para avaliar a situação.

Ambas as formações responsabilizaram o país vizinho nos últimos dias pela possível morte de Abu Hawash e ameaçaram represálias.

Este último está atrás das grades sob a política de detenção administrativa, criticada pela ONU e grupos de direitos humanos, porque permite que Israel prenda palestinos em intervalos renováveis que variam normalmente de três a seis meses com base em evidências não divulgadas que até mesmo o advogado do réu está proibido de ver .

Estima-se que cerca de 500 palestinos, dos mais de 4.000 detidos em prisões israelenses, sejam mantidos sob esses regulamentos controversos.

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As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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