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Revelação: López Obrador pediu para Trump tirar acusações e ofereceu asilo a Assange no México

Presidente contou ter enviado uma carta a Trump pedindo para que os EUA atuem com "humanismo" no caso; em editorial, jornal mexicano apoiou a medida
Redação Prensa Latina
Prensa Latina
Cidade do México

Tradução:

O jornal mexicano lembrou que em sua primeira conferência matinal deste ano, o presidente Andrés Manuel López Obrador revelou que nos últimos dias do governo Donald Trump (2017-2021) pediu-lhe por escrito que fossem tiradas as acusações que inventaram contra ele a justiça dos Estados Unidos.

Reiterou a oferta de seu governo de fornecer asilo ao jornalista australiano, também, considerou que Washington “deve agir com humanismo” dado o fato de que “Assange está doente e seria uma demonstração de solidariedade dar-lhe asilo no país em que ele decidiu viver “.

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Lembrou que Assange está detido em uma prisão de Londres aguardando a decisão da Suprema Corte do Reino Unido sobre um recurso da defesa para impedir sua extradição para os Estados Unidos, onde enfrentaria 18 acusações e uma pena de 175 anos em prisão, e submetido a condições de prisão que agravam sua saúde debilitada.

“Ao contrário do que as representações da superpotência faria você acreditar, o jornalista processado não é um espião nem um cibercriminoso, mas um indivíduo que decidiu expor os segredos mais sórdidos de vários governos com informações obtidas por meio de vazamentos digitais”, disse ele.

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Presidente contou ter enviado uma carta a Trump pedindo para que os EUA atuem com "humanismo" no caso; em editorial, jornal mexicano apoiou a medida

Montagem Prensa Latina
Assange e Lopez Obrador

Assim, explica tudo o que concerne ao caso para prová-lo, como em 2010, quando o WikiLeaks divulgou ao mundo documentos que comprovavam crimes contra a humanidade pelas forças norte-americanas e seus aliados nas guerras do Afeganistão e do Iraque.

No ano seguinte, o ativista entregou a vários meios de comunicação de todo o mundo -entre eles La Jornada– os chamados “telegramas do Departamento de Estado” que revelavam as práticas diplomáticas inescrupulosas e intrometidas de Washington em vários países.

Na preparação jornalística deste material, este jornal publicou, por exemplo, reportagens do ex-embaixador dos Estados Unidos Tony Garza, nas quais se gabava de ter desempenhado um papel central na consolidação de Felipe Calderón na presidência.

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Também um despacho que documenta a oferta feita pelo então Secretário de Segurança Pública, Genaro García Luna (prisioneiro e julgado nos Estados Unidos), ao ex-Secretário de Segurança Interna do país vizinho, Michael Chertoff, para lhe dar “pleno acesso “a todas as informações da inteligência mexicana.

É claro que o desejo do governo dos Estados Unidos de perseguir Assange não responde a um zelo no combate aos crimes comuns, mas a um plano de vingança pelo descrédito que suas instituições experimentaram com as revelações do WikiLeaks, concluiu o La Jornada.

Prensa Latina, especial para Diálogos do Sul — Direitos reservados.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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