Pesquisar
Pesquisar

Brasil à venda no Senado: entenda o que está em risco com autonomia do Banco Central

Um dos mais críticos do projeto de autonomia, o ex-senador Roberto Requião, mais uma vez denunciou o que considera a "venda do Brasil na bacia das almas"
Redação Prensa Latina
Prensa Latina
Brasília (DF)

Tradução:

Hoje o Congresso Nacional votará sobre as diversas propostas que dão autonomia ao Banco Central (BC), que vêm sendo debatidas no Brasil desde os anos 1990 e ainda carecem de consenso para serem aprovadas.
Ao defender uma votação rápida de seu projeto, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) afirmou que a iniciativa traz segurança jurídica para investidores internos e externos, “porque o Banco Central é o responsável pela moeda”.

Ele aludiu ao risco de não haver quórum nesta terça-feira para as eleições municipais, marcadas para 15 e 29 de novembro.

Um dos mais críticos do projeto de autonomia, o ex-senador Roberto Requião, mais uma vez denunciou o que considera a "venda do Brasil na bacia das almas"

Sintrasp
Quantos tolos ou simplesmente canalhas vão votar pela venda do país?

Analistas garantem que as divergências sobre o papel do BC e o que a economia e o país podem ganhar ou perder com dirigentes do financeiro e de mandato fixo nunca se acalmaram entre os dois campos opostos.

Para os que defendem a garantia desse período de estabilidade aos dirigentes do Banco Central, a autonomia impedirá as trocas de lideranças por simples vontade presidencial ou pressão política e eleitoral dos partidos.

Também acreditam que isso dará segurança jurídica às decisões econômicas e evitará cenários como o dos governantes que se candidatam à reeleição e não permitem que o BC aumente os juros, o que provoca instabilidade no mercado antes de renovar o mandato, por exemplo.

Os que se opõem à tese argumentam que o descompasso institucionalizado entre a diretoria do banco e o Executivo gera prejuízos para o país, pois o governo perde a capacidade de estimular o crescimento econômico em tempos de crise.

Nesse sentido, cita-se a situação que o mundo vive atualmente com a pandemia Covid-19, ao utilizar a política monetária em linha com a política fiscal (arrecadação de receitas e execução de despesas, busca de crescimento com baixo desemprego, estabilidade de preços e distribuição de renda).

Um dos mais críticos do projeto de autonomia, o ex-senador Roberto Requião, mais uma vez denunciou o que considera a “venda do Brasil na bacia das almas”.

O Brasil estará à venda no Senado. Independência e autonomia do Banco Central, contas mais remuneradas e voluntárias do sistema financeiro na entidade bancária.

Quantos brasileiros teremos realmente? Quantos tolos ou simplesmente canalhas vão votar pela venda do país?


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

Veja também

   

Se você chegou até aqui é porque valoriza o conteúdo jornalístico e de qualidade.

A Diálogos do Sul é herdeira virtual da Revista Cadernos do Terceiro Mundo. Como defensores deste legado, todos os nossos conteúdos se pautam pela mesma ética e qualidade de produção jornalística.

Você pode apoiar a revista Diálogos do Sul de diversas formas. Veja como:


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
Redação Prensa Latina

LEIA tAMBÉM

Desigualdade_FMI_Banco-Mundial
Em Washington, Brasil adverte: FMI e BM seguem privilegiando EUA e outros países poderosos
EUA_taxar_mais_ricos_Biden
Biden não cumpre promessa de taxar mais ricos e EUA perdem US$ 690 bi em 3 anos
Margaret Thatcher - neoliberalismo
Afinal, o que é neoliberalismo?
Bilderberg
Bilderberg: o clube secreto de magnatas que gerencia a desordem mundial