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Arre! Até que enfim temos trabalhadores mobilizados numa greve política. Pois são reivindicações políticas tanto a paralisação dos caminhoneiros como a dos petroleiros. E não vamos esquecer dos professores, invisibilizados pela mídia.
A simples reivindicação por preços dos caminhoneiros está resultando numa greve geral, pois, obrigados ou voluntariamente estão paralisados grande parte dos setores de produção e serviços.
É a força dos caminhoneiros que eles mesmo desconheciam e que estão empolgados com a descoberta. Percepção que os levou a partir de uma reivindicação por preço para exigir mudanças políticas: demissão do presidente da Petrobrás, mudanças na política do petróleo e do complexo sistema logístico nacional.
Juntando a força dos caminhoneiros com a dos petroleiros, oxalá se unam ao movimento as centrais sindicais e associações profissionais, pois assim, estarão dadas as condições para uma ruptura institucional. Aliás essas condições já estão dadas há algum tempo, não ocorre a ruptura por falta de percepção e de quem poderia conduzir o processo.
Essa ruptura pode ser para o bem ou para o mal.
Para o bem se conduzida por lideranças nacionalistas e democráticas levar a derrubar o governo ilegítimo, chamar a eleições gerais ou, melhor ainda, a uma nova Constituinte popular e soberana, que repense o país e aprove um projeto nacional.
Para o mal se for parte da estratégia dos Estados Unidos de implantar o caos. Já há farta literatura sobre como os agentes de inteligência atuam para impor a ditadura do capital financeiro, introduzir o pensamento único nos meios intelectuais e centros de decisão.
As táticas desestabilizadoras da política e da economia. Hoje utilizam métodos mais modernos que aqueles que derrubaram o governo da Unidade Popular no Chile, presidido por Salvador Allende, do Partido Socialista. Há farta literatura comprovando a participação de grandes empresas, dos serviços de inteligência dos Estados Unidos e do Brasil, no golpe.
O mal será também consequência da falta de percepção. O que se viu, desde a posse de Dilma Rousseff na Presidência, (ou será desde a posse de Lula?) foi a extrema passividade das forças progressistas e democráticas e das chamadas esquerdas, diante da ascensão do fascismo.
Com o avanço da crise política e econômica e o agravamento da miséria social, ficou-se nos diagnósticos e nos protestos, ou melhor, na defensiva quando o processo exigia ofensiva. Demora para reagir, deixar acontecer para depois protestar. Ausência total de capacidade de Inteligência. E isso no próprio cerne do poder.
Já dissemos, e reiteramos agora. O Brasil está desgovernado e poderá tornar-se ingovernável, caso não haja uma ruptura institucional para o bem.