Pesquisar
Pesquisar

Em Assunção, partidos políticos progressistas ressaltam luta contra golpes suaves na América Latina

Revista Diálogos do Sul

Tradução:

Frear a ofensiva neoliberal na América Latina e Caribe e combater os chamados golpes suaves. Essas foram as questões centrais da 34ª Reunião da Copppal (Conferência Permanente de Partidos Políticos da América Latina e Caribe), realizada neste final semana (de 14 a 16/10) em Assunção, capital paraguaia. O evento contou com a presença de representantes de 36 países.
Vanessa Martina Silva (*)
Os delegados presentes debateram fórmulas possíveis para enfrentar a ofensiva conservadora na América Latina e Caribe. A plenária final contou com uma grande reivindicação dos processos de integração regional. A intenção dos presentes é que as questões debatidas no evento não fiquem restritas aos documentos assinados, mas que se traduzam em ações concretas. Para isso, será criado também uma plataforma de cursos presenciais e à distância.
Manolo Pichardo, presidente do organismo, ressaltou que a região está marcada por uma perigosa tendência de debilitamento da ordem institucional e democrática: “através de ações revestidas de legitimidade jurídica desconhecem o que os cidadãos e cidadãs decidiram mediante o voto nas urnas, em processos diáfanos, participativos e transparentes”, ressaltou, em alusão ao processo de impeachment contra a presidente brasileira Dilma Rousseff e o golpe parlamentar contra o ex-presidente paraguaio Fernando Lugo.
Ele destacou, por fim, a importância de se fortalecer a democracia e o protagonismo obtido pela região nos últimos anos: “de quintal, passamos a ser a varanda da América, visível, apreciável, atrativa e vista com maior respeito por um mundo consciente de nossos enormes recursos naturais e pelas potencialidades de uma abundante população jovem que pode se converter no motor do crescimento”.
O ex-presidente Fernando Lugo, em sua exposição de abertura do evento, afirmou que os latino-americanos temos a grande tarefa de avançar na construção da integração dos povos, sob um modelo latino-americano com justiça social.
Hoje senador pela Frente Guasu e pré-candidato à presidência, Lugo ressaltou também a necessidade de fortalecer os processos democráticos na América Latina e Caribe diante dos projetos autoritários e antipopulares que estão se destacando no continente: “É inegável que nos últimos dez e quinze anos construímos espaços autônomos como Unasul, Celac, democratizamos o Mercosul, dando a ele um rosto humano com inclusão”, afirmou.
Também participaram do evento o ex-presidente da Guatemala, Alvaro Colom, o titular argentino do parlamento do Mercosul, Jorge Taiana e a atual presidente da Copppal Mulheres e ex-candidata à presidência de Honduras, Xiomara Castro.
* é jornalista, colaboradora do Diálogos do Sul


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Revista Diálogos do Sul

LEIA tAMBÉM

Biden tira Cuba da lista de terror e suspende algumas sanções (3)
Biden tira Cuba da lista de terror e suspende algumas sanções; analistas avaliam medidas
Tensões criadas por Trump impõem à América Latina reação ao imperialismo
Trump exacerba as contradições entre EUA e América Latina
Política fracassada Noboa mantém Equador como país mais violento da América Latina
Política fracassada de Noboa mantém Equador como país mais violento da América Latina
Venezuela Maduro reforça poder popular, desafia oligarquias e combate o imperialismo (2)
Venezuela: Maduro reforça poder popular, desafia oligarquias e combate o imperialismo