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A combinação de ciber-espionagem, crise política e econômica e novo contexto internacional põe novamente os EUA a beira de um conflito bélico que pode colocar em perigo a toda humanidade. Uma verdade descarnada em um sistema decadente.
O furacão Snowden (Edward) revelou os labirintos da maior espionagem global na história do mundo apoiado pela mais sofisticada tecnologia, incrementando a crise econômica e política que vive esse pais a tais extremos que figuras influentes, como o ex conselheiro de Segurança Nacional Zbigniew Brzezinski, advertiram, em fins do ano passado, que “a hegemonia mundial estadunidense está com os dias contados”.
Uma analise a diversos meios permite conhecer, graças aos materiais entregues por Snowden, a quantidade de técnicas que a Agencia Nacional de Segurança –NSA- aplica que correspondem desde as antigas e simples escutas telefônicas, até possibilidade de interceptar comunicações on line, assinala um comentário de Cubadebate.
“Contando com seu especial programa secreto PRISM, a inteligência estadunidense tem acesso direto aos servidores das nove maiores empresas de internet: Microsoft, Apple, Facebook, Yahoo e Google, entre outras”, registra o informe.
Dessa maneira são interceptáveis mensagens, sejam instantâneos ou em redes sociais, correios eletrônicos e inclusive arquivos guardados nos servidores.
Os jornais The Guardian e L’Espresso indicam que a NSA “em colaboração com seus sócios britânicos, em primeiro lugar com o Quartel General de Comunicações do Governo, obtiveram acesso a pelo menos 200 cabos de fibra ótica, que lhes permitiu interceptar mais de 600 milhões de mensagens diárias”. Além disso intervieram em “no mínimo três cabos-submarinos na Itália, acessando a informação classificada de caráter comercial e militar”.
Tudo isso em nome de uma guerra antiterrorista (preventiva, ilimitada e sem fronteiras) declarada em Washington pouco depois de 11 de setembro de 2001. O que poucos explicam é que a espionagem sobre governos aliados tem sua lógica de acordo os planos políticos traçados nos anos 1990, depois da queda da União Soviética: tomar o controle do mundo, inclusive impor uma governança global, como enfatizava o “tanque pensante” Paul Wolfovit frente ao Pentágono em 1992.
Porém são outros tempos. Durante uma recente conferência na Escola de Estudos Internacionais Avançados (SAIS) da Universidade John Hopikins, Brzezinski recordou que desde 1991 os EUA como potencia mundial “não ganhou uma só guerra” e remarcou que a dominação desse país – que depois da Segunda Guerra Mundial determinava a agenda internacional-, terminou e não poderá restabelecer-se durante a vida da próxima geração.
Si se considera que Brzezinski não só foi o conselheiro do presidente democrata Jimmy Carter (1977-1981) mas o primeiro diretor da Comissão Trilateral, fundada a instâncias de David Rockefeller, também conselheiro do Grupo Bilderberg, integrado pelos maiores conglomerados empresariais, bancos, gurus, setores de inteligência das potencias e outros sinistros personagens – conhecido como “o verdadeiro poder do mundo” – suas palavras soam como previsão e advertência.
De acordo a um artigo publicado por Rússia Today, Brzezinski enfatizou também que nenhuma das potencias mundiais pode alcançar a hegemonia mundial nas condições atuais, e que por isso Estados Unidos “deve eleger melhor os conflitos em que vai participar, já que as consequências de um erro poderiam ser devastadoras”.