A Rússia dispõe de provas contundentes acerca da implicação de Washington no fornecimento de substâncias tóxicas à Ucrânia, declarou nesta segunda-feira (27) o chefe da delegação russa durante uma sessão da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), o vice-ministro de Indústria e Comércio da Rússia, Kirill Lysogorski.
“Temos à nossa disposição provas indiscutíveis da participação dos EUA e seus aliados do Atlântico Norte no fornecimento à Ucrânia de substâncias químicas tóxicas, incluídas e não incluídas nas listas, assim como seus meios de transporte”, declarou o funcionário durante sua intervenção em Haia.
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De acordo com suas palavras, tais produtos químicos tóxicos, entre os quais se encontram as substâncias que se empregam para frear distúrbios, são proporcionados às Forças Armadas da Ucrânia, assim como aos mercenários estrangeiros que lutam no território do país eslavo em apoio ao regime de Kiev.
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Mikhail Voskresenskiy / Sputnik
Rússia quer retomar negociações sobre protocolo juridicamente vinculante à Convenção sobre Armas Biológicas e Tóxicas
As atividades biológico-militares ilegais dos EUA
Anteriormente, o chefe das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica das Forças Armadas da Rússia, Ígor Kirillov, afirmou que os EUA empregam mais de 20 contratados para ocultar os clientes e os objetivos da investigação dos programas biológicos em outros países, entre eles, a Ucrânia.
Segundo Kirillov, “os esforços russos para trazer à luz as atividades biológico-militares ilegais dos EUA e a deterioração da situação epidemiológica nas localizações de instalações biológicas da região europeia obrigaram a Administração estadunidense a retirar a investigação de duplo uso para os países africanos”.
“A lógica deterioração da situação sanitária nas zonas, onde se encontram as instalações biológicas estadunidenses, está fazendo com que muitos Governos africanos adotem uma visão diferente sobre a necessidade e conveniência de cooperar com os EUA”, afirmou.
Neste contexto, Kiríllov garantiu que a Rússia propõe retomar as negociações sobre a elaboração de um protocolo juridicamente vinculante à Convenção sobre Armas Biológicas e Tóxicas com um mecanismo de verificação eficaz.
Redação Russia Today
Tradução: Ana Corbisier
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