Pesquisar
Pesquisar

Fatah e Hamas unem-se para combater o plano de anexação sionista de Benjamin Netanyahu

“O esforço focará na resistência popular em que Fatah, Hamas e todas as suas facções participarão durante a próxima fase, para se opor à anexação"
Redação I21
i21
São Paulo (SP)

Tradução:

Fatah e Hamas concordaram, nesta quinta-feira, 2 de julho, que cerrarão fileiras para combater o plano do primeiro ministro de extrema-direita Benjamin Netanyahu. Numa coletiva de imprensa conjunta, o membro do Comitê Central do Fatah, Jibril Rajoub, em Ramallah, e o vice-presidente do Hamas, Saleh Arouri, por vídeo, de Beirute, disseram que ambos os movimentos devem se unir na luta contra as maquinações israelense-estadunidenses contra a causa Palestina. O presidente da Lista Conjunta e membro do Parlamento [de Israel] Ayman Odeh (Hadash) também participou da rara conferência conjunta Fatah-Hamas.

“O atual estágio é o mais perigoso para o nosso povo palestino, um que exige de todos nós que façamos frente ao desafio”, disse Rajoub. “Queremos chegar a uma visão estratégica com todas as frentes das forças nacionalistas para enfrentar os atuais desafios.”

Rajoub ressaltou que ambos os movimentos, Fatah e Hamas, são agora chamados a unir suas fileiras após anos de divisão, para demonstrar à comunidade internacional — que em grande parte expressou sua oposição aos planos de Israel de anexar grande parte da Cisjordânia Palestina — que o povo palestino está unido em sua luta contra esse plano.

“Nosso projeto nacional inteiro está ameaçado pela ocupação, que está apostando na continuidade da divisão, para desferir seu golpe contra nossa coesão nacional, buscando encontrar uma parte regional que concordaria em dar seguimento aos seus planos, para concluir a questão Palestina,” disse o líder do Fatah.

“O esforço focará na resistência popular em que Fatah, Hamas e todas as suas facções participarão durante a próxima fase, para se opor à anexação caso a ocupação decida implementá-la. E essa questão é aceita tanto pelo Comitê Central do Fatah quanto os membros do birô político do Hamas”, disse Rajoub.

“O esforço focará na resistência popular em que Fatah, Hamas e todas as suas facções participarão durante a próxima fase, para se opor à anexação"

i21
Jibril Rajoub, do Fatah, à direita na imagem e Saleh Arouri, do Hamas, à esquerda

Arouri, do Hamas, disse na coletiva de imprensa que a reunião era uma oportunidade de iniciar nova fase de serviço ao povo palestino nestes tempos perigosos. “Nossa clara e enfática mensagem desta conferência ao nosso povo, nossos inimigos e a todo o mundo, é a de que estamos unidos contra a anexação, e que todos nós, dentro e fora da Palestina, estamos travando a batalha contra isso. Esta é a posição de toda a liderança do Hamas.

O parlamentar pela Hadash Ayman Odeh participou da conferência em Ramallah e disse aos reunidos no local e em outros locais, por vídeo, que apoia todas as iniciativas para transpor a divisão entre os grupos palestinos em oposição, que têm estado em divergência há mais de uma década. “Vim à conferência em apoio aos esforços de reconciliação entre os palestinos. Reconciliação entre as frentes é um passo essencial para combater a anexação, acabar com a ocupação e alcançar uma paz justa,” disse Odeh. “A continuidade da divisão só favorece àqueles que querem a continuidade da ocupação e o estabelecimento do apartheid. Quem apoia uma paz justa e uma solução de dois Estados deve apoiar a reconciliação Palestina.” A presença de Odeh e sua fala na conferência imediatamente atraiu ataques por parte de Netanyahu e dos parlamentares da direita israelense.

Rajoub, do Fatah, esteve entre os participantes de uma marcha da noite de sábado, 27 de junho, organizada pelos Combatentes pela Paz, em que várias centenas de ativistas palestinos e israelenses participaram, para protestar contra a iminente anexação, por Israel, de partes da Cisjordânia ocupada. A marcha ocorreu próximo do Mar Morto e iniciou próximo à entrada de Jericó, conhecida pelos israelenses como o cruzamento de Almog. De lá, seguiu pela Rodovia 90, a principal Estrada israelense norte-sul, que liga suas colônias no Vale do Jordão ocupado a Israel propriamente dito.

A marcha foi apoiada por uma aliança de organizações palestinas e israelenses trabalhando contra a ocupação e, além de Rejoub, incluiu entre os participantes o governador palestino de Jericó,  Jihad Abu Al-Asal.

Fonte: Maki

Tradução: Moara Crivelente


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

Veja também


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Redação I21

LEIA tAMBÉM

Modelo falido polarização geopolítica e omissão de potências condenam G20 ao fracasso (2)
Modelo falido: polarização geopolítica e omissão de potências condenam G20 ao fracasso
Rússia Uso de minas antipessoais e mísseis Atacms é manobra dos EUA para prolongar conflito
Rússia: Uso de minas antipessoais e mísseis Atacms é manobra dos EUA para prolongar conflito
Após escalar conflito na Ucrânia com mísseis de longo alcance, EUA chamam Rússia de “irresponsável”
Após escalar conflito na Ucrânia com mísseis de longo alcance, EUA chamam Rússia de “irresponsável”
Misseis Atacms “Escalada desnecessária” na Ucrânia é uma armadilha do Governo Biden para Trump
Mísseis Atacms: “Escalada desnecessária” na Ucrânia é armadilha do Governo Biden para Trump