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João Baptista Pimentel Neto*
Cineclubista, participei intensamente do processo de rearticulação do movimento iniciado em 2003. E foram mais de dez anos dedicados a reconstrução do CNC – Conselho Nacional de Cineclubes e ao resgate da relevância do movimento cineclubista brasileiro no processo de fortalecimento do cinema nacional, dos direitos culturais e dos direitos do Público.
Foram anos e anos percorrendo todo o país. Fomentando e estimulando a criação de novos cineclubes, articulando o ressurgimento de entidades estaduais e o fortalecimento do CNC, nacional e internacionalmente.
Foram anos bons, estes. E sinto até um certo “orgulho” dos resultados destas minhas andanças. E, quase sempre, uma baita saudades dos amigos e companheiros que encontrei durante a jornada.
Simples assim. Senti orgulho e saudades ao ler a mensagem sobre as comemorações do sexto aniversário da FePec – Federação Pernambucana de Cineclubes. Depois passei o dia feliz. Feliz e saudoso dos amig@s pernambucanos. De Triunfo e seu Festival. Triunfo e Minha história de amor. Dos inesquecíveis dias vividos em Moreno. De Recife e Porto de Galinhas!
Ao anoitecer a saudades se transformou em palavras e escrevi estas mal traçadas e revirei meu b@ú de imagens e saudades.
Triunfo, Uma História de Amor. Nascida da chicotada que quase senti….Por pessoas que se escondiam por detrás daquelas fantásticas máscaras…Caretas…Multicoloridas e Chicotes…
Ah! Triunfo. Que de tão parecida à Atibaia, para nós se transformaram em cidades cidades-irmãs. Na parceria com o FAIA – Festival de Atibaia Internacional…
E lembrei da Assembléia de Fundação da FEPEC. E que nem éramos tantos. E como foi tão fácil. Sem dor. Sem disputa. Muitas bandeiras para poucas mãos. Foi assim…
Na Terra de Lampião, cinema, cineclubismo, novos amigos e a Fepec.
Na noite de despedida, quando subimos ao palco – Gê Carvalho, Fred Cardoso e Eu – estávamos felizes como as crianças que lotavam pequeno teatro nas sessões do Festival. Teatro lotado e o “Guve” Eduardo Campos. Sentadinho ali na fila gargareiro. De repente uma chicotada…Ah, Cara amiga Carla FranCine. Nunca esquecerei…
Depois.Passado o susto.Um microfone. Uma fala. Uma fala cineclubista. E eu sabia muito bem o que tinha ido fazer e tinha feito nas terras de Lampião. E lembrei-me da frase de Glauber…
¨Se entrega Corisco. Eu não me entrego não!”
Era noite de lua cheia. Eu estava muito feliz.
Hoje posso dar vivas aos 6 anos da Fepec e ao Dia do Cineclubismo. E sentir saudades dos amigos…
Alô, Alô mana caetana Carla Fran Cine, GêCarvalho e Cia, beijos Prá Milena, prá Amanda e prá Rutinha, xeros prá Catinha, prá Aninha e prá Syara. Um Axé manas Cyntia Falcão, Messel, Alice Gouveia, Isabela Cribari, Tarciana Portela. Saudades de todos vocês caros amigos e companheiros. Mas, de repente passo por aí a caminho de Noronha. Que como vocês sabem, ainda não conheço, mas ainda vou conhecer…
Sei que não consegui lembrar de todos. E aos “esquecidos”, desde já, peço descuspas. Mas do Fred Cardoso não poderia esquecer. Para o cumpa carioca mando forte abraço, avisando que precisamos agendar umas cachaças prum dia destes. De repente acabamos acabando tal documentário que um dia começamos, juntos.
Finalizando, mando um baita abraço par o pessoal do Cineclub Caretas e minha convicção de que tudo o que nos propunhamos a fazer naquela Carta de Triunfo do Cineclubes Pernambucanos foi ou está sendo feito. Missão cumprida…
Vida longa a Fepec, ao cinema e cineclubismo pernambucanos.
* João Baptista Pimentel Neto é jornalista, gestor, consultor e produtor cultural. Cineclubista, foi tesoureiro, secretário geral e diretor de comunicação do CNC – Conselho Nacional de Cineclubes. Atualmente é presidente do CBC – Congresso Brasileiro de Cinema e secretário de redação da Revista Diálogos do Sul.
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