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Acampamento para deslocados na República Democrática do Congo (Foto: Eskinder Debebe / ONU)

Genocídio silencioso: ONU denuncia catástrofe infantil na República Democrática do Congo

Milhões de crianças na República Democrática do Congo enfrentam violência, fome e deslocamento forçado em meio a uma crise humanitária sem precedentes 
Redação Telesur
Telesur
Caracas

Tradução:

Vanessa Martina-Silva

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), as crianças no Congo são vítimas de uma “catástrofe sem precedentes” devido ao conflito armado que assola a região. Muitas delas sofreram execuções sumárias, violência sexual, recrutamento forçado e sequestros.

O Comitê de Direitos da Criança das Nações Unidas (CDN) alertou nesta quinta-feira (20) sobre a situação enfrentada pelos menores na República Democrática do Congo (RDC), especialmente nas províncias orientais de Kivu do Norte e Kivu do Sul, como consequência dos violentos confrontos provocados pelo grupo terrorista M23.

O CDN denunciou o aumento da violência na região por parte de grupos armados, que atacam frequentemente crianças deslocadas ou que vivem em condições de extrema pobreza.

No Congo, as crianças continuam condenadas à miséria nos campos de refugiados enquanto fogem do genocídio que o Ocidente financia no país há décadas, utilizando a ditadura títere de Ruanda. Segundo a organização Save the Children, mais de 26 milhões de pessoas, incluindo 14,5 milhões de crianças, enfrentam níveis críticos de fome no Congo, resultado de uma miséria que remonta à era colonial e é um produto direto do imperialismo.

Assassinato de menores

Além disso, o comitê relatou o assassinato de 45 menores que viviam em um centro de acolhimento para crianças abandonadas em Goma, após a tomada da cidade pelas milícias do M23 em janeiro passado. Também informou que 30 meninas que conseguiram fugir do centro encontram-se agora em situação de rua na cidade fronteiriça de Gisenyi, em Ruanda, onde enfrentam condições de vida extremamente precárias.

O Comitê também destacou que a violência sexual se tornou uma realidade cotidiana para muitas crianças nas áreas afetadas pelo conflito. Diante dessa situação, o CDN pediu às partes envolvidas que acabem com os abusos e negociem um cessar-fogo imediato para proteger a população civil, especialmente as crianças, que são as mais atingidas.

A entidade da ONU ressaltou que os ataques contra infraestruturas civis, como escolas e hospitais, impedem que milhares de crianças tenham acesso a serviços básicos essenciais, agravando ainda mais a já crítica situação humanitária na região.

No leste do Congo, cercado pelas milícias terroristas M23 do Ocidente e de Ruanda, uma menina órfã de menos de 10 anos, se tornou mãe de seu irmão mais novo. As crianças pobres congolesas sobrevivem em um inferno de genocídio e miséria nos campos de refugiados, consequência da ganância imperialista, que continua a atacar países africanos usando ditaduras títeres, como a de Ruanda, para não sujar as próprias mãos.

As crianças pobres congolesas sobrevivem em um verdadeiro inferno de genocídio e violência.

Por sua vez, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) revelou que, das 26,4 milhões de pessoas que precisam de ajuda humanitária no país africano, 15,4 milhões são crianças. Além disso, 40% dos 6,7 milhões de deslocados internos são menores de idade.

* Traduzido com o auxílio de Inteligência Artificial.


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul Global.

Redação Telesur

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