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Juliane Cintra*
A publicação do decreto 4/2010, no último dia 06 de janeiro, marca um momento importante para os argentinos e, conseqüentemente, para todos os latino-americanos.
Pois por meio dele a presidente Cristina Kirchner ordenou a abertura dos arquivos relacionados à atuação das Forças Armadas argentinas entre 1973 e 1986.
O dispositivo, que contém as assinaturas dos ministros da Justiça, Julio Alak, e da Defesa, Nilda Garré, retirou a classificação “de segurança” dos documentos e informações vinculados às práticas militares desse período, salvo às relacionadas ao “conflito bélico do Atlântico Sul [Guerra das Malvinas] e a qualquer outro conflito de caráter interestatal”.
Para o Secretário de Direitos Humanos da Argentina, Eduardo Luis Duhalde, esta medida agiliza o levantamento das informações necessárias para o encaminhamento dos processos de anistia e dos crimes contra a humanidade pelo Poder Judiciário.
Os documentos que serão divulgados tratam da ação dos grupos de inteligência do Exército.
A ditadura argentina foi uma das mais violentas da América Latina, cerca de 30 mil pessoas desapareceram durante a repressão.