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Foto: Governo de Cuba / X

Governo e entidades do Brasil articulam envio de ajuda humanitária a Cuba

Passagem do Furacão Oscar em Cuba levou a falta de eletricidade e perda de recursos como alimentos e remédios, agravando a crise causada pelas sanções dos EUA
Guilherme Ribeiro
Diálogos do Sul Global
Bauru (SP)

Tradução:

Organizações populares do Brasil articulam uma campanha solidária de apoio a Cuba. A ilha enfrenta uma grave crise energética, iniciada após a passagem do furacão Oscar, em 20 de outubro, mas agravada pelo bloqueio econômico imposto pelos EUA.

Entre as entidades engajadas nas doações estão a Associação Cultural José Martí do Rio Grande do Sul (ACJM-RS), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Centro Brasileiro pela Paz (Cebrapaz), a Rede de Intelectuais e Artistas em Defesa da Humanidade (REDH), a Rede Continental Sul-Americana e Caribenha de Solidariedade com Cuba e a Câmara Empresarial Brasil-Cuba.

Em entrevista ao Brasil de Fato, a secretária-geral da ACJM-RS, Marajuara Azambuja, destaca a situação de emergência que atinge a população cubana, com alimentos e medicamentos perdidos pela falta de energia elétrica. Azambuja destaca a importância de enviar ajuda ao lembrar que, durante a pandemia, Cuba enviou médicos para ajudar outros países, mesmo sem “seringas para aplicarem as vacinas em seu próprio povo”.

É possível fazer doações em dinheiro por meio do pix ao CNPJ da Câmara Empresarial Brasil-Cuba: 34131511/0001-64. E na página da Associação Cultural José Marti do RS, no Instagram (post a seguir), há informações sobre como enviar insumos como roupas, alimentos e itens de higiene pessoal:

Governo enviará combustível a Cuba

Nesta terça-feira (29), o chanceler brasileiro Mauro Vieira afirmou, durante um debate na Organização das Nações Unidas (ONU), que o Brasil prepara o envio de combustível e alimentos a Cuba.

Durante o pronunciamento, Vieira reiterou a “firme, categórica e constante” oposição brasileira ao embargo dos EUA contra a nação caribenha, apontando que as únicas sanções legítimas são aquelas aplicadas pelo Conselho de Segurança da ONU e que o bloqueio de Washington deteriora os direitos humanos do povo cubano ao impedir a compra de bens essenciais, incluindo medicamentos:

“Estas medidas, que já penalizam injustamente o povo cubano, impedem agora uma resposta adequada à crise humanitária gerada pelo furacão”, declarou o chanceler, convocando os EUA a levantar as sanções e dar fim à “ingerência”.

Segundo a coluna de Jamil Chade, no UOL, nesta segunda-feira (28) já havia se reunido com o chefe da diplomacia cubana, Bruno Rodriguez Parril, para falar da atual crise em Cuba e do envio de recursos.

* Com informações de UOL, Brasil de Fato e teleSURtv.


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Guilherme Ribeiro Jornalista graduado pela Unesp, estudante de Banco de Dados pela Fatec e colaborador na Revista Diálogos do Sul Global. Mais conteúdos em guilhermeribeiroportfolio.com

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