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ToggleEm cerimônia realizada no auditório do CCBB, local onde funcionou o gabinete de transição, Fernando Haddad assumiu o Ministério da Fazenda na manhã desta segunda-feira (2). Assim como tem repetido desde que foi anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar o posto, ele defendeu o equilíbrio entre a responsabilidade fiscal, cobrada pelo chamado mercado, e uma pauta social.
“Um estado forte não é um estado grande, um estado obeso; é um Estado que entrega com responsabilidade aquilo que está previsto na Constituição. Não queremos nem mais nem menos do que os direitos do cidadãos respeitados. Isso inclui a responsabilidade fiscal. Essas coisas têm que caminhar juntas. Não existe política fiscal ou política monetária”, frisou.
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“O que existe é política econômica. (Ambas as coisas) Precisam estar harmonizadas, ou o Brasil não se recuperará dessa tragédia. Estamos com os juros mais altos do mundo em termos reais”, continuou. Ele pontuou que será inaceitável um resultado primário “que não seja melhor do que os absurdos R$ 220 bilhões de déficit previstos no Orçamento para 2023″.
O ministro acentuou sua proposta, dizendo ser preciso buscar entendimento da autoridade fiscal e da autoridade monetária buscando equilíbrio. “Não gosto de trabalhar com remendos. Vamos apresentar nas primeiras semanas de governo as medidas necessárias para restabelecer a confiança dos investidores e dos cidadãos. Não vamos deixar pra segundo, terceiro, quarto ano (de mandato). Vamos resolver logo.”
Reprodução Twitter
"Éramos o posto Ipiranga, agora somos uma rede de postos. Quatro que vão fazer a diferença no Brasil"
Instância política
Ele ressalvou, porém, a necessidade de se respeitar “a instância política”. “É a presidência da República que define o ritmo e os rumos do país. Estou ladeado das melhores cabeças pra me ajudar na tarefa de apresentar ao presidente Lula um plano de sustentabilidade social, ambiental e econômica de longo prazo.”
Haddad destacou ainda que é preciso dar ênfase à recuperação das contas públicas, mas também combater a inflação. “É preciso fazer o Brasil voltar a crescer com sustentabilidade e responsabilidade. Mas, principalmente, com prioridade social. Com geração de empregos, oportunidade, renda, salários dignos, comida na mesa e preços mais justos”, disse.
Ex-prefeito de São Paulo, ex-ministro da Educação, advogado e economista, Haddad resumiu o perfil do que prevê para sua gestão no Ministério da Fazenda. “Não somos dogmáticos, somos pragmáticos, queremos resultados, mas seguimos princípios e valores”, declarou.
Âncora fiscal
Ele assumiu “o compromisso” de enviar proposta de uma nova âncora fiscal, “que organize as contas públicas, que seja confiável, e, principalmente, respeitada e cumprida”, ainda no primeiro semestre.
Segundo ele, o presidente Lula quer que o governo realize “a maior transformação na educação brasileira” e promova a inclusão de classes baixas nas universidades.
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“Essa missão só foi cumprida porque houve diálogo com a sociedade, houve parcerias estabelecidas”, afirmou, sobre a política implementada quando foi ministro da Educação. “O setor privado e o governo federal caminharam juntos e a maior inclusão universitária de nossa história se realizou”.
Posto Ipiranga
O novo ministro ironizou seu antecessor, Paulo Guedes, apelidado de “posto Ipiranga” pelo caráter de “superministério” da Economia do governo anterior. “Éramos o posto Ipiranga, agora somos uma rede de postos. Quatro que vão fazer a diferença no Brasil”, afirmou.
Nesse sentido, afirmou se sentir “confortável” na companhia dos ministros Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – também vice-presidente), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Esther Dweck (Gestão e Inovação de Serviços Públicos).
Redação | Rede Brasil Atual
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