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Imperialismo 2.0: EUA promovem nova colonização com expansão de bases militares na América Latina

A expansão militar dos EUA na Argentina, Chile e Equador ameaça a soberania dos demais países da região, aprofundando a dependência geopolítica, denuncia Stella Calloni
Pablo Ruiz
El Ciudadano
Santiago

Tradução:

Ana Corbiser

Enquanto os grandes meios de comunicação concentram sua atenção no Oriente Médio e na Europa, nosso continente, nossa América Latina continua na mira. Na última década, os  Estados Unidos avançam diariamente, por meio de diversos dispositivos de dominação, para obter o pleno controle de nossos países e de seus recursos.

Confira, a seguir, a entrevista realizada pelo site chileno El Ciudadano com a renomada jornalista investigativa argentina Stella Calloni, correspondente do jornal mexicano La Jornada, parceiro da revista Diálogos do Sul Global, e autora do livro de investigação Operação Condor, pacto criminoso. 

Pablo Ruiz: Recentemente, foi divulgada uma declaração denunciando uma série de medidas do governo de Javier Milei, entre elas, o envio de militares para treinamento na nova Escola das Américas. Isso representa um claro retrocesso?

Stella Calloni: Na Argentina, em determinado momento, foi suspenso totalmente o envio de militares, assim como de policiais, algo de que quase ninguém falava. Essa suspensão foi uma conquista importantíssima. Para mim, é terrível que estejamos retomando esse processo como se nada tivesse acontecido ao longo da história de nossos países, . Sabemos muito bem o que significou essa preparação de militares e policiais para atentar contra nossos povos.

Digo que, em todas as ditaduras militares, não quer dizer que todos os militares que passaram pelo Comando Sul tenham sido utilizados para impor ditaduras no Cone Sul, mas sabemos que essa formação serviu a esse propósito.

É preciso fazer um pequeno desvio. Quando foi criada a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em 2011, existia uma unidade que permitia avançar na proposta do presidente venezuelano Hugo Chávez (1999-2013) de reunir os exércitos da região para enfrentar essa situação e evitar um retrocesso ao passado.

Alguns setores da esquerda não veem isto com muita preocupação já que o imperialismo atualmente utiliza outras estratégias de dominação. Ainda assim, o envio de tropas para treinamento nos EUA continua sendo perigoso?

Sem dúvida, é muito perigoso. Os Estados Unidos estão conduzindo um processo de recolonização regional. Que quero dizer com isso? Eles não querem apenas presidentes aliados, mas o controle total dos recursos naturais, e estão dizendo com uma clareza que não deixa dúvidas e que não pode ser ignorada por alguns presidentes da região.. Estão deixando isso cada vez mais claro, afirmando que a região está sob a Doutrina Monroe, de 1823.

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A isso voltamos, voltamos ao século 19… em alguns lugares conseguiram, em outros não, mas é muito grave que de novo sejam enviadas tropas ao Comando Sul. Na Argentina, durante o governo do presidente Mauricio Macri (2015-2019), a então ministra da Segurança, que está atualmente exercendo este mesmo cargo, Patricia Bullrich, por indicação dos EUA, criou um Centro Regional de Inteligência na Terra do Fogo, onde agora também há uma base administrada pelos Estados Unidos.

Diante desse cenário, precisamos tratar esse tema como uma questão prioritária de protesto. Não podemos continuar na mesma situação, porque houve uma mudança global e a ofensiva dos EUA para recuperar sua influência. Estamos em uma guerra contrainsurgente de baixa intensidade, com golpes sutis, mas devastadores.

A Patagônia, por exemplo, está praticamente entregue, e, no Chile, os EUA instalaram uma base militar sob o pretexto de treinamentos para forças de paz. Qualquer um que estude o tema do militarismo na América Latina, da influência dos EUA na América Latina, sabe perfeitamente porque e para que estão fazendo isso. Por exemplo, no sul aqui, na Antártida, o governo de Milei deu autorização para que sejam instaladas umas bases militares dos EUA para o controle do meio ambiente. Nós sabemos também que há um oferecimento para ajudar, em momentos muito difíceis, por exemplo nos incêndios, transbordamento de rios, etc. Escondido por trás desta ajuda para controlar o meio ambiente, vem a instalação de bases militares disfarçadas de bases humanitárias. Não se pode confiar nos EUA, especialmente quando afirmam abertamente que estão aplicando a Doutrina Monroe. O próprio presidente dos EUA deixou isso claro. Diante desse cenário, estamos, de certa forma, sendo transportados de volta ao século 19. A Patagônia, por exemplo, pode ser considerada praticamente perdida, a menos que ajamos agora, imediatamente, para preservar o que ainda é possível salvar.

Ilustração gerada por Dall-e

Vivemos tempos complexos, e, para os Estados Unidos, a conquista dos recursos naturais é prioridade. Eles alcançarão esse objetivo pela força ou por meio de outras estratégias de controle e dominação. Além disso, a América Latina é estratégica para a sobrevivência dos EUA no caso de uma guerra nuclear, algo que não podemos descartar…

Exatamente. Veja, por exemplo, a questão dos recursos naturais. Eles possuem informações detalhadas sobre as riquezas do sul da Argentina, do Chile e da Antártica. Conhecem o panorama completo e querem garantir que tudo isso permaneça sob seu controle, especialmente diante da atual conjuntura mundial. Estamos em um período de recolonização, e os Estados Unidos buscam dominar todos os recursos naturais de nossos países.

Outro ator que está exercendo forte influência na região, sobretudo na Argentina, é Israel. Eu diria que, na prática, Israel está governando a Argentina. O presidente Javier Milei celebra o Hanukkah e mantém uma aliança incondicional com Benjamin Netanyahu, mesmo em um dos momentos mais terríveis do governo israelense.

Estamos enfrentando uma ameaça extremamente perigosa. Imagine como estão sendo preparados aqueles que agora operam no Comando Sul. Sabemos da selvageria do império neste momento político — e é preciso atrever-se a continuar dizendo esta palavra, pois reflete a realidade. O império avança novamente para garantir que toda a América do Sul e o Caribe fiquem sob seu controle, já que possuímos recursos naturais extraordinários.

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Veja o caso da Venezuela, que detém a maior reserva de petróleo do mundo. Aqui no sul, por exemplo, ocorre algo que talvez muitos no Chile desconheçam: uma empresa israelense se associou a outra britânica para a extração de petróleo nos arredores das Malvinas. Ou seja, neste momento, o Atlântico Sul está praticamente perdido para nós.

Não sabemos como será possível recuperar tudo isso. Em apenas um ano, o governo de Javier Milei já entregou partes do território argentino a interesses estrangeiros. Além disso, há uma clara intenção de realizar uma limpeza étnica, eliminando as comunidades indígenas, algo que já está em curso.

Vemos essa realidade no Chile, com os mapuche, mas aqui, é terrível a situação. Enquanto conversamos, estão sendo realizadas operações diárias, violentas, contra as comunidades mapuche. Essas ações ocorrem a pedido das grandes empresas que atuam no sul, onde já estão conglomerados como a Benetton e corporações britânicas. Todo esse território está sendo entregue a empresas estrangeiras, que agora o controlam.

Em 23 de fevereiro passado, realizou-se novamente o Dia Mundial contra as Bases Militares Estrangeiras. Na América Latina, há avanços e retrocessos nessa luta para fechar essas bases…

Imagine o caso do Equador, que ressurgiu durante todo o governo de Rafael Correa. E que não nos digam que isso ocorreu apenas porque Correa era de esquerda. A verdade é que o país crescia, conquistava autonomia e, entre as primeiras medidas, encerrou a base militar dos Estados Unidos (EUA) em Manta. Agora, porém, o que acontece? O território de Galápagos foi entregue aos EUA. Isso deveria estar sendo denunciado em todo o mundo, pois se trata de um patrimônio da humanidade, um verdadeiro paraíso na Terra devido à quantidade de espécies e ecossistemas únicos. Galápagos não pode ser ocupado por uma base militar dos EUA; mas vão fazer isso. Mas é isso que está acontecendo.

Precisamos nos perguntar: em quais países estão instaladas essas bases militares dos EUA? A maior concentração está no Peru e na Colômbia. E como essas bases operam? Muitas vezes, não se percebe a presença direta dos EUA. Por exemplo, pode-se ver uma base militar colombiana, mas, no interior, quem realmente comanda são os EUA.

A Europa inteira está ocupada por bases militares estadunidenses, em uma condição praticamente colonial. Além disso, temos a base dos EUA em Guantánamo, que se mantém como um enclave militar em Cuba. Guardadas as devidas proporções, vemos que Israel busca transformar determinadas regiões de nossos países em algo semelhante. Se não interrompermos essa situação, a América Latina — e, em especial, a Argentina — pode acabar se tornando a “Palestina” da região.

O mais grave é que novamente a base militar dos EUA em Guantánamo é usada como cárcere, já que estão enviando imigrantes detidos para lá.

Donald Trump, com essa política relacionada a Guantánamo, criou uma situação alarmante. Imagine que sequer sabemos exatamente quem está sendo levado para lá. Os governos da América Latina deveriam exigir listas com os nomes de seus cidadãos que estão sendo transferidos como se fossem criminosos. Eles são algemados como terroristas e enviados a Guantánamo.

Não podemos esquecer que esse local se tornou um verdadeiro laboratório de tortura. Foi ali que inúmeros soldados estadunidenses aprenderam novos métodos de tortura, e, agora, latino-americanos estão sendo levados para esse centro, classificados como “delinquentes”.

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Toda a América Latina está sob ameaça. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, chegou a classificar Cuba como um país patrocinador do terrorismo — uma narrativa imposta pelo lobby cubano nos EUA. No entanto, sabemos que são os próprios EUA que sempre deram abrigo a terroristas e aplicam práticas terroristas contra Cuba há muito tempo. Da mesma forma, Israel faz isso com o povo palestino há mais de 70 anos. Querem destruir Cuba, mas não vão conseguir.

Vivemos em um mundo onde nos dizem que existe uma “luta antiterrorista”, mas os principais terroristas são os EUA — um dos piores — e ninguém menciona isso. Israel também está nessa mesma posição.

Desde 7 de outubro até hoje, vemos pela televisão um genocídio na Palestina. Trata-se de um esquema de crueldade em que as crianças se tornaram alvo. A doutrina israelense, impulsionada por setores ultranacionalistas, pregava que era necessário eliminar crianças e mulheres grávidas, pois essas crianças iam ser terroristas. Não, estas crianças iam crescer e defender a Palestina como estiveram defendendo heroicamente.

Acredito no heroísmo do povo palestino e do povo cubano. Só quem está lá sabe o que significa resistir a um bloqueio criminoso, um verdadeiro cerco de guerra.

As vítimas desse bloqueio — e as vítimas que surgem, por exemplo, aqui na Argentina sob o governo de Javier Milei — são resultado da submissão total ao comando de Israel e dos EUA. Esses são os verdadeiros governantes da Argentina. Essa é a realidade que ninguém quer dizer, porque há uma covardia enorme para enfrentar o sionismo, ou melhor, para enfrentar Israel.

Continuando com o tema das bases militares, há uma em especial: a base militar NAMRU-6, no Peru, que supostamente realiza pesquisas para prevenir doenças infecciosas. No entanto, essas pesquisas poderiam ser utilizadas em uma guerra biológica?

Há uma grande quantidade de informações que intoxicam o mundo. Muitos acontecimentos escapam ao olhar público, e por isso precisamos conhecê-los. A Rússia denunciou na Organização das Nações Unidas (ONU) uma lista de laboratórios biológicos na Ucrânia. Um dos envolvidos nesse esquema era Hunter Biden, filho do ex-presidente dos EUA. No entanto, essa denúncia foi silenciada, pois representava um golpe muito forte contra os democratas. Estamos falando de 30 laboratórios de armas biológicas.

Muitas pessoas não entendem ou não sabem o que está acontecendo no mundo. Os poderes dominantes têm as armas que são os meios de comunicação…

Exatamente. Esse terrorismo midiático controla 98% da desinformação que circula pelo mundo. Precisamos pensar em alternativas para combater essa arma, que hoje é a mais importante nas mãos dos EUA, de Israel e da Grã-Bretanha. Com essa ferramenta, eles paralisaram a população da Europa — a mesma Europa “civilizada” que participa de inúmeros crimes de guerra e, depois, fecha suas fronteiras para os migrantes que fogem de seus países destruídos.

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É fundamental esclarecer esse cenário para a população, para intelectuais e jornalistas. Nossos povos estão sob intenso ataque desse terrorismo midiático, que se manifesta tanto pela mentira quanto pelo silêncio absoluto.

Nunca se disse que a Líbia foi um dos países mais devastados da história recente. Também nunca se falou do genocídio causado pelas invasões coloniais ilegais no Afeganistão, no Iraque, na Líbia, na Síria e no Iêmen. Precisamos reunir um grande volume de informações para traçar um panorama mundial sério e objetivo, de modo que possamos explicá-lo às pessoas.

Em geral, as pessoas repetem uma e outra vez o que escutam ou veem na televisão, no rádio, na mídia hegemônica…

Sim. Elas não sabem de nada. Caminham como zumbis, vivem como zumbis, repetem como zumbis. E não apenas repetem, mas replicam diariamente essa desinformação. O que estamos presenciando é a semeadura da ignorância.

Com a fome, a precarização e todas as dificuldades impostas aos povos, a cultura foi sendo destruída. As culturas nacionais foram sendo apagadas. No entanto, é possível perceber que, em países como a Venezuela, a cultura continua viva e aflora por todos os lados. O canal Telesur, por exemplo, dedica espaço à cultura de diversos povos, permitindo que essas tradições permaneçam vivas. Em Cuba, a cultura é um dos pilares da resistência.

Este ano cumprem-se 50 anos da Operação Colombo no Chile e embora tenham sido investigados estes casos e os EUA tenham desclassificado alguns documentos, ainda não se conhece o paradeiro de muitos companheiros e companheiras, não há plena justiça…

A Operação Colombo foi uma antecipação evidente do que viria a ser a Operação Condor. A repressão que os organismos de direitos humanos no Chile denunciaram tão bem, com o desaparecimento dos 119 opositores da ditadura, foi um prelúdio do que se instalaria em toda a América do Sul.

Embora existam documentos desclassificados, muitas informações foram apagadas. O que os EUA divulgam são apenas dados filtrados, que continuam encobrindo os verdadeiros culpados — agentes da Agência Central de Inteligência (CIA) e todos aqueles que tentaram ocultar sua participação nos crimes cometidos.

Por exemplo, o grupo de terroristas cubano-americanos que atuou ao lado do ex-presidente chileno Augusto Pinochet (1973-1990), os mesmos que participaram do assassinato de Orlando Letelier, continuam protegidos. O mesmo vale para muitos dos que participaram das ditaduras militares na região.

Diante da situação caótica do mundo, os direitos humanos foram relegados a segundo plano. Há uma perseguição direta contra os organismos de direitos humanos, e temas como os arquivos da Operação Colombo foram esquecidos, deixados de lado.

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No entanto, sempre há algo a ser feito. Um documento desclassificado, por mais incompleto que seja, pode abrir caminhos para novas investigações. O problema é que os documentos divulgados pelos EUA contêm informações apagadas, isolam os responsáveis e só revelam o que interessa a eles. Não fornecem as informações que realmente precisamos para aprofundar as investigações.

Apesar de haver muitos documentos desclassificados, há muita informação que seguramente não conhecemos. Nesse sentido penso que os EUA são cúmplices de toda a impunidade que há com tantos casos…

Os EUA não são apenas cúmplices — são autores desses crimes. A impunidade é um mecanismo para proteger os interesses que eles desejam preservar. Ao divulgarem alguns nomes, escondem muitos outros. Os documentos desclassificados vêm repletos de trechos censurados, cobertos por tarjas pretas. Ou seja, fornecem algo, mas não tudo.

Não se trata apenas de cumplicidade, e sim de autoria. Os EUA foram os responsáveis pelo treinamento dos militares e da polícia que executaram essas operações. E essa estratégia continua em vigor.

Veja o caso de El Salvador. A Academia Internacional para o Cumprimento da Lei dos EUA (ILEA), uma espécie de mini Comando Sul, atua como um centro de formação policial e judicial no país.

Outro aspecto grave é que os EUA não apenas treinam forças de segurança, mas buscam infiltrar todas as estruturas judiciais e eleitorais da América Latina. Além disso, querem controlar os meios de comunicação de massa em escala global.

Afinal, o que é neoliberalismo?

Na Argentina, a própria Corte Suprema de Justiça se transformou em um partido judicial. Um verdadeiro braço da direita, atuando politicamente para consolidar o domínio das elites sobre o sistema de justiça.

Seguimos e vemos como algo positivo que os EUA e a Rússia possam chegar a um acordo e parar a guerra na Ucrânia. No entanto, em relação à América, o discurso dos EUA tem sido agressivo, especialmente contra Canadá, México e Panamá…

Estamos em um momento extremamente perigoso, pois os EUA estão perdendo presença no cenário internacional. O que estamos vendo — e veremos ainda mais acontecimentos surpreendentes — já era evidente na forma como Donald Trump se expressava quando assumiu o governo e na maneira como agora conduz sua política externa.

O que temos que saber que nós somos o último recurso que está à mão e disponível. Eles querem garantir a região como sua propriedade, seu quintal. Pensam, inclusive, em estabelecer um controle total sobre nossos países.

Outro ponto interessante é a conjuntura em que Trump decide negociar com Vladimir Putin. Primeiro, porque isso o beneficia diretamente. Ele busca um acordo com a Rússia sabendo dos avanços extraordinários do BRICS e da crescente influência da China, que está vencendo em todas as frentes. Diante disso, os EUA tentarão enfraquecer a aliança entre Rússia e China, embora essa estratégia não deva funcionar, pois essa relação já está profundamente consolidada.

Vou te dizer algo que estamos deixando passar: o que está acontecendo no Haiti: a matança, os massacres no Haiti de mercenários que se introduziram a partir da República Dominicana, é brutal. E neste momento, ninguém fala disso na mídia. 


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul Global.

Pablo Ruiz Membro do Observatório pelo Encerramento da Escola das Américas e editor da revista O Direito de Viver em Paz www.derechoalapaz.org

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