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ToggleNesta quinta-feira (25), Nicolás Maduro encerrou sua campanha presidencial na Venezuela com uma grande mobilização iniciada no estado de Miranda e que se estendeu até a avenida Bolívar, em Caracas.
Em seu pronunciamento, o presidente venezuelano anunciou que possui um decreto preparado, a ser divulgado em 29 de julho, que vai iniciar uma nova era de diálogos com o povo venezuelano:
“Um grande diálogo nacional, econômico, social, cultural e político com toda a sociedade, sem interferências estrangeiras. Um diálogo nacional inclusivo”, afirmou.
¡Campaña heroica! Se desbordó el #pueblo de a pie en calles, avenidas y autopistas el que nunca le ha fallado a nuestro Comandante Hugo Chávez Frías y hemos resistido porque amamos a nuestra #Patria, tenemos fe en lo nuestro. ¡Ustedes son mi fuerza! ¡Estamos listos para la gran… pic.twitter.com/lHZrtpCVa7
— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) July 26, 2024
Segundo o líder chavista, a proposta é construir um consenso para consolidar o crescimento e a recuperação do país, enfrentar os bloqueios impostos pelo imperialismo e possibilitar a melhoria dos rendimentos dos trabalhadores e trabalhadoras.
“Há milhões de homens e mulheres na Venezuela e em todo o planeta assistindo a esta majestosa e monumental demonstração de vitória, de vitória popular”, acrescentou, ressaltando que essa será uma ação construída com as massas:
“Não é um diálogo de elites. É um diálogo político para desenvolver a democracia, a constituição, com os cidadãos comuns, com as forças do povo […] para aprofundar a democracia popular protagonista e a democracia direta com o povo”, destacou o presidente.
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Expectativas e temores do chavismo
A jornalista Vanessa Martina-Silva, que está na capital venezuelana cobrindo as eleições, conversou com cidadãos presentes no ato desta quinta-feira.
“O sentimento entre os chavistas, militantes e dirigentes de organizações é de expectativa para o domingo, de que Maduro ganha, sim, as eleições, e a Revolução Bolivariana seguirá seu rumo”, relata a repórter.
Questionados sobre a hipótese de vitória da direita, os entrevistados afirmaram que continuariam mobilizados para evitar a perda de direitos e das conquistas da Revolução.
#Noticia📰| Nicolás Maduro cierra campaña electoral con monumental lleno de la avenida Bolívar en honor a Hugo Chávez ➡️https://t.co/3FDBOWNKTG pic.twitter.com/SWL70uyQaF
— Prensa Presidencial (@PresidencialVen) July 26, 2024
“Destacam a visão de que perderiam serviços sociais e o apoio a determinados setores da sociedade, como o pesqueiro”, explica Martina-Silva. A Venezuela oferece um amplo suporte à pesca tradicional, e a categoria dificilmente conseguiria manter as atividades caso a oposição vença e dê fim aos subsídios.
“Essa é a ideia que se tem do que seria a direita: um desmonte total das políticas e da Revolução como é vista hoje”, aponta a jornalista.
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Festa da democracia
As ações de encerramento da campanha de Maduro contaram com atividades culturais, incluindo peças teatrais, apresentações circenses e participação de coletivos culturais. Milhares de venezuelanos lotaram as ruas de Caracas, um resultado da grande mobilização do chavismo.
Vanessa Martina-Silva encontrou ao menos três avenidas completamente tomadas: “Não dá pra ver o fim do povo. O clima é bem festivo. O que a gente vê é realmente a festa da democracia […] É um mar de gente!”, comenta em um vídeo publicação nas redes.
Confira:
Ver essa foto no InstagramUma publicação compartilhada por Diálogos do Sul Global | Análises e notícias (@dialogosdosul)
Ainda segundo a repórter, desde o começo do dia diversas vias de Caracas foram fechadas diante da chegada de pessoas de diferentes pontos da capital venezuelana e de outros estados.
Na avenida principal, onde estava montado o palco de Nicolás Maduro, a concentração de pessoas era ainda maior. “É tradicional que o chavismo consiga lotar as avenidas. Caracas tem sete e eles definitivamente conseguiram tomá-las”, assinala Martina-Silva.
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