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As forças de repressão israelense voltaram a atacar manifestantes que participavam dos protestos da Grande Marcha do Retorno, nesta sexta-feira (13), na fronteira da Faixa de Gaza. Segundo o Ministério da Saúde da Palestina, até o momento foi registrada a morte de Eslam Harez Allah, de 28 anos, e contabilizadas 968 pessoas feridas, 16 delas em estado grave.
Lúcia Rodrigues
A manifestação desta sexta é a terceira desde o início Grande Marcha do Retorno, que se estende até o próximo dia 15 de maio. A data marcará os 70 anos da Nakba (catástrofe em tradução do árabe), quando aproximadamente 800 mil palestinos foram expulsos de suas propriedades, para que Israel colocasse em seu lugar colonos israelenses.
Com os números desta sexta-feira, sobe para 33 o número de mortos pelas forças de repressão israelenses, em protestos desde o início da Grande Marcha do Retorno, que começou no último dia 30 de março. O total de feridos durante as três sextas-feiras de protestos já ultrapassa 3.800 pessoas.
Assim como na semana passada, a imprensa voltou a ser alvo dos soldados israelenses. O jornalista Ahmad Abu Hussein e o fotógrafo Mohammed Al-Hajjar foram baleados nesta sexta quando cobriam os protestos.
Há relatos de que as forças de repressão sionistas também lançaram bombas de gás lacrimogêneo contra um hospital de campanha. Levantamento do governo palestino aponta 16 feridos, entre médicos e jornalistas. As autoridades israelenses permitiram que seus soldados atirassem contra quem se aproximasse da fronteira de Gaza com Israel. Há relatos de que Israel também teria usado um gás verde que ataca o sistema nervoso das pessoas.
Para se proteger dos ataques, os palestinos queimaram pneus para atrapalhar a visão dos soldados. Ao sul da fronteira, também queimaram fotografias do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do príncipe herdeiro saudita, Mohammed Bin Salman.
Os protestos da Grande Marcha do Retorno voltam a ocorrer na próxima sexta-feira, 20, com a manifestação que reivindica o direito dos palestinos poderem retornar ao território ocupado por Israel.
* Ibraspal, com informação do Arab 48,