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ToggleAção genocida das forças de ocupação de Israel fizeram nesta quinta-feira (26), no campo de refugiados de Jenin, na cidade palestina de mesmo nome, na Cisjordânia ocupada, nove mortos, uma anciã dentre eles, mais de 20 feridos, quatro em estado grave, demolições. Uma reprise do Massacre de Jenin de 2002, quando o mesmo campo de refugiados foi cercado de 3 a 11 de abril, sem direito a socorro médico, água, comida ou eletricidade, nem ao recolhimento dos mais de 200 cadáveres espalhados por suas ruas.
Seria apenas mais um crime de guerra de Israel na Palestina. Ainda que isso seja a identidade real de Israel e de seu projeto colonial, de limpeza étnica, realizado por um regime de apartheid, estamos diante de um aviso de Netanyahu e de seu gabinete, que conseguiu a façanha de ser considerado o mais extremista da história israelense. É como se na Alemanha houvesse gabinete superando o de Hitler.
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Em Israel, desde seu nascedouro sobre os escombros e cadáveres palestinos, nenhum de seus dirigentes é melhor ou pior quando o assunto é a limpeza étnica na Palestina. O processo foi iniciado pela “esquerda” israelense, com sua “direita” também o executando, até que esta chega ao poder, em 1977. De lá para cá, nada mudou para o povo palestino no farsesco revezamento no poder entre estes dois polos do projeto colonial sionista.
Entretanto, Netanyahu, auxiliado pelo que há de pior na humanidade, como Itamar Ben-Gvir (ministro da Segurança Pública, do partido fascista Poder Judeu) e Bezalel Smotrich (Sionismo Religioso, partido que pede a eliminação dos palestinos), radicaliza o processo em busca de uma SOLUÇÃO FINAL para a Questão Palestina, conforme preconizado desde o início da empreitada euro-judaica na Palestina.
Não por acaso, o pai de Netanyahu, Benzion Netanyahu, foi secretário particular de Vladimir Jabotinsky (1880-1940), que fundou, sucessivamente, a Legião Judaica e o Irgun (grupo terrorista executor da limpeza étnica palestina) e liderou os chamados “sionistas revisionistas”, que defendiam aberta e publicamente uma Palestina sem palestinos e apenas para judeus. Mais do que isso: Jabotinsky foi o arquiteto de aliança sionista (1921) com os “nacionalistas integristas” ucranianos, que defendiam as mortes de russos e, paradoxalmente, de “judeus” em toda a Ucrânia.
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Comunidade internacional precisa assumir suas responsabilidades e parar Israel e sua máquina de morte
“Sionistas revisionistas”
Alguns dos grandes arquitetos dos crimes na Palestina, como Menahem Begin e Ariel Sharon (ordenou o massacre em Jenin em 2002), eram “sionistas revisionistas” e Israel hoje volta a ser governada por um deles, Benjamin Netanyahu, líder dos dois milhões de israelenses que, estima-se, sejam seguidores de Jabotinski e de suas ideias fascistas.
Os massacres em Jenin, portanto, em 2002 e agora, não resultam de acontecimentos isolados, mas integram um meticuloso processo de limpeza étnica integral e tomada de toda a Palestina, defendido pela ala mais radical e fascista do sionismo, hoje novamente no poder em Israel e aplicando seu projeto original, o de uma PALESTINA SEM PALESTINOS.
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Mas podemos assegurar, por outro lado, que tal qual a tomada da Palestina em 1947/49 e o esvaziamento de seu povo fracassou, seja pela heresia do projeto fascista dos sionistas, seja pela resistência heroica do povo palestino, a atual escalada com o mesmo fim seguirá o mesmo caminho, até a libertação final da Palestina e o fim do obsceno regime de apartheid de Israel.
Por fim, a Comunidade internacional precisa assumir suas responsabilidades e parar Israel e sua máquina de morte. A impunidade de Israel poderá levar a humanidade a nova conflagração mundial, reprisando o que os fascistas de ontem, porque tolerados, impuseram. Os sionistas de hoje são seus filhos e na Palestina NÃO PASSARÃO!
Palestina Livre a partir do Brasil, 26 de janeiro de 2023, 75º ano da Nakba.
Redação | Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL)
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