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O despacho de sua excelência, juiz Sergio Moro ao decretar a prisão do ex-Presidente da República, Sr. Luiz Inácio Lula da Silva é de uma peculiaridade política digna daqueles “espertos”, que usam da benevolência jurídica escondido atrás da pedra que atira.
João Vicente Goulart*
Em seu despacho, Moro que a princípio tece considerações e parece benevolente, ao dar ao réu a opção de apresentar-se por sua própria vontade até as 17 hs, em Curitiba, não é o que parece. Outrossim diz ter preparado uma cela do “Estado Maior” (literalmente verborragia da caserna) e, vejam só, veta terminantemente o uso de algemas, tem de ter um motivo. Benevolente, né?
Se vocifera, como vem vociferando, há muito tempo que a justiça é igual para todos, por que estas gentilezas, com o seu réu predileto, do alto de sua magistratura?
Medo! Covardia!
Esperteza política para não ter que ver uma foto de Lula algemado, com as mãos para cima, fazendo o símbolo da vitória para o Mundo.
Covardia, pois não se anima, ele como autoridade que decretou a prisão do ex-presidente, ir à frente da Polícia Federal e dar voz de prisão ao ex-presidente, caso que se o fizesse, seria sim o super-homem que dizem ser os bate-panelas de plantão.
Estamos em impasse político. Lula agora entrincheirado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, chamando o povo para as ruas ao redor do prédio, a estabilidade política do país em risco, pois terá que ser chamada a forca pública, tal vez até as forças armadas, trazendo a possibilidade da extensão da intervenção que foi feita no Rio de Janeiro a São Paulo e quem sabe a todo o Brasil, e teremos o golpe culminado com a suspensão das eleições de outubro.
É esse o tiro pela culatra que sua excelência Sergio Moro desejava para o Brasil?
Só em sua próxima viagem aos EUA, ele prestará contas.
*João Vicente Goulart é colaborador da Diálogos do Sul.