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Israel viola tratado de não proliferação nuclear e ameaça estabilidade no Oriente Médio

País se nega a permitir inspeções em suas e instalações, apesar de acumular um arsenal de umas 200 bombas atômicas, segundo informações filtradas
Armando Reyes Calderín
Prensa Latina
Teerã

Tradução:

As armas atômicas nas mãos de Israel ameaçam a segurança e a estabilidade no Oriente Médio e o Tratado de Não Proliferação ao qual nunca aderiu o principal aliado dos Estados Unidos na região.

Como único possuidor desse tipo de armamento de destruição em massa no Levante, o regime de Tel Aviv impede qualquer iniciativa por acabar de uma vez por todas com essa ameaça de extermínio da humanidade. 

Israel se negou a permitir inspeções em seus laboratórios e instalações, apesar de acumular um arsenal de umas 200 bombas atômicas, segundo informações filtradas. 

O representante permanente do Irã, Alireza Kazemi Abadi, ante a Organização para Proibir Armas Químicas, advertiu que a entidade usurpadora da Palestina tem ouvidos surdos aos apelos internacionais com o apoio de Washington.

Ao contrário, com sua política no Golfo, o governo do presidente Donald Trump estimula uma corrida nuclear porque corteja a Arábia Saudita interessada em obter essa tecnologia.

País se nega a permitir inspeções em suas e instalações, apesar de acumular um arsenal de umas 200 bombas atômicas,  segundo informações filtradas

Defesa.net
Arsenal nuclear israelense tem de umas 200 bombas atômicas

Desde que as potências mundiais chegaram a um acordo na década de 1960 para frear as armas atómicas, Israel, Índia, Paquistão e Coreia do Norte, violaram esse acordo, embora não tenham enfrentado sanção alguma, com exceção de Pyongyang.

Os duplos critérios aplicados por Trump e seu Executivo prejudicam esses convênios e, pelo contrário, alimentam corridas por armamento de destruição em massa. 

O magnata republicano buscou normalizar as relações com a Coreia do Norte que provou e detonou abertamente dispositivos nucleares, enquanto sancionou o Irã, apesar de inspeções da ONU terem confirmado o caráter pacífico de seu programa. 

Essas ações da Casa Branca desordenam o cenário internacional, pois parece existir consenso sobre quais atividades nucleares são ameaças e quais não são. 

Em qualquer caso, o gigante do Norte não explica que evidências devem ser apresentadas para serem consideradas na não proliferação, e que instrumentos — legais, econômicos ou militares — devem ser cumpridos para estar dentro dessas regulamentações. Washington põe em perigo todo o regime de desarmamento, ao enfraquecer acordos ou negociações multilaterais e impor seu critério para decidir. 

Na atual situação volátil no Oriente Médio, com a intensidade das tensões por sectarismo religioso, étnico, territorial ou ideológico, carecer de coerência no tema, estimulará uma corrida nuclear e aumentará as possibilidades de ataques militares preventivos.

*Armando Reyes Calderín é correspondente de Prensa Latina em Teerã.

**Tradução: Beatriz Cannabrava

***Prensa Latina, especial para Diálogos do Sul — Direitos reservados.

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
Armando Reyes Calderín

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