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Cinco consequências dos erros de avaliação de Trump ao atacar o Irã

A tentativa de armar uma guerra para enfrentar a questão do Impeachment e a competição eleitoral pode-se revelar uma escolha equivocada do americano
Carlos Eduardo Martins
Diálogos do Sul
São Paulo (SP)

Tradução:

A política estadunidense com Trump está dirigida pelas Falcões que vêm cometendo grandes erros de avaliação em suas análises.

A primeira consequência do assassinato de Soleimani foi a ruptura do Irã com o acordo internacional para controlar o seu processo de enriquecimento do Urânio;

A segunda foi a unificação política de Iraque e Irã em torno das bandeiras anti-imperialistas e anti-estadunidenses, um feito que desmonta toda a política de divisão entre estes países traçadas desde a Era Reagan. Esta unidade se estende a Síria, Curdistão e todos os países que se consideram alvos da política estadunidense;

A tentativa de armar uma guerra para enfrentar a questão do Impeachment e a competição eleitoral pode-se revelar uma escolha equivocada do americano

Agência Tasmin News
Uma das consequências é inibir a luta de classes no Irã e no Iraque que havia se estabelecido entre xiitas recentemente;

A terceira consequência é inibir a luta de classes no Irã e no Iraque que havia se estabelecido entre xiitas recentemente;

A quarta consequência é fortalecer os laços entre Irã, Iraque, Síria e Curdistão com Rússia, China e Coreia do Norte impulsionando o projeto eurasiano, que recebe ainda estímulo com o isolamento da política mundial trumpista e o Brexit. Importante mencionar que China e Rússia possuem hoje 50% do orçamento militar estadunidense, enquanto no início do século possuíam 16%;

A quinta consequência é que um confronto com o Irã torna-se cada vez mais um confronto sistêmico que ameaça a própria população estadunidense.

A tentativa de armar uma guerra para enfrentar a questão do Impeachment e a competição eleitoral pode-se revelar uma escolha completamente equivocada de Trump, com trágicas implicações para o mundo.

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
Carlos Eduardo Martins

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