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China e EUA entram em acordo sobre isenção de taxas para ajudar no combate ao coronavirus

No passado 15 de janeiro, as duas potências oficializaram uma trégua ao seu prolongado conflito tarifário com a firma da fase inicial de um acordo comercial
Redação Prensa Latina
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Beijing

Tradução:

China anunciou hoje a redução à metade dos gravames que pesam sobre produtos dos Estados Unidos valorados em 75 bilhões de dólares, em retribuição a um gesto similar de Washington.

A Comissão Aduaneira do Conselho de Estado (Gabinete) disse que a medida entrará em vigor no próximo dia 14 e beneficiará alimentos como as carnes de porco, aves e bovina, os mariscos, a soja, artigos da indústria automotiva, whisky, petróleo e químicos.

Desta maneira, os tributos aplicados aos referidos produtos ficarão em cinco e 2,5%, em comparação com 10 e cinco que enfrentavam desde 1º de setembro.

No passado 15 de janeiro, as duas potências oficializaram uma trégua ao seu prolongado conflito tarifário com a firma da fase inicial de um acordo comercial

White House
No passado 15 de janeiro, as duas potências oficializaram uma trégua ao seu prolongado conflito tarifário.

Segundo apontou a Comissão, trata-se de uma resposta simultânea a recente anúncio da Casa Branca de baixar de 15 a 7,5% as tarifas a mercadorias chineses avaliadas em 120 bilhões de dólares a partir de 14 de fevereiro. A decisão também tem como objetivo relaxar as fricções econômico-sociais e ampliar a cooperação.

Não obstante, a China disse que as partes devem seguir em frente com o acordo na fase um de seu pacto comercial e se esforcem para implementá-lo cabalmente, de maneira que se recupere a confiança no mercado, se promova os nexos bilaterais e se impulsione o crescimento global.

Da mesma forma, assegurou que continuará com o processo de redução de taxas em benefício dos bens dos Estados Unidos.

A iniciativa de Pequim e sua determinação de apoiar o setor empresarial em meio à atual epidemia do corona vírus 2019-nCoV influíram positivamente no mundo econômico e as principais bolsas da Ásia terminaram o dia em alta.

No sábado foi informada a isenção de taxas a produtos dos Estados Unidos que a nação oriental necessita para a prevenção e controle da epidemia, pois assim se busca aumentar as importações de materiais fundamentais na contenção das infecções originadas pelo vírus.

No passado 15 de janeiro, as duas potências oficializaram uma trégua ao seu prolongado conflito tarifário com a firma da fase inicial de um acordo comercial.

Nesse texto estabeleceram obrigações e acordaram mecanismos para manejar diferenças com relação à propriedade intelectual, alimentos e produtos agrícolas, impulso do comércio, finanças, moeda e transparência, transferência forçada de tecnologia, avaliação bilateral e resolução de disputas.

Ressalta o compromisso da China de fazer importações dos Estados Unidos nos próximos dois anos por 200 bilhões de dólares, distribuído em 32 bilhões em produtos agrícolas e do mar, quase 78 em bens manufaturados como aeronaves, maquinaria e aço, e 52 bilhões em artigos do setor energético.

Também a proibição e as sanções ao roubo de segredos comerciais e cibernéticos, assim como as medidas contra todo tipo de falsificação, pirataria e violações aos direitos de autor.

Entre outras questões, aceitaram que uma parte pode denunciar a outras se considerar que não está respeitando o pactuado. Se não chegarem a um consenso, a queixa poderá ir até as máximas autoridades.

Mas não devem ser aplicadas represálias se é considerada que foi feita de “boa fé” e em caso contrário poderiam abandonar o convênio.

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
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