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Coronavírus na Espanha: hospitais no limite de sua capacidade e serviço funerário colapsado

Nos principais focos da Covid-19 Madri e Catalunha, serviços públicos e privados trabalham no limite, motivo pelo qual o Exército instalou hospitais de campanha
Armando G. Tejeda
La Jornada
Madri

Tradução:

A funerária municipal de Madri anunciou ontem seu fechamento temporário por falta de material, as incineradoras trabalham 24 horas e os hospitais colapsados ao continuar a propagação da pandemia do Covid-19 na Espanha. O número de infectados chegou a mais de 33 mil pessoas, 2.182 falecidos e 3.355 tiveram alta. 

Nos dois principais focos de contágio, Madri e Catalunha, os hospitais públicos e privados trabalham no limite de sua capacidade, motivo pelo qual o Exército instalou hospitais de campanha, na capital espanhola nas instalações do Ifema e na Fira de Barcelona. 

O maior problema enfrentado pelos responsáveis sanitários é ter o material necessário para sua proteção – máscaras e luvas- e para atender os pacientes, sobretudo respiradores, já que a doença ataca sobretudo o aparelho respiratório.

Nos principais focos da Covid-19 Madri e Catalunha, serviços públicos e privados trabalham no limite, motivo pelo qual o Exército instalou hospitais de campanha

SIC
A funerária municipal de Madri anunciou ontem seu fechamento temporário por falta de material

Entre o pessoal da saúde foram contabilizados 3.910 contagiados. 

Entre os trabalhos que realiza o Exército em várias localidades, além da instalação dos hospitais de campanha, se destaca a desinfecção de infraestruturas como aeroportos e estações ferroviárias, mas também mais de 70 asilos de anciãos onde houve numerosos contágios. Incluso em uma das intervenções dos militares foram encontrados cadáveres abandonados nestes centros de residência de pessoas da terceira idade, fato que já está sendo investigado pela justiça.

A Guarda Civil e a Polícia Nacional informaram ademais que detectaram e neutralizaram um ataque informático dirigido ao sistema tecnológico do conjunto dos hospitais públicos, que teria provocado um gravíssimo dano aos pacientes e ao conjunto do sistema de saúde. Está sendo investigada a origem deste misterioso ataque. 

Como já estava previsto e diante da situação prevalecente, o governo espanhol, encabeçado pelo socialista Pedro Sánchez, confirmou que solicitará ao Congresso dos Deputados uma prorrogação para o “estado de alarme”, com o que, em teoria, a ordem de confinamento dos 46 milhões de habitantes se estenderá até 11 de abril. Embora a maioria dos especialistas, e em função da evolução da crise em outros países como a Itália ou a China, se poderia estender inclusive mais a quarentena se a pandemia não diminuir. 

Armando G. Tejeda, correspondente de La Jornada em Madri

La Jornada, especial para Diálogos do Sul — Direitos reservados.

Tradução: Beatriz Cannabrava


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
Armando G. Tejeda Mestre em Jornalismo pela Jornalismo na Universidade Autónoma de Madrid, foi colaborador do jornal El País, na seção Economia e Sociedade. Atualmente é correspondente do La Jornada na Espanha e membro do conselho editorial da revista Babab.

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