A solidariedade de Cuba com outros países em combate à pandemia da Covid-19 eclipsou os Estados Unidos no mundo, diz hoje o site Stategic Culture.
A publicação precisa que a coerção de Washington não é compatível com a solidariedade de Cuba e sustenta que a pandemia do coronavírus levou a ilha à arena internacional como um formidável oponente ao capitalismo.
Enquanto os países ocidentais lutam para enfrentar os sistemas de saúde cada vez mais deficientes que são responsáveis por uma elevada taxa de mortalidade entre os pacientes de coronavírus, Cuba enfrenta a situação em seu país e mantém seu alcance internacionalista.
Cuba já não está isolada, assegura o site, e seus médicos são muito demandados pelos mesmos governos que consentem a polícia exterior dos Estados Unidos.
Foto: Bruno Rodríguez
Cuba enfrenta a situação em seu país e mantém seu alcance internacionalista.
Assegura que, no entanto, neste momento, Washington está travando uma batalha perdida. Desde 2018, a administração Trump iniciou uma campanha de desprestígio contra o governo cubano, alegando a exploração dos médicos revolucionários que oferecem seus serviços em todo o mundo e em zonas remotas.
Incapaz de frear a crescente necessidades de médicos cubanos nos diferentes países, os Estados Unidos tomam represálias impedindo que os fornecimentos médicos do exterior cheguem à ilha, tal como aconteceu com uma doação do empresário chinês, fundador do site Alibaba.
A publicação destaca que a Casa Branca exerce pressão sobre os países para que recusem a ajuda médica que Cuba oferece para combater a pandemia, um apelo que encontra cada vez mais rechaço na medida em que mais países buscam a perícia dos médicos cubanos em casos de pandemias ou desastres naturais.
Os Estados Unidos, que influem na opinião mundial através do terror de estado e da intervenção, já não são ponto de referência, precisa o site.
No entanto, aponta que Cuba simplesmente permaneceu firme em seus valores e comprometida com os princípios esboçados por Fidel Castro.
Liderando com o exemplo em lugar da coação, Cuba eclipsou os Estados Unidos no cenário mundial, sublinha o artigo.
Brigada médica de Cuba Henry Reeve deixa um saldo positivo no mundo
O trabalho dos profissionais cubanos da saúde, que pertencem ao Contingente Henry Reeve deixa hoje um saldo positivo nas nações do mundo onde bridam ajuda para enfrentar a pandemia de Covid-19.
Além da colaboração sanitária com quase 60 nações, Cuba enviou 21 brigadas médicas do Contingente Internacional de Médicos Especializados em Situações de Desastre e Graves Epidemias Henry Reeve a 20 países, segundo dados oficiais.
Tais missões se agregam ou reforçam as brigada já existentes para combater o contágio pelo coronavirus SARS-CoV-2.
Na cidade de Turim, na Itália, um dos países mais afetados pela pandemia, os colaboradores cubanos participam atualmente na habilitação do hospital no qual trabalharão.
O centro de 92 camas, inclusive quatro de UTI e 30 de terapia intermediária, foi construído na área do outrora complexo industrial Oficina Grandes Reparações, transformado em 2017 em local para realização de eventos e espaço para a arte e a cultura.
O chefe da brigada cubana do Contingente Henry Reeve, Julio Guerra, informou que nessa instalação serão atendidos casos confirmados com o novo coronavírus.
Desde 22 de março, membros do Contingente Henry Reeve trabalham em um hospital de campanha em Crema, cidade lombarda de 34 mil habitantes.
A Lombardia é uma das regiões da Itália mais afetadas pela pandemia, que levou quase ao colapso do sistema de saúde no território.
Na Jamaica, os colaboradores médicos também contribuem no atendimento a pacientes com Covid-19.
Um total de 434 profissionais da saúde de Cuba, incluídos 138 do Contingente Henry Reeve, apoiam o atendimento hospitalar em território jamaicana, amparados no Acordo Bilateral de Assistência Técnica, que foi renovado em fevereiro por mais três anos.
Em 19 de setembro de 2005, o líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, criou o Contingente Henry Reeve, denominado assim em honra de um jovem soldado estadunidense que formou parte do Exército Libertador durante a guerra de independência contra a então metrópole espanhola.
Esse projeto tem suas raízes no oferecimento de ajuda que o Governo cubano brindou aos Estados Unidos após o Furacão Katrina, que golpeou com força Nova Orleans.
Cuba reuniu 1.586 médicos para oferecer assistência humanitária, mas a oferta foi recusada pelo então presidente George W. Bush.
Atualmente, o Contingente Henry Reeve possui uma ampla experiência, após ter trabalhado em inúmeros territórios que sofreram desastres como furacões e terremotos.
Essa brigada também esteve presente na luta contra o ebola e agora enfrenta a pandemia do novo coronavirus em países como a Itália, o principado de Andorra e territórios do Caribe, entre outros.
*Com informações da agência Prensa Latina desde Havana e Washington
Veja também