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Juíza nega extradição de Assange, requisitada pelos EUA, por temer suicídio do jornalista

"Estou convencida de que os procedimentos descritos pelos EUA não impedirão o sr. Assange de encontrar uma maneira de cometer suicídio", escreveu
Plinio Teodoro
Revista Fórum
São Paulo (SP)

Tradução:

A juíza distrital Vanessa Baraitser, que negou na manhã desta segunda-feira (4) o pedido de extradição de Julian Assange, alega que teme que o fundador do Wikileaks cometa suicídio caso seja transferido para uma prisão nos Estados Unidos.

“Confrontada com as condições de isolamento quase total sem os fatores de proteção que limitaram seu risco no HMP Belmarsh (prisão de segurança máxima em Londres), estou convencida de que os procedimentos descritos pelos EUA não impedirão o Sr. Assange de encontrar uma maneira de cometer suicídio e por esta razão decidi que a extradição seria opressiva por motivo de dano mental e ordeno seu arquivamento”, afirmou a juíza em sua sentença.

A magistrada britância diz que a defesa de Assange diz que foram mostradas evidências de automutilação e pensamentos suicidas. “A impressão geral é de um homem deprimido e às vezes desesperado, temeroso por seu futuro”.

"Estou convencida de que os procedimentos descritos pelos EUA não impedirão o sr. Assange de encontrar uma maneira de cometer suicídio", escreveu

Wikimedia Commons
A magistrada britância diz que a defesa de Assange diz que foram mostradas evidências de automutilação e pensamentos suicidas.

A extradição de Assange, de 49 anos, foi requisitada pelo governo dos EUA pela divulgação de milhares de documentos oficiais secretos em 2010 e 2011. Os EUA, que vão recorrer da decisão, afirmam que os vazamentos infringiram a lei e colocaram vidas em risco. Assange apelou contra a extradição e disse que o caso tem motivação política.

Advogados de Assange estimam que caso ele seja condenado nas 18 acusações que enfrenta nos EUA – entre elas, conspirar para hackear bancos de dados militares dos EUA de modo a obter informações secretas confidenciais relacionadas às guerras do Afeganistão e do Iraque, que foram publicadas no site Wikileaks – ele pode pegar até 175 anos de prisão.

Com informações da BBC


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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Plinio Teodoro

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