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Dividir e desmembrar a China é parte importante de estratégia dos EUA para liderar economia mundial, diz cônsul

Da perspectiva dos EUA, tendo em vista todos os fatores, fabricar e disseminar rumores relacionados a Xinjiang é a forma de incitar o ódio das minorias étnicas
Li Yang
Rio de Janeiro (RJ)

Tradução:

Nos últimos tempos, instigados pelos Estados Unidos, certos políticos, acadêmicos e veículos de comunicação do Ocidente têm comentado com entusiasmo várias desinformações sobre Xinjiang.

Qual é, afinal, a intenção deles?

Difamar a imagem da China. A competição estratégica que os Estados Unidos e outros países ocidentais travam com a China resume-se a duas frentes: a frente material, nos campos da economia, ciência e tecnologia; e a frente moral, no que tange ao sistema institucional e valores.

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Na frente material, a China mostra um desempenho impecável. Na frente moral, o Ocidente viu-se obrigado a reconhecer as vantagens institucionais da China, diante das provas impostas pela Covid-19.

Mas admitirá a própria derrota tão facilmente? Claro que não, e por isso mesmo recorrem a truques vergonhosos dos alunos com mau desempenho contra os melhores.

O Ocidente pretende provar que o crescimento chinês, não importa quão bem-sucedido seja, deve-se ao regime totalitário, que foi obra do acaso e não vai durar muito, porque o sistema chinês não funciona!

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Isso é, na essência, uma manifestação da “hegemonia institucional” do Ocidente e um consolo moral para quem perdeu a autoconfiança estratégica!

Dividir e desmembrar a China. Trata-se de parte importante de uma estratégia insidiosa e venenosa dos EUA em relação à China, e que já vem de longa data.

A trama americana para dividir a China já se tinha instaurado às vésperas da fundação da República Popular da China!

Foram eles que incitaram a divisão da China sob a governança respectivamente do Partido Comunista da China e do Partido Kuomintang com o Rio Yangtzé como fronteira; que apoiaram continuamente as forças separatistas de Taiwan para dificultar a reunificação chinesa“pró-independência” de Hong Kong.

Da perspectiva dos EUA, tendo em vista todos os fatores, fabricar e disseminar rumores relacionados a Xinjiang é a forma de incitar o ódio das minorias étnicas

Zhao Ge/Xinhua
Crianças posam para uma foto em um jardim de infância na vila de Liangzhongchang no condado de Yutian de Hotan, região autônoma de Uygur

Intenções escusas

Tudo isso tem origem em intenções escusas. Os EUA jamais cessaram o apoio e aproveitamento dos grupos separatistas de Xinjiang e do Tibete.

Da perspectiva dos EUA, tendo em vista todos os fatores, fabricar e disseminar rumores relacionados a Xinjiang é a forma mais fácil de incitar o ódio das minorias étnicas da região contra o povo han e o governo central, intensificando, dessa forma, os conflitos internos da China, a fim de causar caos no país. Por esse motivo, os EUA farão de tudo para fabricar e espalhar boatos.

Perturbar a economia chinesa. Hoje, pode-se dizer que a China tem um crescimento econômico extraordinário. Isso inevitavelmente causa inveja e ressentimento naqueles que são hostis à China.

Essas pessoas buscam pretextos para criar problemas e dificuldades para a economia chinesa. Assim, ações perfeitamente normais ou até mesmo primordiais para a redução da pobreza, como aquelas pessoas de Xinjiang que vão ao Sul em busca de emprego ou colhem algodão na própria terra, são descritas como “trabalho forçado”.

Sob este pretexto, anunciam sanções contra Xinjiang e o embargo à importação de algodão e seus derivados produzidos naquela região da China. Essas táticas desajeitadas são gestos desesperados das forças anti-China na busca de uma maneira rápida de interromper o ritmo de desenvolvimento e minar o ímpeto de crescimento chinês.

Cercear a iniciativa “Cinturão e Rota”. Essa iniciativa é um importante bem público que a China disponibilizou à comunidade internacional com base nos princípios de consultas extensivas, contribuições conjuntas, abertura e benefícios compartilhados, a fim de criar novas oportunidades e impulsos para o desenvolvimento num contexto de recessão econômica global.

Desde seu lançamento em 2013 pelo líder chinês, a iniciativa foi recebida com grande entusiasmo pela comunidade internacional, tanto que resultou em assinatura de acordos de cooperação entre a China e 138 países até o final do ano passado, dando forma a um grande número de projetos que alavancaram significativamente a economia e o padrão de vida dos países envolvidos.

Em contraste, aqueles países que se autoproclamam grandes e poderosos, e que deveriam fornecer um bem público semelhante para a comunidade internacional, mas não o fizeram, ficaram incomodados e começaram a criar problemas.

Xinjiang, como um importante eixo dessa iniciativa, tornou-se naturalmente o seu primeiro alvo.

Falando francamente, no entanto, embora certos políticos ocidentais tenham conseguido enganar algumas pessoas, valendo-se das mentiras fabricadas pelos vigaristas políticos e extremistas religiosos como Adrian Zenz, a justiça e a retidão jamais lhes permitirão confundir a todos para sempre.

O escritor francês Maxime Vivas e o website americano “The Grayzone” expuseram, através de fatos, a conspiração de Adrian Zenz e Mike Pompeo para difamar e atacar a China. O único resultado que alcançarão, afinal, será o de se tornarem palhaços diante do mundo!

Li Yang, Cônsul-Geral da China no Rio de Janeiro


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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