Pesquisar
Pesquisar

Bielorrússia considera unificação com Rússia sem minar soberania e política externa do país

Putin e Lukashenko, revisaram as relações comerciais e econômicas entre ambos os países e a luta contra a Covid-19 durante seu encontro em Sochi
Redação Prensa Latina
Prensa Latina
Moscou

Tradução:

A criação do Estado da União com a Rússia não significa a perda da soberania da Bielorrússia, sublinhou seu ministro de Relações Exteriores, Vladimir Makei, destaca hoje a imprensa local.

O diplomata explicou que junto com algumas estruturas supranacionais, o tratado reconhece o direito dos países de mandar uma política exterior independente e a supremacia de seu poder estatal na política interna.

Em entrevista concedida à publicação russa Kommersant, Makei assegurou que os temores sobre a possibilidade de que a Bielorrússia “seja absorvida pela Rússia” são absolutamente infundados.

Opinou que no mundo de hoje é difícil que os países pequenos que não contam com recursos importantes possam estar sós, motivo pelo qual os bielorrussos devem entender que “a integração é necessária para preservar o Estado”.

O chanceler bielorrusso deu como exemplo a União Europeia, cujos membros sacrificaram parte de suas funções nacionais ao mesmo tempo que potencializavam a cooperação.

Advertiu que a mesma coisa acontece com a Bielorrússia, partindo do principal que é encontrar “formas mutuamente aceitáveis” de integração.

Confirmou que dos 28 programas da integração, Moscou e Minsk priorizaram a criação do mercado comum do gás e uma legislação fiscal única.

Se espera que no outono o Conselho Supremo do Estado da União aprove todas as diretrizes.

No dia 2 de abril ambos os países celebraram o 25º aniversário da firma do tratado sobre a formação da Comunidade da Rússia e da Bielorrússia, que deu início ao processo de integração mútua.

Em 8 de dezembro de 1988 foi firmado o pacto sobre o estabelecimento do Estado da União, assim como o programação de ação conjunta da aplicação das disposições que garantem um alto nível de cooperação entre Moscou e Minsk.

A Rússia e a Bielorrússia atribuem muito importância à unidade entre ambos os países.

Putin e Lukashenko, revisaram as relações comerciais e econômicas entre ambos os países e a luta contra a Covid-19 durante seu encontro em Sochi

Prensa Latina
Ministro das Relações Exteriores da Bielorrúsia, Vladimir Makei.

O presidente Russo, Vladimir Putin, e seu homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko, revisaram as relações comerciais e econômicas entre ambos os países e a luta contra a Covid-19 durante seu encontro em Sochi.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse aos jornalistas que estes foram os temas centrais da conversação dos mandatários, embora tenha reconhecido que também analisaram os acontecimentos vinculados com a aterrissagem de emergência do voo da Ryanair em Minsk, em 23 de maio.

Ao se referir à “onda de emoções” desatada pelo tema, segundo Putin, o porta-voz da presidência russa esclareceu que para Moscou a situação requer um exame reflexivo e construtivo, segundo a agência TASS.

Peskov comunicou que no encontro entre os chefes de Estado, a parte bielorrussa proporcionou toda a informação necessária sobre o incidente.

Putin colocou a Lukashenko o problema da cidadã russa, Sofia Sapega, detida em Minsk e assinalou que o Kremlin tem em conta que Sapega é residente na Bielorrússia, pelo que “partimos da premissa que tudo deve acontecer dentro do marco da lei”.

Putin e Lukashenko instruíram os ministérios de transporte dos dois países para organizar todos os aspectos vinculados ao tráfego aéreo, levando em consideração o próximo período de férias e o grande números de bielorrussos interessados em viajar para o Mar Negro.

Também para buscar opções que facilitem o regresso “a sua terra natal” de cidadãos que não têm como voltar ao país após a suspensão de voos para a Bielorrússia por parte de várias capitais europeias e a proibição de voar a esses destinos por parte das linhas aéreas bielorrussas.

Peskov sublinhou que a reunião entre Putin e Lukashenko foi construtiva e rica em conteúdo, além de reiterar que este é só um de uma série de contatos permanentes russo-bielorrussos no mais alto nível.

Apontou que a relação especial entre os dois países, incluída sua interação dentro do Estado da União, “torna absolutamente necessário o caráter permanente destes contatos”.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

Assista na Tv Diálogos do Sul

 

Se você chegou até aqui é porque valoriza o conteúdo jornalístico e de qualidade.

A Diálogos do Sul é herdeira virtual da Revista Cadernos do Terceiro Mundo. Como defensores deste legado, todos os nossos conteúdos se pautam pela mesma ética e qualidade de produção jornalística.

Você pode apoiar a revista Diálogos do Sul de diversas formas. Veja como:


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
Redação Prensa Latina

LEIA tAMBÉM

bomba_nuclear_ia
"Doutrina Sansão": ideologia sionista coloca humanidade à beira da catástrofe nuclear
País Basco
Eleição no País Basco acaba em empate, mas confirma desejo da maioria por independência
Ukrainian_military_man_in_Chasiv_Yar,_2023-12-20
Chasiv Yar: por que região é estratégica avanço da Rússia sobre Donetsk?
Gaza-mídia2
Geopolítica, mídia hegemônica e ignorância: por uma política de comunicação verdadeiramente plural