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López Obrador é recebido com entusiasmo nos Estados Unidos, onde preside Conselho de Segurança da ONU

“Es un honor estar con Obrador”, entoavam seus apoiadores. Discurso do mexicano vai se basear na desigualdade, exclusão e corrupção raiz dos conflitos
David Brooks
La Jornada
Nova York

Tradução:

O coro de “é um honor estar con Obrador” (É uma honra estar com Obrador) explodiu no aeroporto John F. Kennedy onde mariachis, ativistas e simpatizantes do Presidente Andres Manuel López Obrador e do seu partido, Morena, lhe ofereceram as boas-vindas à cidade de Nova York.

O presidente do México chegou à cidade de Nova York onde nesta terça-feira (9) presidirá o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Aí oferecerá um discurso sobre a desigualdade, a exclusão e a corrupção como problemas de raiz dos conflitos. Além disso, informou, vai se encontrar com o secretário geral do ONU, Antonio Guterres.

Dentro e fora do terminal, dezenas de mexicanos o esperaram com mensagens de boas-vindas a esta metrópole. Uma faixa dizia “por uma mudança sem fronteiras” com a imagem do Presidente ao centro, o Anjo da Independência de um lado e a Estátua da Liberdade do outro. 

Outros portaram cartazes, bandeiras mexicanas e fotos de AMLO com mensagens de gratidão e carinho — “te queremos” — para receber o presidente. Os que o esperavam não apenas era residentes desta cidade e seus arredores, mas sim vários mais que se identificaram como procedentes de diversos estados, inclusive da California, Flórida e Illinois.  “Somos imigrantes apoiando a 4T”.

“Es un honor estar con Obrador”, entoavam seus apoiadores. Discurso do mexicano vai se basear na desigualdade, exclusão e corrupção raiz dos conflitos

Twitter / Andres Manuel López Obrador
O presidente mexicano Andres Manuel López Obrador no Conselho de Segurança da ONU em Nova York.

“Que viva México” repetia-se.  “Que alegria”, repetia-se, enquanto o Mariachi Habanero tocava músicas conhecidas.   

No entanto, por medidas de segurança, López Obrador não pôde saudar aos que o esperavam no aeroporto, mas pouco mais tarde chegou ao hotel onde más simpatizantes o receberam com aplausos e gritos, que se intensificaram quando por um momento ele se aproximou o mais possível – já que vinha escoltado pelo que se supõe seja o Serviço Secreto. Pouco antes de sua chegada, durante a espera, lhe cantaram Las Mañanitas.

Na terça-feira, apoiadores e ativistas convocaram um “Amlofest” fora da ONU enquanto ele está em suas atividades oficiais dentro da sede mundial.

David Brooks, correspondente de La Jornada em Nova York

La Jornada, especial para Diálogos do Sul — Direitos reservados.

Tradução: Beatriz Cannabrava


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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David Brooks Correspondente do La Jornada nos EUA desde 1992, é autor de vários trabalhos acadêmicos e em 1988 fundou o Programa Diálogos México-EUA, que promoveu um intercâmbio bilateral entre setores sociais nacionais desses países sobre integração econômica. Foi também pesquisador sênior e membro fundador do Centro Latino-americano de Estudos Estratégicos (CLEE), na Cidade do México.

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