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Venezuela | Moscou volta a condenar as sanções unilaterais de Washington contra Caracas

Rússia declara que pretende substituir o direito internacional com uma denominada ordem baseada em regras, tão ilegais como arbitrárias, que só convêm a seus interesses
Juan Pablo Duch
La Jornada
Moscou

Tradução:

Além de revisar a relação bilateral, ocasião que serviu para constatar que os nexos entre ambos os países se desenvolvem ano a ano de maneira ascendente, a visita do chanceler da Venezuela, Félix Plasencia, confirmou que o país bolivariano é um dos mais firmes aliados da Rússia na América Latina.

Assim disse seu homólogo russo, Serguei Lavrov, que reiterou que Moscou condena as sanções unilaterais de Washington contra Caracas.

Ao término de seu encontro nesta capital, para avaliar os avanços conseguidos durante a edição número 15 da comissão intergovernamental Rússia – Venezuela, ambos os ministros — em declarações à imprensa — se mostraram a favor de que o multilateralismo prime na agenda internacional. 

Rechaçaram com contundência as tentativas dos Estados Unidos de interferir nos assuntos internos de outros países, mediante a aplicação de medidas unilaterais que não têm outra finalidade senão socavar sua soberania. 

Rússia declara que pretende substituir o direito internacional com uma denominada ordem baseada em regras, tão ilegais como arbitrárias, que só convêm a seus interesses

Sputnik Brasil
Visita do chanceler da Venezuela, Félix Plasencia, confirmou que o país bolivariano é um dos mais firmes aliados da Rússia na América Latina

O chefe da diplomacia de Caracas qualificou essas medidas de “violação flagrante da Carta da Organização das Nações Unidas (ONU), do direito internacional e dos princípios básicos da convivência entre as nações”. 

Por sua parte, a Rússia — indicou seu ministro de relações exteriores — “busca proteger o respeito à Carta da ONU mediante a promoção de iniciativas próprias e apoia as propostas de outros países no mesmo sentido”. 

Rússia reafirma “incondicional” apoio ao governo de Nicolás Maduro e à soberania da Venezuela

Para Lavrov, Washington pretende substituir o direito internacional com uma denominada ordem baseada em regras, tão ilegais como arbitrárias, que só convêm a seus interesses.

Plasencia leva da Rússia o firme oferecimento de Lavrov de que Moscou seguirá brindando respaldo aos esforços dos venezuelanos de resolver suas controvérsias de modo pacífico e com apego à sua soberania nacional, sem ingerências estrangeiras. 

Nesse sentido, o chanceler russo destacou “a posição construtiva e aberta do presidente (venezuelano) Nicolás Maduro e de seu governo durante o diálogo mantido no México (com representantes da oposição)”. 

Anunciou que a Rússia enviará observadores às eleições municipais e regionais que serão celebradas na Venezuela no domingo, 21 de novembro, e expressou a esperança de que a União Europeia e a ONU também o façam, pois o governo da Venezuela, precisou Plasencia, já enviou os respectivos convites.

Juan Pablo Duch, correspondente de La Jornada em Moscou

Tradução: Beatriz Cannabrava


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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Juan Pablo Duch Correspondente do La Jornada em Moscou.

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