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ToggleA União Europeia (UE) acumula até hoje uma dezena de pacotes de medidas punitivas unilaterais contra a Rússia e já mandaram listas de restrição para 1.275 personalidades deste país e 435 instituições, destaca a televisão capitalina.
Quase todas ratificadas em Bruxelas e com um efeito bumerangue para a região, as restrições foram impostas em apenas um ano, pouco antes que o presidente Vladimir Putin ordenasse em 24 de fevereiro de 2022 o início de uma operação militar na Ucrânia.
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Em janeiro do ano passado, em meio a uma campanha midiática para falar da preparação de uma ação bélica por parte da Rússia, a entidade comunitária ameaçou aplicar sanções draconianas contra Moscou.
Dois dias antes do anúncio de Putin, a UE aprovou o primeiro pacote de restrições que incluiu sanções contra 383 pessoas físicas e quatro jurídicas, assim como 160 castigos por setores.
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Apenas quatro dias depois, a organização regional deu sua concordância ao segundo bloco de medidas contra 99 personalidades e 99 empresas, enquanto fechava o espaço aéreo europeu para aviões da Rússia e proibia a exportação para este país de produtos de duplo uso (civil e militar).
O terceiro pacote de castigos estreou há um ano, com o congelamento de cerca de 300 bilhões de dólares do Banco Central da Rússia, depositados em instituições financeiras europeias, e a desconexão do sistema Swift de bancos russos, como BTV e Sovkombank.
A quarta onda contra a Rússia chegou em 15 de março passado e incluiu a eliminação das importações de produtos de aço russos e da exportação de mercadorias de luxo com valor superior a 300 euros.
No final daquele mês, um quinto grupo de restrições suspendeu a entrada na UE de caminhões da Rússia e de navios deste país em portos europeus, assim como proibiu a importação de carvão, fertilizantes, cimento, caviar e vodka.
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O sexto pacote foi dos mais polêmicos, por isso só foi aprovado em 3 de junho último e incluiu a suspensão escalonada das importações de petróleo russo, com um nítido efeito bumerangue para a UE.
A sétima tentativa de cerco econômico à Rússia abrangeu a suspensão da compra e transferência de ouro, produtos químicos e da indústria de máquinas deste estado euroasiático.
O oitavo bloco de sanções foi aprovado no final de agosto de 2022, impondo restrições à posse pelos russos dos chamados moedeiros de criptomoedas da UE.
A nona rodada de medidas punitivas foi aplicada em 16 de dezembro passado, com a oposição da Hungriía, para, além da habitual ampliação da lista negra, suspender as transmissões dos meios de difusão russos em toda a UE.
O décimo pacote aprovado ontem refere-se, basicamente, à proibição da venda à Rússia de óculos e compassos, assim como a passagem por território russo de produtos de duplo uso.
Foto: Дмитрий Трепольский/Pexels
Governo russo: sanções à instituição da Defensoria dos Direitos Humanos na Rússia é mais uma prova da impotência dos Estados Unidos e da UE
Sanções atingem os direitos humanos
A defensora dos Direitos Humanos da Rússia, Tatiana Moskalkova, comentou, no último domingo, que as sanções da União Europeia (UE) abalam a diplomacia de direitos humanos que permitia ajudar as pessoas.
Moskalkova, que foi incluída na lista de sanções da UE, disse à agência de notícias TASS que essas ações violam a Declaração Universal de Direitos Humanos e todos os demais atos jurídicos internacionais a esse respeito.
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Só nos resta lamentar que as pontes humanitárias construídas com tanto esforço pelos defensores do povo tenham sido queimadas para satisfazer a conjuntura política, afirmou.
Moskalkova afirmou que, como defensora do povo da Rússia, teve negado de fato o direito de transmitir pessoalmente a seus homólogos europeus sua posição, e de lutar pelos direitos dos compatriotas, inclusive a liberdade de circulação e de expressão, e de utilizar a língua materna.
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A defensora do povo considera que a imposição de sanções à instituição da Defensoria dos Direitos Humanos na Rússia é mais uma prova da impotência dos Estados Unidos e da UE e de seu interesse na escalada do conflito.
Indicou que as sanções econômicas contra a Rússia, cujo objetivo era baixar o nível de vida dos russos e provocar o caos e os protestos no país, não surtiram efeito.
Do mesmo modo, tampouco serviram as sanções destinadas a proibir a cultura russa, as conquistas da Rússia no esporte, na ciência e na educação, a atividade do jornalismo profissional, que ajudava a transmitir às pessoas do Ocidente informação precisa sobre o genocídio no Donbass, acrescentou.
“Os senhores da UE estão indignados pela verdade sobre o genocídio dos residentes no Donbass e na Crimeia há muitos anos, sobre as torturas e os abusos que sofreram os militares russos, sobre o destino de cinco milhões de pessoas que fugiram para a Rússia dos bombardeios e disparos ucranianos.
Por isso fazem todo o possível para impedir que os cidadãos dos países da UE conheçam a verdade, acrescentou Moskalkova.
Redação | Prensa Latina
Tradução: Ana Corbisier
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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