Pesquisar
Pesquisar

10 mil mortos, 390 mil empregos, 30 mil ton em bombas: números sobre a ofensiva contra Gaza

1,5 milhão de habitantes de Gaza se viram obrigados a abandonar seus lares devido ao conflito, o que representa mais de 70% do total da população
Redação Prensa Latina
Prensa Latina
Ramallah

Tradução:

Israel lançou contra a Faixa de Gaza cerca de 30 mil toneladas de bombas desde 7 de outubro, uma média de 82 toneladas por quilômetro quadrado, denunciaram hoje fontes oficiais do enclave.

Desde então, 50% das moradias foram danificadas pelos ataques aéreos e incursões terrestres, e 10% ficou totalmente destruída, afirmou em um comunicado o Departamento de Meios de Comunicação do Governo neste território.

Em média, os hospitais recebem um ferido a cada minuto e 15 vítimas mortais a cada hora. Durante este lapso de tempo, seis menores de idade e cinco mulheres são assassinadas, informa o documento, citado pela televisão Al Jazeera.

Continua após o banner

O texto alertou que quase 70% da população do enclave costeiro, 1,6 milhão de 2,3 milhões, foi obrigado a fugir de suas casas devido à agressão israelense, que em 32 dias causou mais de 10 mil vítimas mortais.

A metade dos hospitais e 62% dos centros de saúde de atendimento básico estão fora de serviço pelos danos causados ou por falta de combustível pelo bloqueio total imposto por esse país, indicou.

Leia também: Hiroshima, 1945 – Gaza, 2023: um olhar sobre os holocaustos operados pelos EUA e seus aliados

O documento informou ainda que um terço das escolas foram danificadas e 9% delas foram destruídas, enquanto a cifra de mesquitas afetadas chegou a 14%.


Mais de 10 mil palestinos mortos depois de um mês de ataques israelenses

O Ministério de Saúde palestino disse no dia 6 que 10.155 pessoas morreram e mais de 27 mil ficaram feridas desde 7 de outubro pelos bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza e a repressão na Cisjordânia.

Em seu último informe sobre a atual crise, a entidade afirmou que a agressão contra o enclave costeiro provocou 10.010 mortos e mais de 25 mil lesionados desde esta data e na Ribeira Ocidental foram contabilizadas 155 vítimas mortais e mais de 2.250 feridos.

Afirmou ainda que 70% dos que perderam a vida são mulheres, idosos e menores de idade.

Continua após a imagem

1,5 milhão de habitantes de Gaza se viram obrigados a abandonar seus lares devido ao conflito, o que representa mais de 70% do total da população

Foto: UNRWA/X
Cerca de 35 mil unidades de moradia foram destruídas no último mês e 165 mil sofreram danos parciais

Alertou que 1,5 milhão de habitantes de Gaza se viram obrigados a abandonar seus lares devido ao conflito, o que representa mais de 70% do total da população deste território.

Desta cifra mais de 690 mil abrigaram-se em 149 instalações administradas pela Agência de Obras Públicas e Socorro das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Oriente Próximo, disse. Quase 122 mil em hospitais, igrejas e edifícios públicos, 99 mil em outras escolas e 600 mil residem agora com familiares ou amigos, acrescentou.

Leia tambe´m: Já é hora de proclamar os EUA como “Estado pária” perante a comunidade internacional?

Estes dados são semelhantes aos anunciados nesta segunda-feira pelo Departamento das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários.

O Ministério palestino informou também que cerca de 35 mil unidades de moradia foram destruídas no último mês e 165 mil sofreram danos parciais.

E ainda, que mais de 60 instalações de saúde e 221 escolas do enclave foram destruídas.

Criticou os 130 ataques contra entidades de saúde, que provocaram a morte de 192 trabalhadores do setor e de 36 membros da defesa civil, além de 120 feridos.

Continua após o banner



Destruídos 390 mil empregos em território palestino, afirma a OIT

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) notificou a destruição de outros 390 mil empregos no território palestino ocupado por Israel.

Desde o início da atual guerra com o Hamas, a Faixa de Gaza perdeu 182 mil postos de trabalho, equivalentes a cerca de 61% da ocupação preexistente, indicou o organismo das Nações Unidas.

O conflito, alertou a OIT, está tendo efeitos indiretos na Cisjordânia, onde foi desmantelado cerca de 24% do emprego (uns 208 mil postos), durante o mesmo período.

Leia também: Thomas Mann: Jacó, Israel e o massacre levado à “terra prometida” pelo “povo eleito”

Segundo os cálculos, os danos repercutiram em 390 mil postos de trabalho nas duas zonas, o que se traduz na perda de renda do trabalho de 16 milhões de dólares diários.

As cifras dos estragos poderiam aumentar caso se intensifiquem as operações militares em Gaza e continue a crise humanitária no enclave, indicou a fonte.

Na opinião da OIT, “a crise humanitária em Gaza tem graves repercussões no mercado de trabalho, nas perspectivas de emprego e nos meios de subsistência no enclave e em todo o Território Palestino Ocupado”.

Continua após o banner

“Nossa avaliação inicial das repercussões da trágica crise atual sobre o mercado de trabalho palestino mostrou resultados extremamente preocupantes, que não farão senão piorar se o conflito continuar”, declarou a diretora regional da OIT para os Estados árabes, Ruba Jaradat.

As hostilidades em curso, julgou, “não só representam uma enorme crise humanitária em termos de perda de vidas e necessidades humanas básicas, senão que também representam uma crise social e econômica que causou enormes danos a empregos e empresas, com reverberações que serão sentidas durante muitos anos”.

Leia também: “E o Hamas?”: o novo “E o PT” que deixa parte da esquerda indiferente ao massacre palestino

Jaradat reiterou o apelo da OIT para que se permita e facilite sem demora “um acesso humanitário pleno, rápido, seguro e sem obstáculos para a entrega sustentável de ajuda humanitária à população civil em toda Gaza”.

Mesmo antes do atual conflito, a situação no enclave bloqueado de Gaza “era especialmente grave”: seus habitantes “estão há muito tempo lidando com taxas persistentemente elevadas de pobreza, vulnerabilidade e uma das taxas de desemprego mais altas do mundo, situada em 46,4% no segundo trimestre de 2023”, avaliou a entidade da ONU.

Redação | Prensa Latina
Tradução: Ana Corbisier


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

Assista na TV Diálogos do Sul



As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Redação Prensa Latina

LEIA tAMBÉM

Misseis Atacms “Escalada desnecessária” na Ucrânia é uma armadilha do Governo Biden para Trump
Mísseis Atacms: “Escalada desnecessária” na Ucrânia é armadilha do Governo Biden para Trump
1000 dias de Guerra na Ucrânia estratégia de esquecimento, lucros e impactos globais
1000 dias de Guerra na Ucrânia: estratégia de esquecimento, lucros e impactos globais
G20 se tornará equipe de ação ou seguir como espaço de debate
G20 vai se tornar “equipe de ação” ou seguir como “espaço de debate”?
Do Fórum Social Mundial ao G20 Social Lula reinventa participação popular global
Do Fórum Social Mundial ao G20 Social: Lula reinventa participação popular global