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Chico Buarque fala e canta o 25 de Abril

"Tanto Mar" foi composta por Chico Buarque de Hollanda para homenagear o 25 de Abril de 1974, a Revolução dos Cravos, em Portugal
João Baptista Pimentel Neto
Diálogos do Sul
Rio Claro (SP)

Tradução:

* Atualizado em 27/04/2022 às 14h45.

Enquanto o Brasil completava uma década (das duas que viveu) sob o regime da ditadura, em Portugal, o Estado Novo ditatorial instituído por Salazar (à época comandado por Marcelo Caetano) era derrubado.

A versão original foi editada em Portugal e exalta a vitória dos portugueses.

Na segunda, Chico considerou a mudança de contexto e estrutura política e fez uma nova leitura dos acontecimentos na terra de Roberto Leal.

"Tanto Mar" foi composta por Chico Buarque de Hollanda para homenagear o 25 de Abril de 1974, a Revolução dos Cravos, em Portugal

Focka – Flickr

Em vídeo, Chico Buarque de Holanda explica e esclarece sobre o porquê da existência de duas versões desta música

Confira abaixo as duas versões de Tanto Mar e uma entrevista em que Chico Buarque de Holanda explica e esclarece sobre o porquê da existência de duas versões desta música.

Confira também as letras das duas versões:

Primeira versão, censurada:

Tanto Mar, Chico Buarque de Holanda

Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim
Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente alguma flor
No teu jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar
Lá faz primavera pá
Cá estou doente
Manda urgentemente algum cheirinho
De alecrim


Segunda versão, liberada pela censura:

Tanto Mar, Chico Buarque de Holanda

Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
Ainda guardo renitente um velho cravo para mim
Já murcharam tua festa, pá
Mas certamente
Esqueceram uma semente nalgum canto de jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei, também, quanto é preciso, pá
Navegar, navegar
Canta primavera, pá
Cá estou carente
Manda novamente algum cheirinho de alecrim

João Baptista Pimentel Neto é jornalista da Diálogos do Sul.



As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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